domingo, 13 de dezembro de 2015

COMO SERÁ O NOVO FLAMENGO DE 2016?

Amigos rubronegros, passada a eleição, com o resultado que apenas a pesquisa verde não previa, entramos nesse período terrível em que não temos jogos do Mengão para assistir, e na qual temos que ler e reler cada notícia de contratação para adivinhar o que pode ser verdade e o que é mera especulação, seja da imprensa atrás de leitores ou cliques, seja de empresários que querem valorizar seus jogadores soltando notícias de que o Flamengo está interessado no jogador.
Sobre a eleição, além de parabenizar os novos azuis, vale destacar o clima pacífico da votação, muito melhor do que a troca de chumbo pré-eleitoral indicava. E esperar que quem puder contribuir esteja disposto a faze-lo, mesmo sem o protagonismo de cargos oficiais. Então, se existiam patrocinadores dispostos a investir no Flamengo, como a oposição dizia que tinha, esta é a hora de aproxima-los da diretoria atual. Ou vamos achar que eram negociações do tipo Sampaoli, em que apenas um dos lados fechou negócio. Chega de verdes, brancos e azuis. Somos todos rubronegros!

De técnico novo, na verdade um verdadeiro reforço, volto ao tema discutido aqui nas últimas colunas. Vamos precisar de paciência e de visão de médio prazo. Ainda não temos os jogadores TOP que sonhamos e as revelações sobre o nosso CT permitem apenas imaginar o tamanho da desvantagem que temos em relação aos clubes com CTs modernos e equipados. A equipe que o Luxa está levando para a China saiu detonando as condições de trabalho, e poucos torcedores conhecem o suficiente do Ninho do Urubu para entender como isso influencia os resultados do time. Se queremos tanto que os jogadores fiquem treinando o dia inteiro, como em muitos clubes já acontece, é preciso um refeitório decente, acomodações para o descanso dos jogadores entre os treinos, equipamentos de preparo físico e de avaliações médicas, que permitam obter o melhor de cada jogador. Como um crédito de confiança, prefiro acreditar que foram estas deficiências que nos prejudicaram nesses últimos anos, e que o nosso Departamento Médico conseguirá se equiparar, em pouco tempo, aos mais modernos do país. O fato é que nem vale a pena detalhar, mas tivemos muitas ocorrências que não indicam um bom desempenho nessa área. Jogadores voltando antes da hora, recidiva da mesma contusão, enfim, resultados incompatíveis com um clube da grandeza do Flamengo, mas talvez inteiramente adequados para as dificuldades enfrentadas. Tenho fé de que arrumando a parte de instalações e de equipamentos, com a ajuda externa que está sendo contratada, e com o apoio da Inteligência que está sendo desenvolvida, teremos um novo patamar de treinamento, de avaliações e principalmente, de desempenho em campo.
Quanto às contratações, vamos ter que esperar as confirmações. Acredito piamente que as intenções da diretoria são as melhores possíveis. Mas parece que todo mundo que o Flamengo se interessa fica caro de repente. Quando digo “caro” quero dizer “MUITO CARO”. O goleiro Muralha é um exemplo. Outros sondados tem preços de titulares do Barcelona. O jogo é esse mesmo, e é nessa hora que o Caetano precisa provar que merece a posição em que foi mantido. Precisamos muito de um EXCELENTE Zagueiro (e de outro pelo menos promissor) e um CRAQUE no meio campo. Se outras posições forem reforçadas, melhor. Mas não podemos montar um time vencedor com a defesa atual, nem conviver mais com a seca de gols por falta de jogadas que municiem o nosso ataque. Vamos torcer para que a decisão do novo técnico de manter o Cirino (e quem sabe o Samir) se revele acertada. Mesmo com Kayke, Sheik, Guerrero, e talvez a volta do Nixon, continuamos precisando de mais atacantes decisivos. Mas não podemos depender da criatividade dos nossos atuais meias. Nenhum atacante (hoje, não vale lembrar do Zico...) resolve todos os jogos criando sozinho as jogadas para fazer os gols que a equipe precisa. Minha esperança é que a diretoria consiga trazer um ou mais “presentes de Natal” para a torcida e que no dia 6 de janeiro um elenco substancialmente mais forte se apresente para a pré temporada. A questão da Liga ainda não está certa e a saída do Cruzeiro parece ter criado muitas dúvidas sobre a tal Copa Rio Sul Minas. Nosso presidente, no entanto, já adiantou que o time para jogar o Carioca será um time B. Boa oportunidade para observar mais uma vez jogadores que voltam de empréstimo. Pessoalmente não tenho muitas esperanças com essa turma não, mas quem sabe isso ajuda pelo menos a recolocar este jogadores que ainda tem contrato com o Flamengo, e que de alguma forma são patrimônio rubronegro.

