quinta-feira, 29 de maio de 2014

A vida nada fácil de quem frequenta a zona...


Amigos rubronegros, descobri uma quantidade de pessoas que superam a torcida rubro-negra. Segundo as últimas estimativas, em todo o mundo existem cerca de 42 milhões de pessoas que se dedicam à prostituição, sob a suas diversas formas. Pois agora, com os últimos resultados, nós torcedores do Flamengo voltamos a frequentar “a zona”. Que fique claro que não tenho nada contra os seus frequentadores, só acho realmente desprezível a prostituição infantil, que mais uma vez deverá ser agravada com o fluxo de turistas que a pretexto de verem a Copa, se programam mesmo é para o turismo sexual, que o Brasil combate em verso e prosa, mas que as condições de vida da nossa sociedade não conseguem exterminar. Mas se fossemos aqui discorrer sobre os problemas brasileiros, sobre o mau uso do dinheiro público e sobre a impunidade dos nossos dirigentes políticos e agora, pasmem, judiciários, este espaço não seria o que é e sua finalidade seria outra. 

Vamos nos ater ao futebol, o mais importante dos assuntos desimportantes de nossa pátria.
E frequentar a zona de rebaixamento não é uma vida fácil. Um clube com tantas glórias, tantas conquistas e tantos “seguidores” não merece estar ano após ano brigando para se manter afastado da ignomínia de disputar a série B. Cantamos aos quatro ventos que nunca fomos rebaixados, mas o fato é que “agua mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Antes que me digam que o campeonato é longo, que temos tempo para nos recuperarmos, adianto: Já sei! Mas para que essa “mudança” ocorra, é preciso que as coisas mudem. Eu quero ver o Flamengo campeão nacional em 2014, e não rezando por um ponto fora de casa e algumas magras vitórias dentro de casa, entremeadas por micos horrendos, de derrotas para times absolutamente ridículos. Mas loucura não é sonhar grande, loucura é achar que alguma coisa vai mudar sem que nada seja alterado. E a rigor, nada mudou no Flamengo desde a saída do Jayme. Aquele papo de que os jogadores com técnico novo se esforçam para mostrar serviço ao novo técnico...não funcionou. O time no seu primeiro jogo repetiu os mesmos erros que vinham cometendo. A mexida que deu alguma esperança aos torcedores, barrando Elano, Felipe e Andre Santos, parece ter sido revogada e o time que treinou como titular já incluiu de novo os três jogadores. O que esperar para o jogo contra o Figueirense? Uma vitória contra o lanterna do campeonato, ou um “mico horrendo” como pagou o Corinthians na estréia da sua nova Arena ? Aliás, aqui cabe um comentário “político”. Talvez os mais novos não se lembrem, mas ARENA (Aliança Renovadora Nacional) era o nome do partido criado pelo governo militar para manter a aparência de democracia naquele momento de autoritarismo, em contraposição ao MDB (Movimento Democrático Brasileiro), que reunia o que sobrou de opositores ao regime, que ainda não haviam sido cassados. Pois a ARENA juntava no mesmo saco todos os colaboracionistas, bajuladores e apoiadores do Governo. Esse apoio chegou na época ao futebol, com o órgão máximo do futebol na época, a CBD (mais tarde a atual CBF) criando campeonatos com mais de 100 clubes, só para atender ao interesse político do governo. “Onde a ARENA vai mal, põe um time no Nacional!”. E quando lembro da negociata que foi esta construção do Itaquerão, penso que se um dia o nosso Flamengo tiver o seu próprio estádio, que ele nunca se chame “Arena”. Mas isso é motivo para outra coluna.

Mas voltando ao jogo desta quinta feira. Como o Flamengo já venceu um time pior que o seu (mas que está muito melhor colocado na tabela, o Palmeiras), é bem possível que saiamos do Morumbi com uma vitória sobre o fraco Figueirense. Mas a expectativa é de que vamos sofrer de novo e encontrar dificuldades onde outros times não encontraram. Se mantivermos o goleiro, o Elano, o André Santos e o Márcio Araújo em campo seremos de novo um time sem pegada, sem saída no meio campo, apelando para a “ligação direta” entre a defesa e o ataque, e sujeito a um sucesso por uma jogada individual do Paulinho ou do Negueba, ou de um zagueiro que largou a área para se aventurar no ataque. 

