Amigos rubronegros, sobre os dois jogos deste período de quinta a domingo, vou ser
muito direto: Espero duas vitórias! Mas só porque sou teimoso, porque na
enquete entre os comentaristas da ESPN, por exemplo, nenhum deles cravou
vitória do Flamengo contra o time da Vila Belmiro nesta quinta. Ou seja,
ninguém acredita mais na mágica da mística rubronegra, pelo menos com esse
time. Já escrevi sobre isso, e nessa semana resolvi rever o Flamengo 5 x 4
Santos, talvez o único jogo inesquecível que o Ronaldinho fez com o Manto. Saudades.... Parece que este time atual obscureceu a máxima de que “Flamengo é Flamengo”. Continuo
acreditando na vitória porque o futebol tem dessas coisas e a lógica as vezes é
superada pelo imponderável. E porque sou Flamengo antes de tudo. Mas ver o jogo
contra o time de Orlando foi mais uma decepção. Tudo bem, eu não esperava uma
atuação de gala, mas também não imaginei que era possível jogar com o freio de
mão puxado por 90 minutos e com 22 jogadores diferentes...
O que resta, já que
discutir o time que vai entrar em campo nem vale mais a pena, é falar de eleição e de
campanha. Vou tentar juntar as duas coisas (time e eleição), já que vejo uma
campanha muito mais voltada para os “erros do futebol” do que para a discussão
do futuro do Flamengo. Na minha visão, estão tentando levar o Bandeira para o
erro fatal. Um monte de notícias com possibilidades de contratações e
dispensas, e querem por que querem que o Bandeira diga que vai continuar com
Oswaldo, Pará, Maraujo, e quem sobrar do bonde da 51. Mas ele tem os jogadores
sob contrato, não pode como presidente do Clube dizer que vai mandar embora ou
não renovar, tendo pelo menos 4 jogos pela frente, que são compromissos
oficiais. Ou então que se bote a garotada pra jogar. Mas aí já é financiar a
vagabundagem. Os salários são altos e pagar para deixar encostado também seria
um contra-senso. Deve ter um meio termo, aproveitando os melhorzinhos entre os garotos e os altos salários...
Mas o que eu queria
discutir é se a eleição deve ser decidida só pelo aspecto futebol e pela
proposição ideal de time. Se um candidato escalasse um time e o outro candidato
desse a sua escalação, pensando sobre os jogadores, sobre a filosofia de jogo que o time sugere,
e se você concordasse muito com uma delas, isso seria o suficiente para ser escolhido
o próximo presidente do Flamengo? Mereceria seu voto? Claro que eu sei que o
Flamengo é muito maior, mas falando especificamente do cargo de presidente do
Flamengo, o que é virtude necessária para ser merecedor do teu voto? Entender
de futebol?
A minha curiosidade
maior é saber se o Godinho, que foi apontado como o homem futuro do futebol
pelo Bandeira, é incompatível futebolisticamente com o BAP e Wallin. Porque o
pessoal podia dar uma colher de chá pro Bandeira, que seria eleito agora ( e é facil imaginar que ele não vai buscar um terceiro mandato depois) e os verdes
cuidariam do futebol, sempre com a participação do Presidente. Não é possível que uma parcela importante dos
flamengos seja alijada da oportunidade de ajudarem o Flamengo. Não importa quem
vença, os perdedores não podem sair do clube. Não faria sentido impedi-los de
fazer o tanto de bem que eles queriam fazer no discurso de candidato.
Resumindo, esse pessoal que se dividiu tem que se unir de novo. Sei que esse é
o desejo real de 9 entre 10 rubronegros, mas se isso não foi possível antes da
eleição, que já se firme um pacto para depois.
Mas queria explicar
porque falei em entregar o futebol para os Verdes. Porque eu estou torcendo
pelo Bandeira (pela figura dele, pelo que acho ser o seu caráter e o seu
rubronegrismo), mas querendo que o futebol seja completamente diferente do que
o Bandeira vem, timidamente, dizendo. Não quero mais o Oswaldo, nem o Pará, nem
o Juan, nem o Massaraujo.... Eu entendo que um presidente não pode esculachar o
seu técnico nem os seus jogadores atuais, mas eu gostaria muito de ter certeza
de que o futebol vai realmente mudar. Não acredito que em 2016 vamos ter o time
dos nossos sonhos ainda, e estou preparado para ver o Flamengo no meio da
tabela por mais um período de consolidação das conquistas administrativas e financeiras.
Mas não aceito mais brigar para escapar do rebaixamento (esse ano ninguém fala,
mas deixamos esta briga para trás há algum tempo), nem um time mal preparado
fisicamente, nem contusões repetidas quando o jogador volta ao campo, nem jogadores que passeiam em campo ou que não demonstrem disposição
maior para o futebol do que para as festinhas nos seus horários livres.
Um time de raça,
amor e paixão! É só isso que peço ao presidente eleito! Que continue o trabalho
de saneamento cuidando da base e contratando jogadores de razoáveis para bons,
mas com disposição e aplicação. E que se comece um trabalho de médio e longo
prazo no futebol, aprendendo com as lições, com os erros e com os acertos destes
três anos. E se puder vir um craque,
craque mesmo...
Pra cima deles,
Mengão!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.