A hora é de espera e de paciência. Temos a diretoria que queríamos, um técnico que “conhece muito” de futebol, e obras emergenciais para melhorar as condições de trabalho já em janeiro, com conclusão das obras principais planejada para 2016 ainda. Faltam as peças que permitam elevar de vez a qualidade técnica de nossos atletas e os espetáculos que a torcida espera para o próximo ano.


Vamos com Fé e Esperança! A Nação espera que mesmo com a mesma diretoria reeleita, a filosofia mude e paremos de trazer refugos e de jogar para não perder! É hora de investir um pouco mais e de implementarmos uma cultura de busca incessante de bons resultados, de títulos e de coragem em campo!

sábado, 5 de dezembro de 2015

Cai o Pano

Amigos rubronegros, chegamos enfim ao último jogo do ano, e não dá para dizer que foi um bom ano no futebol. Mesmo com todas as vitórias administrativas e financeiras do Flamengo neste ano, nosso time termina esta jornada com um sentimento geral de que é preciso renovar todo o time, e com certeza daqui para a frente vamos falar só da Barca que sai e de contratações possíveis, confirmadas ou inventadas. Em um determinado momento deste ano chegamos a temer pelo rebaixamento, e quando afastamos este fantasma, elevamos muito a nossa expectativa, a ponto de acharmos, depois daquela sequencia de seis vitórias, que a Libertadores era mais que possível, e o líder do campeonato que se cuidasse. Ou seja, nossa decepção é sempre proporcional à esperança que tínhamos. Só nos frustramos porque acreditávamos que este elenco era superior a uma boa parte dos demais times e que teríamos futebol para disputar a Copa do Brasil e a ponta do Brasileirão. Um dia a história que começou naquele jogo contra o Coritiba em Brasília será devidamente contada e quem sabe venhamos a entender o que de fato aconteceu com as nossas esperanças e com a quase certeza de um fim de ano  glorioso. O fato é que o time degringolou, a turma da cachaça foi flagrada fazendo festa quando o momento era de concentração e dedicação, e o resto todo mundo sabe.

