Amigos rubronegros, com a previsão de G4 confirmada, tirada
a inhaca de ficar 137 rodadas sem visitar a ponta da tabela, temos agora um
novo desafio, tao grande como foi chegar aqui, que é ficar no G4, e quem sabe
galgar posições nesse seleto grupo nos 14 jogos que nos restam. Por isso o
título da coluna, que remete a uma brincadeira de ginásio, da mesma forma que a
anterior (Que time é teu?) brinca com uma questão fundamental: Qual a nossa
expectativa real e factível para este campeonato? Como rubronegro, que tenta
ser humilde mas o Mengão não deixa, é claro que quero o título, fico lembrando
de 2009 e se as galinhas mineiras não tivessem se apropriado do slogan do Obama
estaria dizendo “sim eu posso”, ou “sim eu acredito”. Nas últimas duas rodadas
tiramos 4 dos 17 pontos que nos separavam da liderança. Mesmo assim,
considerando a regularidade e a dificuldade que o time paulista tem apresentado
de ser derrotado, teríamos que torcer para que o líder perdesse 4 desses 14
jogos, além de ser derrotado por nós no confronto entre os dois times, claro.
Ou seja, 5 derrotas no terço final do Campeonato. Possível, porque este esporte
é o futebol. Mas muito difícil, como diria o Zinho, que agora, no Vasco, está
aprendendo o que é “difícil” de verdade...
Assim, confesso que embora minha esperança não morra nunca,
estaria bem satisfeito se conseguíssemos galgar algumas posições na tabela e
garantíssemos uma passagem direto para a Libertadores 2016. O clube vem
comprando jogadores promissores sub19, já se fala em elenco 2016, a base a ser
aproveitada é melhor que nos anos anteriores, não se fala em outros candidatos
deletérios para a eleição do final do ano (os dois mais cotados tem filosofias
próximas e irão manter a recuperaçãoo do clube), ou seja, tudo caminha para
que, se entrarmos em uma Libertadores no próximo ano, façamos um papel digno de
nossas tradições na competição internacional.
Não acredito que exista algum momento em que o futuro nos
reserve alguma decisão do tipo “ficar no G4 ou lutar pelo título”. Na verdade,
lutar pelo título é a nossa estratégia mais eficaz para garantir uma vaga entre
os três primeiros. E não adianta focar apenas nos times da frente, é preciso
olhar para os que nos rodeiam, com o mesmo número de pontos ou muito próximos.
Palmeiras (último jogo do campeonato), São Paulo (já jogamos) e Atlético PR
(falta jogar) estão com 38 pontos, e nossa vantagem é no critério de desempate.
Santos e Internacional estão com 37 pontos e também poderiam nos passar em uma
única rodada. Os dois estão entre os 14 adversários que faltam nos enfrentar
nesse turno. Para olhar para cima, 7 pontos (ou no mínimo 3 rodadas) nos
separam do Grêmio. E 10 pontos nos separam do Vice líder, as galinhas mineiras.
Com quem aliás temos um jogo dificílimo no dia 20, e nossa paciência de
torcedor já chegou ao limite de derrotas para este adversário. Hora de dar uma
invertida e conquistar pontos dentro da casa deles. Olhando a sequencia de
jogos, até o início de outubro, o jogo em Minas Gerais se apresenta como o mais
difícil de todos. Depois da Chapecoense temos o Coritiba (jogo saiu do Rio mas
o mando e a torcida será rubronegra) na quinta 17, o Galo no domingo dia 20, o
VASCO dia 27 e o Joinville dia 4 de outubro, em casa. Tudo certo para uma boa
sequencia de resultados que nos permitirá manter esta posição no G4 e quem sabe
nos aproximar dos líderes.
Confiança excessiva? Não, apenas bom senso. Ainda que o
futebol seja “uma caixinha de surpresas”, algumas verdades são eternas. Por
exemplo, a simplicidade. Oswaldo de Oliveira está tendo sucesso porque não
inventou nada. Colocou um meio campo “em campo”, vem treinando para acertar a
defesa, mudou o estilo de marcação e deu confiança aos jogadores do ataque. E
mesmo com desfalques, as coisas estão dando certo e a sorte está do nosso lado.
Hora de aproveitar, ganhar de quem tem mais dificuldades do que nós e de
endurecer e surpreender os times que estiverem em um estágio melhor de preparação
e de diversidade de elenco. Dessa vez são quatro os desfalques (Guerrero,
Emerson, Wallace e Alan Patrick) e por incrível que pareça, a impressão que
tenho é que quem mais vai fazer falta é o Alan Patrick, pela fluidez que o time
ganha no meio campo com a sua presença. A esperança é que o Ederson esteja
mesmo 100% recuperado e possa fazer isso. E nem adianta dizer que eu prefiro o
Jonas ou o Luiz Antonio no lugar do Massaraujo, pois agora ele tem tido
defensores até na torcida... Enquanto estiver ganhando, estou apoiando qualquer
escalação, mesmo que eu ainda ache que para jogar no Flamengo é preciso
ser bom jogador e ter meio litro de
sangue extra para doar em campo. E vamos que vamos!
Pra cima deles, Mengão!
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