domingo, 13 de setembro de 2015

Só o cume interessa?


Amigos rubronegros, com a previsão de G4 confirmada, tirada a inhaca de ficar 137 rodadas sem visitar a ponta da tabela, temos agora um novo desafio, tao grande como foi chegar aqui, que é ficar no G4, e quem sabe galgar posições nesse seleto grupo nos 14 jogos que nos restam. Por isso o título da coluna, que remete a uma brincadeira de ginásio, da mesma forma que a anterior (Que time é teu?) brinca com uma questão fundamental: Qual a nossa expectativa real e factível para este campeonato? Como rubronegro, que tenta ser humilde mas o Mengão não deixa, é claro que quero o título, fico lembrando de 2009 e se as galinhas mineiras não tivessem se apropriado do slogan do Obama estaria dizendo “sim eu posso”, ou “sim eu acredito”. Nas últimas duas rodadas tiramos 4 dos 17 pontos que nos separavam da liderança. Mesmo assim, considerando a regularidade e a dificuldade que o time paulista tem apresentado de ser derrotado, teríamos que torcer para que o líder perdesse 4 desses 14 jogos, além de ser derrotado por nós no confronto entre os dois times, claro. Ou seja, 5 derrotas no terço final do Campeonato. Possível, porque este esporte é o futebol. Mas muito difícil, como diria o Zinho, que agora, no Vasco, está aprendendo o que é “difícil” de verdade...

Assim, confesso que embora minha esperança não morra nunca, estaria bem satisfeito se conseguíssemos galgar algumas posições na tabela e garantíssemos uma passagem direto para a Libertadores 2016. O clube vem comprando jogadores promissores sub19, já se fala em elenco 2016, a base a ser aproveitada é melhor que nos anos anteriores, não se fala em outros candidatos deletérios para a eleição do final do ano (os dois mais cotados tem filosofias próximas e irão manter a recuperaçãoo do clube), ou seja, tudo caminha para que, se entrarmos em uma Libertadores no próximo ano, façamos um papel digno de nossas tradições na competição internacional.

Não acredito que exista algum momento em que o futuro nos reserve alguma decisão do tipo “ficar no G4 ou lutar pelo título”. Na verdade, lutar pelo título é a nossa estratégia mais eficaz para garantir uma vaga entre os três primeiros. E não adianta focar apenas nos times da frente, é preciso olhar para os que nos rodeiam, com o mesmo número de pontos ou muito próximos. Palmeiras (último jogo do campeonato), São Paulo (já jogamos) e Atlético PR (falta jogar) estão com 38 pontos, e nossa vantagem é no critério de desempate. Santos e Internacional estão com 37 pontos e também poderiam nos passar em uma única rodada. Os dois estão entre os 14 adversários que faltam nos enfrentar nesse turno. Para olhar para cima, 7 pontos (ou no mínimo 3 rodadas) nos separam do Grêmio. E 10 pontos nos separam do Vice líder, as galinhas mineiras. Com quem aliás temos um jogo dificílimo no dia 20, e nossa paciência de torcedor já chegou ao limite de derrotas para este adversário. Hora de dar uma invertida e conquistar pontos dentro da casa deles. Olhando a sequencia de jogos, até o início de outubro, o jogo em Minas Gerais se apresenta como o mais difícil de todos. Depois da Chapecoense temos o Coritiba (jogo saiu do Rio mas o mando e a torcida será rubronegra) na quinta 17, o Galo no domingo dia 20, o VASCO dia 27 e o Joinville dia 4 de outubro, em casa. Tudo certo para uma boa sequencia de resultados que nos permitirá manter esta posição no G4 e quem sabe nos aproximar dos líderes.

Confiança excessiva? Não, apenas bom senso. Ainda que o futebol seja “uma caixinha de surpresas”, algumas verdades são eternas. Por exemplo, a simplicidade. Oswaldo de Oliveira está tendo sucesso porque não inventou nada. Colocou um meio campo “em campo”, vem treinando para acertar a defesa, mudou o estilo de marcação e deu confiança aos jogadores do ataque. E mesmo com desfalques, as coisas estão dando certo e a sorte está do nosso lado. Hora de aproveitar, ganhar de quem tem mais dificuldades do que nós e de endurecer e surpreender os times que estiverem em um estágio melhor de preparação e de diversidade de elenco. Dessa vez são quatro os desfalques (Guerrero, Emerson, Wallace e Alan Patrick) e por incrível que pareça, a impressão que tenho é que quem mais vai fazer falta é o Alan Patrick, pela fluidez que o time ganha no meio campo com a sua presença. A esperança é que o Ederson esteja mesmo 100% recuperado e possa fazer isso. E nem adianta dizer que eu prefiro o Jonas ou o Luiz Antonio no lugar do Massaraujo, pois agora ele tem tido defensores até na torcida... Enquanto estiver ganhando, estou apoiando qualquer escalação, mesmo que eu ainda ache que para jogar no Flamengo é preciso ser  bom jogador e ter meio litro de sangue extra para doar em campo. E vamos que vamos!


Pra cima deles, Mengão!

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