Olhando o retrospecto desse ano “esquecível”, duas coisas me deixam realmente triste e preocupado. A primeira é não termos nos classificado para a Libertadores, pelo efeito motivador que isso teria para o elenco, patrocinadores, técnico e torcida. A outra foi constatar que não formamos a base que imaginávamos ter. Não estou falando dos garotos da base e sim da base do time titular. Nosso perspectiva era de que a cada ano fôssemos somando boas contratações, dispensando as apostas infrutíferas e formando um time titular que pudesse ser melhorado pontualmente, com algumas aquisições preciosas. Tirando o Jorge, ninguém mais é unanimidade na equipe titular dos nossos sonhos. No gol, Paulo Victor teve um ano de altos e baixos, e se pudéssemos trazer um goleiro tecnicamente melhor, ninguém reclamaria. Mas não estamos mal servidos com Cesar e PV. Pessoalmente, gosto muito deste Muralha, que ao que tudo indica deixou de ser mencionado como possível. Nas laterais, não imagino passar mais um ano com Pará  de titular, e com a saída já confirmada do Armero, não temos ninguém para substituir o Jorge quando for necessário. Na zaga, confirmada a saída do Marcelo, que deve jogar neste domingo sua última partida, e de Samir, que deve ir para a Udinese por um valor muito menor do que imaginávamos quando ele surgiu, temos uma situação inusitada. De titular inquestionável, Wallace participou ativamente das derrotas mais tristes deste ano, não importando se ao seu lado tinha Samir, Cesar Martins ou Marcelo. Gosto da sinceridade do capitão, de sua seriedade como profissional, mas não acredito mais que ele seja o jogador ideal para o time vencedor que precisamos montar. O Cesar Martins, que saudei várias vezes como tendo dado um “upgrade” na saída de bola, se revelou um jogador capaz de pixotadas grotescas e com isso perdeu a confiança da torcida. E foi parte importante em várias destas derrotas nesta reta final de campeonato. Na “volância”, como virou moda se referir aos cabeças de área, inventamos a posição de “cabeça de bagre”, ou seja, colocamos ali um jogador que não marca, não cria, não lança e mesmo assim é titular absoluto. Entendo que a escalação desse jogador (prometi que faria uma coluna sem citar o seu nome) é o casamento com uma filosofia que é a da mediocridade e da falta de vontade de ganhar. E definitivamente, como volante, não será o Luiz Antonio (que poderia ser um meia direita razoável) que vai resolver o nosso problema. Com a saída do Cáceres (fez falta, essa é a verdade) não conseguimos fazer do Jonas o nosso cão de guarda, porque foram muitos amarelos e suas suspensões atrapalharam bastante para o time ganhar regularidade e consistência. Ou vem um técnico que ensine o Jonas a jogar nessa posição, ou podem liberar ele para o MMA. Na porrada ele é bom, até sem querer... Nas vagas de meia armador, estamos terminando o ano apostando em Gabriel, que de vez em quando joga bem, mas é muito irregular e quando está mal simplesmente não acerta nada. Não é um jogador que tenha se transformado em titular, ainda que tenha feito boas partidas eventualmente. E o Alan Patrick, com quem querem renovar, me parece aquele jogador que pode até ser uma opção para o banco, mas jamais será o protagonista que ele tenta ser quando bate todas as faltas (e tem batido tudo errado) ou quando atua como o distribuidor de jogadas do time. No ataque, onde deveríamos estar bem servidos (Kayke, Guerrero e Emerson), é onde tivemos menos efetividade, porque o que faltou para o Flamengo ser vitorioso neste fim de campeonato foram justamente os gols desse trio. Alguns dizem que faltaram meias para criar as jogadas, outros atribuem  tudo à falta de pontaria do Guerrero ou às falhas seguidas do Emerson, justamente os dois que, se estiverem bem, são titulares absolutos neste time. De todos os demais atacantes, tirando Paulinho e Everton que se preocuparam demais em gozar a vida ao invés de serem os atletas que o clube precisava, só o Kayke se saiu bem, justamente porque a expectativa em cima dele era baixa. E vamos ver como voltará o Nixon. Por fim, se é verdade que o possível novo técnico, Muricy, pediu para manter o Cirino no elenco, volto a ter esperanças que ele volte a apresentar um bom futebol. Até porque imagino que a partir do dia 8, o Flamengo será “trabalho”. Já sobre o Oswaldo de Oliveira, ficou claro porque ele entra em todos os grandes times e acaba saindo antes de terminar algum bom trabalho. O Oswaldo simplesmente continuou o trabalho que o Cristovão vinha fazendo e que herdou do Luxemburgo. Tivemos três técnicos que faziam exatamente a mesma coisa, com resultados muito semelhantes.

Da base, tenho boas esperanças em conseguir um bom zagueiro com o Dumas, um volante decente com o ex-lateral Ronaldo e com Jajá, que pode ser meia armador também, um meio campo de talento com o Lucas Paquetá e o Matheus Sávio, bons jogadores para colocar no mercado, como Cafu e Thiago Santos, e estou muito curioso para saber se o Baggio vai me fazer queimar a língua e ser, nos profissionais, o goleador que ele foi na base.

Escrevi quase duas laudas sem sentir e faltou falar do jogo contra os verdes suínos e da eleição no Flamengo. Espero que o Jaime arme o time para nos trazer uma vitória que nos dê uma despedida digna  e nos permita gozar um pouco os felizes campeões da Copa do Brasil. E que a vitória contra os Verdes se dê também nas urnas, consagrando o atual presidente por mais três anos. Já no início da disputa eleitoral eu dizia que não via muita diferença entre a vitória dos Verdes ou dos Azuis. Sempre achei que a direção geral seria respeitada, ou seja, continuaria o saneamento financeiro, trabalhista e fiscal, e a reconquista da credibilidade. Mas nos últimos dias alguns acontecimentos me levaram a duvidar disso. Ao que tudo indica, o projeto de poder da Chapa Verde inclui a filosofia de que os fins justificam os meio, com o anúncio não autorizado da contratação do Sampaoli e a divulgação de uma pesquisa que parece ser mentirosa, porque não encontra sustentação nas redes sociais nem nas pesquisas anteriores. De um hora para outra, até os indecisos passaram os adeptos da Chapa Azul? O episódio do protesto contra a “luz azul” na Gávea já tinha sido ridículo. Os últimos acontecimentos simplesmente nos fizeram objeto de chacota dos outros torcedores, que perguntam quando chegarão Messi, Neymar e Suarez. Aprendi a gostar do jeito sereno e ao mesmo tempo apaixonado do torcedor e presidente Bandeira de Melo. Que o seu exemplo seja valorizado e encontre nas urnas desta segunda feira a vitória, neste país tão carente de lideranças sérias e comprometidas com os valores do bem, e com um modelo de administração séria e cidadã. E que já na terça feira voltemos todos a ser rubronegros e não mais brancos, azuis ou verdes. Porque o Mengão é muito maior do que nós. O Flamengo é uma Nação e precisamos dar o exemplo de que as forças do Bem ainda são maioria no universo rubronegro, como é, apesar do caos aparente, a maioria da população brasileira, tão enganada e frustrada nesse país rico de recursos e pobre de realizações sociais. Portanto, se você faz parte dos sócios indecisos com direito a voto, compareçam à votação e depositem na urna o voto que pode dar continuidade a um trabalho sério, que tem agora no futebol a chance de levar o clube ao lugar de onde nunca deveria ter saído.

