quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Lema ou Dilema

 Amigos rubronegros, sobre os dois jogos  deste período de quinta a domingo, vou ser muito direto: Espero duas vitórias! Mas só porque sou teimoso, porque na enquete entre os comentaristas da ESPN, por exemplo, nenhum deles cravou vitória do Flamengo contra o time da Vila Belmiro nesta quinta. Ou seja, ninguém acredita mais na mágica da mística rubronegra, pelo menos com esse time. Já escrevi sobre isso, e nessa semana resolvi rever o Flamengo 5 x 4 Santos, talvez o único jogo inesquecível que o Ronaldinho fez com o Manto. Saudades.... Parece que este time atual obscureceu a máxima de que “Flamengo é Flamengo”.  Continuo acreditando na vitória porque o futebol tem dessas coisas e a lógica as vezes é superada pelo imponderável. E porque sou Flamengo antes de tudo. Mas ver o jogo contra o time de Orlando foi mais uma decepção. Tudo bem, eu não esperava uma atuação de gala, mas também não imaginei que era possível jogar com o freio de mão puxado por 90 minutos e com 22 jogadores diferentes...
O que resta, já que discutir o time que vai entrar em campo nem vale  mais a pena, é falar de eleição e de campanha. Vou tentar juntar as duas coisas (time e eleição), já que vejo uma campanha muito mais voltada para os “erros do futebol” do que para a discussão do futuro do Flamengo. Na minha visão, estão tentando levar o Bandeira para o erro fatal. Um monte de notícias com possibilidades de contratações e dispensas, e querem por que querem que o Bandeira diga que vai continuar com Oswaldo, Pará, Maraujo, e quem sobrar do bonde da 51. Mas ele tem os jogadores sob contrato, não pode como presidente do Clube dizer que vai mandar embora ou não renovar, tendo pelo menos 4 jogos pela frente, que são compromissos oficiais. Ou então que se bote a garotada pra jogar. Mas aí já é financiar a vagabundagem. Os salários são altos e pagar para deixar encostado também seria um contra-senso. Deve ter um meio termo, aproveitando os melhorzinhos entre os garotos e os altos salários...
Mas o que eu queria discutir é se a eleição deve ser decidida só pelo aspecto futebol e pela proposição ideal de time. Se um candidato escalasse um time e o outro candidato desse a sua escalação, pensando sobre os jogadores, sobre a filosofia de jogo que o time sugere, e se você concordasse muito com uma delas, isso seria o suficiente para ser escolhido o próximo presidente do Flamengo? Mereceria seu voto? Claro que eu sei que o Flamengo é muito maior, mas falando especificamente do cargo de presidente do Flamengo, o que é virtude necessária para ser merecedor do teu voto? Entender de futebol?
A minha curiosidade maior é saber se o Godinho, que foi apontado como o homem futuro do futebol pelo Bandeira, é incompatível futebolisticamente com o BAP e Wallin. Porque o pessoal podia dar uma colher de chá pro Bandeira, que seria eleito agora ( e é facil imaginar que ele não vai buscar um terceiro mandato depois) e os verdes cuidariam do futebol, sempre com a participação do Presidente. Não  é possível que uma parcela importante dos flamengos seja alijada da oportunidade de ajudarem o Flamengo. Não importa quem vença, os perdedores não podem sair do clube. Não faria sentido impedi-los de fazer o tanto de bem que eles queriam fazer no discurso de candidato. Resumindo, esse pessoal que se dividiu tem que se unir de novo. Sei que esse é o desejo real de 9 entre 10 rubronegros, mas se isso não foi possível antes da eleição, que já se firme um pacto para depois.
Mas queria explicar porque falei em entregar o futebol para os Verdes. Porque eu estou torcendo pelo Bandeira (pela figura dele, pelo que acho ser o seu caráter e o seu rubronegrismo), mas querendo que o futebol seja completamente diferente do que o Bandeira vem, timidamente, dizendo. Não quero mais o Oswaldo, nem o Pará, nem o Juan, nem o Massaraujo.... Eu entendo que um presidente não pode esculachar o seu técnico nem os seus jogadores atuais, mas eu gostaria muito de ter certeza de que o futebol vai realmente mudar. Não acredito que em 2016 vamos ter o time dos nossos sonhos ainda, e estou preparado para ver o Flamengo no meio da tabela por mais um período de consolidação das conquistas administrativas e financeiras. Mas não aceito mais brigar para escapar do rebaixamento (esse ano ninguém fala, mas deixamos esta briga para trás há algum tempo), nem um time mal preparado fisicamente, nem contusões repetidas quando o jogador volta ao campo, nem jogadores que passeiam em campo ou que não demonstrem disposição maior para o futebol do que para as festinhas nos seus horários livres.

Um time de raça, amor e paixão! É só isso que peço ao presidente eleito! Que continue o trabalho de saneamento cuidando da base e contratando jogadores de razoáveis para bons, mas com disposição e aplicação. E que se comece um trabalho de médio e longo prazo no futebol, aprendendo com as lições, com os erros e com os acertos destes três anos.  E se puder vir um craque, craque mesmo...
Pra cima deles, Mengão!





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