Pra cima dos Verdes, Mengão!


sábado, 28 de novembro de 2015

Tiro Longo

Amigos rubronegros,  o penúltimo jogo do Flamengo, contra o Atlético PR, pode ser encarado de várias maneiras. Para alguns é simplesmente cumprir tabela, pois a vaga para a Libertadores é matematicamente impossível. Para outros, ainda brigamos por vaga na Sul Americana, mas confesso que desisti de entender esse regulamento, porque as vagas são destinadas não simplesmente a quem alcança uma determinada posição final do Brasileirão, mas também a quem sai de outra competição “antes” de uma determina fase. Por exemplo, o Atlético PR, que entrou na Sul Americana de 2015, ganhou a vaga por ser o melhor colocado no Brasileiro de 2014 QUE SAIU antes da quarta fase da Copa do Brasil de 2015... Idem para Sport, Goiás, Chapecoense, Joinville e Ponte Preta. Já o Bahia entrou como campeão da Copa do Nordeste e o Brasília como campeão da Copa Verde. Ou seja, impossível saber se o Flamengo garante alguma coisa se vencer suas últimas partidas. Mas já que o adversário é o “Furacão”, resolvi rever os dois últimos jogos significativos contra eles. Quem lembra da vitória que nos trouxe a Copa do Brasil em 2013? Quem diria que o Paulinho, autor de jogada memorável que gerou um dos nossos gols, estaria hoje cotado para sair do elenco pela porta dos fundos? E o gol do Alan Patrick de falta na vitória de 3 a 2 no primeiro turno? O que mais uma vez prova a tese de que (tirando o Zico e outros poucos ungidos), não há verdade absoluta no futebol. Em uma temporada o jogador é o máximo, e no outro é simplesmente dispensável por pressão da torcida.
O que nos leva à demissão do Oswaldo, ocorrida na manhã deste sábado. Como é difícil alcançar a unanimidade entre os torcedores! Li, desde o primeiro momento, muitas críticas à Diretoria por ter efetivado a demissão. Da mesma forma que li, durante a semana muitas críticas por NÃO demitir o Oswaldo logo, já que o técnico dos sonhos de boa parte da torcida, o Muricy, estava sendo assediado pelo Galo. Pois eu espero que a contratação do Muricy se confirme no dia seguinte ao da eleição, e acredito que a saída do Oswaldo foi simplesmente para que se fechasse o negócio (sempre condicionado à vitória da Chapa Azul, embora acredite que os verdes também gostariam de ter o Muricy como treinador). O fato é que o Muricy sempre foi um técnico ético, que não costuma fechar negócio com times que tem técnico empregado. Acredito que o Muricy seja mesmo a melhor opção para o Flamengo, tendo em vista os altos valores pedidos pelos gringos consultados (entre eles o Sampaoli, que eu acredito que um dia ainda virá).

Em se confirmando o Muricy, vai ser necessário que a torcida o apoie desde o primeiro momento e que ele tenha tempo e elenco para trabalhar. Precisamos de um “tiro longo”, ou seja, alguém que tenha capacidade e conhecimento para fazer um trabalho de longo prazo no futebol do Flamengo. Não foi a toa que o único técnico que permaneceu no cargo durante as 38 rodadas do Brasileiro de 2015 seja o atual campeão. O Corinthians, que tem uma torcida apaixonada como a nossa, já havia dado um voto de confiança ao Tite quando o time paulista foi eliminado pelo fraco Tolima em uma Libertadores. Na sequencia o time acabou ganhando tudo, Brasileiro, Libertadores e Mundial. Tite saiu campeão, voltou ao time e  com seu elenco desacreditado, com muitas dívidas e problemas, mas acabou campeão novamente, sendo elogiável sua recuperação de jogadores vistos como negociáveis, como Jadson, Ralf e Renato Augusto. Não quero o Corinthians para modelo de nada no Flamengo, que isto fique claro. Mas acredito que com o Muricy temos um técnico no qual vale a pena apostar a longo prazo, o tal do tiro longo. Quem sabe até alguns jogadores hoje “carta fora do baralho” possam ser resgatados antes de serem negociados. Outra coisa positiva, caso o Muriçoca venha, é seu lema “aqui é trabalho”. Me lembro que venci a antipatia que tinha pelo Muricy Campeão de Tudo Pelo SÃO PAULO ao ver uma entrevista dele falando que os atletas do seu elenco chegavam cedo ao clube e passavam o dia inteiro trabalhando. Desde a época do Luxa que eu dizia aqui que não era possível um clube preparar seus atletas com treinos diários que começavam as 15:30 e terminavam antes das 17:00. Com o Cristóvão apareceu um maluco com uma teoria de “intensidade ao contrário de muitas horas de treino”. Com Oswaldo a coisa até melhorou, mas a carga de treinamento continuou baixa para um time que tivesse alguma aspiração a qualquer coisa melhor nas competições que disputava. O resultado foi o que se viu. Jogos e jogos em que o Flamengo até começava bem, mas perdia o gás no segundo tempo, e ao levar um gol não tinha forças nem preparo físico para superar os adversários. Que isso agora pertença ao passado e que somente jogadores dispostos a serem atletas tenham espaço no novo Flamengo. Da minha parte, mero torcedor e espectador, só posso dar os parabéns à Diretoria, caso vença as eleições e traga mesmo o Muricy. Que um novo tempo comece no Flamengo e que o ele tenha sucesso e leve o Flamengo, no futebol, ao mesmo sucesso que tem conseguido na administração e nas finanças. O que a torcida quer é um time lutador, com o talento que for possível, mas que respeite nossas tradições e queira muito dar alegrias a esta torcida apaixonada!

Só para deixar registrado, já disse aqui que não tenho bronca do Vasco, freguês eterno mesmo com as vitórias de 2015, tenho rejeição é ao Furico, eleito pelos vascaínos como a esperança de dias melhores em São Januário. Assim, torço pelo rebaixamento não do Vasco, mas do time deste dirigente cuja moral é por todos conhecida. E estou seriamente preocupado com as “facilidades” oferecidas em sua caminhada final. O que se diz aqui em São Paulo é o Santos irá a campo contra os cruzmaltinos com seu time C, ou seja, facilitando sobremaneira a vida do Vasco nessa penúltima rodada. O que é uma vergonha e uma grande sacanagem com os times que lutam para fugir do rebaixamento e enfrentaram o Santos completo. Até admito que se pudesse poupar um ou outro jogador para a final da Copa do Brasil, mas o time inteiro de reservas é simplesmente imoral! Mas coisas desse tipo vem acontecendo no futebol e no Brasil. Acho que precisamos de um Sergio Moro que investigue o esporte mais popular do Brasil e faça o trabalho que o FBI fez na FIFA, só que na CBF, coberta de vergonha tanto nos resultados de campo como na impossibilidade de seu dirigente maior viajar para o exterior por temer ser preso.  Mas, um dia casa cai...



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Lema ou Dilema

 Amigos rubronegros, sobre os dois jogos  deste período de quinta a domingo, vou ser muito direto: Espero duas vitórias! Mas só porque sou teimoso, porque na enquete entre os comentaristas da ESPN, por exemplo, nenhum deles cravou vitória do Flamengo contra o time da Vila Belmiro nesta quinta. Ou seja, ninguém acredita mais na mágica da mística rubronegra, pelo menos com esse time. Já escrevi sobre isso, e nessa semana resolvi rever o Flamengo 5 x 4 Santos, talvez o único jogo inesquecível que o Ronaldinho fez com o Manto. Saudades.... Parece que este time atual obscureceu a máxima de que “Flamengo é Flamengo”.  Continuo acreditando na vitória porque o futebol tem dessas coisas e a lógica as vezes é superada pelo imponderável. E porque sou Flamengo antes de tudo. Mas ver o jogo contra o time de Orlando foi mais uma decepção. Tudo bem, eu não esperava uma atuação de gala, mas também não imaginei que era possível jogar com o freio de mão puxado por 90 minutos e com 22 jogadores diferentes...
O que resta, já que discutir o time que vai entrar em campo nem vale  mais a pena, é falar de eleição e de campanha. Vou tentar juntar as duas coisas (time e eleição), já que vejo uma campanha muito mais voltada para os “erros do futebol” do que para a discussão do futuro do Flamengo. Na minha visão, estão tentando levar o Bandeira para o erro fatal. Um monte de notícias com possibilidades de contratações e dispensas, e querem por que querem que o Bandeira diga que vai continuar com Oswaldo, Pará, Maraujo, e quem sobrar do bonde da 51. Mas ele tem os jogadores sob contrato, não pode como presidente do Clube dizer que vai mandar embora ou não renovar, tendo pelo menos 4 jogos pela frente, que são compromissos oficiais. Ou então que se bote a garotada pra jogar. Mas aí já é financiar a vagabundagem. Os salários são altos e pagar para deixar encostado também seria um contra-senso. Deve ter um meio termo, aproveitando os melhorzinhos entre os garotos e os altos salários...
Mas o que eu queria discutir é se a eleição deve ser decidida só pelo aspecto futebol e pela proposição ideal de time. Se um candidato escalasse um time e o outro candidato desse a sua escalação, pensando sobre os jogadores, sobre a filosofia de jogo que o time sugere, e se você concordasse muito com uma delas, isso seria o suficiente para ser escolhido o próximo presidente do Flamengo? Mereceria seu voto? Claro que eu sei que o Flamengo é muito maior, mas falando especificamente do cargo de presidente do Flamengo, o que é virtude necessária para ser merecedor do teu voto? Entender de futebol?
A minha curiosidade maior é saber se o Godinho, que foi apontado como o homem futuro do futebol pelo Bandeira, é incompatível futebolisticamente com o BAP e Wallin. Porque o pessoal podia dar uma colher de chá pro Bandeira, que seria eleito agora ( e é facil imaginar que ele não vai buscar um terceiro mandato depois) e os verdes cuidariam do futebol, sempre com a participação do Presidente. Não  é possível que uma parcela importante dos flamengos seja alijada da oportunidade de ajudarem o Flamengo. Não importa quem vença, os perdedores não podem sair do clube. Não faria sentido impedi-los de fazer o tanto de bem que eles queriam fazer no discurso de candidato. Resumindo, esse pessoal que se dividiu tem que se unir de novo. Sei que esse é o desejo real de 9 entre 10 rubronegros, mas se isso não foi possível antes da eleição, que já se firme um pacto para depois.
Mas queria explicar porque falei em entregar o futebol para os Verdes. Porque eu estou torcendo pelo Bandeira (pela figura dele, pelo que acho ser o seu caráter e o seu rubronegrismo), mas querendo que o futebol seja completamente diferente do que o Bandeira vem, timidamente, dizendo. Não quero mais o Oswaldo, nem o Pará, nem o Juan, nem o Massaraujo.... Eu entendo que um presidente não pode esculachar o seu técnico nem os seus jogadores atuais, mas eu gostaria muito de ter certeza de que o futebol vai realmente mudar. Não acredito que em 2016 vamos ter o time dos nossos sonhos ainda, e estou preparado para ver o Flamengo no meio da tabela por mais um período de consolidação das conquistas administrativas e financeiras. Mas não aceito mais brigar para escapar do rebaixamento (esse ano ninguém fala, mas deixamos esta briga para trás há algum tempo), nem um time mal preparado fisicamente, nem contusões repetidas quando o jogador volta ao campo, nem jogadores que passeiam em campo ou que não demonstrem disposição maior para o futebol do que para as festinhas nos seus horários livres.

Um time de raça, amor e paixão! É só isso que peço ao presidente eleito! Que continue o trabalho de saneamento cuidando da base e contratando jogadores de razoáveis para bons, mas com disposição e aplicação. E que se comece um trabalho de médio e longo prazo no futebol, aprendendo com as lições, com os erros e com os acertos destes três anos.  E se puder vir um craque, craque mesmo...
Pra cima deles, Mengão!