Quem se der ao trabalho de ler as colunas anteriores do Conversa Flamenga, vai ver que em momento nenhum nos furtamos de elogiar o trabalho dos dirigentes de saneamento do Flamengo, de valorização dos ex-jogadores, de pagamento das dívidas “impagáveis, e a conquista das certidões que permitiram aumentar a arrecadação efetiva do clube por meio de novos patrocínios. Entendíamos, e ainda entendemos, que os primeiros anos seriam de sacrifícios. Louvamos bastante a corajosa conquista da Copa do Brasil, contra adversários fortes, e até as conquistas regionais deste começo de ano, contra adversários fraquíssimos. Mas tudo tem um limite. Mandamos “ganhar experiência” alguns jogadores jovens (Rafinha, Rodolfo) e o que trouxemos (Artur, Marcelo) não condiz com a necessidade mais premente de todas que é a de um meia armador. O único que temos no elenco, e que pelo pouco que jogou, demonstra ter essa habilidade, embora não tenha encontrado ainda um treinador que o posicione em campo, o Mugni, não consegue uma sequencia de jogos, mesmo quando se sai bem. Se ele treina mal, se alguém não gosta dele, se ele está sendo “sabotado” por alguém, que se resolva isso dentro do elenco. Ou faz sentido dizerem que a “bola da vez”é o Matheus? Nos poucos jogos que vi, me pareceu que o Mugni é 50 mil vezes melhor que o filhote do Bebeto. E se não é ele, que se busque um meia decente em algum lugar. Durante as partidas da Libertadores neste primeiro semestre, cansamos de ver bons jogadores em campo. Com certeza são muito mais baratos que o Montillo, o Robinho e outros que já se foram para a Europa. Não é possível que não tenhamos dirigentes, agentes, empresários, ou até torcedores que não consigam iniciar um contato com estes clubes e jogadores. Desculpem, Blues, mas a paciência está no fim. Essa história de “um Flamengo novo depois da Copa” por enquanto, é só fumaça para esconder o ridículo de nossas apresentações.


Resumindo, com o time que temos, escalamos mal. Com o time que não temos, buscamos pouco as soluções efetivas para as nossas carências. Renovei meu sócio torcedor e pretendo continuar apoiando o esforço gigantesco de fazer um Flamengo melhor. Mas precisamos de resultados em campo que me permitam ser um apoiador com argumentos e não só um torcedor fanático. A hora é essa! Pra cima deles, Mengão!

domingo, 25 de maio de 2014

É dia de pescaria!


 Amigos rubronegros, mais um domingo de jogo e pelo visto a única novidade é a barração do Felipe. Ainda que boa parte da torcida estivesse mesmo pedindo um banco para o goleiro, os motivos de sua barração são no mínimo esquisitos. Confundiu o horário de treino? Não me parece coisa de profissional e tem cheiro de mentira, pura e simples. Talvez seja mesmo uma “deixa” para o Ney fazer uma troca, mas parece mais um motivo de intranquilidade para o grupo do que uma mexida tática ou técnica. O que é uma pena, pois temos uma nova oportunidade de faturar três pontos e nos afastarmos dessa incômoda posição na tabela, já que vamos de novo jogar contra um time sem 7 titulares. Contra o Bahia tivemos vantagem parecida e não soubemos aproveitar. Vamos ver se hoje conseguimos “pescar o peixe com vara” e não vermos a tal vara nos castigar como se fosse uma vara de marmelo e não uma vara de pescar.
Se vamos continuar com Andre Santos na lateral e com Márcio Araújo no meio, não há análise tática ou técnica a ser feita. Já fizemos todas as análises possíveis, aqui no Conversa e em todos os outros blogs rubronegros. 
Qualquer técnico medianamente inteligente abre 2 jogadores pelas pontas e explora o avanço e dos nossos laterais. Como o Santos vem sem titulares, provavelmente um monte de garotos, cheios de saúde, velocidade e vontade de mostrarem seu futebol se habilitarão para “fazer seu nome” em cima dos nossos semi-aposentados. Por mais otimista que eu seja, vai ser mais um jogo difícil. Como tem sido todos que fizemos nestas 6 rodadas de Brasileirão. A rigor, não consigo nem me lembrar dos últimos jogos em que nós dissemos que o time realmente jogou bem, com cada setor fazendo o seu feijão com arroz. Me lembro que no final do ano passado fizemos partidas memoráveis contra Cruzeiro, Botafogo e Atlético Paranaense. Essa é a minha lembrança de bons jogos deste time.

Assim como tenho outras boas lembranças de jogos contra o Santos, em especial em duas partidas. A última em julho de 2010, naquele 5 a 4 em que começamos perdendo de 3 a zero e viramos o jogo com o time inteiro se superando, grande atuação de Ronaldinho e um jogo que ficou conhecido como o melhor jogo do ano. A outra lembrança forte foi a da final de 1983, onde aos 40 segundos de partida fizemos um a zero, aos 39 Leandro ampliou e onde terminamos com um belo gol de Adílio para coroar o nosso então tricampeonato brasileiro, o segundo seguido (82/83). Pelo campeonato brasileiro, aquela partida foi a que recebeu o maior público até hoje , com 155.253 pagantes. Primeiro título de Carlos Alberto Torres como técnico, e praticamente a despedida de Zico, que já estava vendido para a Udinese, para tristeza do torcedor. A raça rubro-negra ficou patente no primeiro gol, pois Vítor lançou Julio Cesar (Barbosa) pela esquerda que fez um drible e passou para Baltazar, que chutou prensado. Júnior pegou o rebote, defesa de Marola, Zico estica a perna e faz o gol. E Zizo não estava 100%, estava jogando no sacrifício, pois tinha uma contusão muscular e entrou em campo mesmo assim. E o time estava sem Mozer, que se machucou no primeiro jogo da decisão, e Andrade e Lico vinham de cirurgia e não jogavam. Mas quem entrou, como Elder e Julio Cesar, honraram o Manto e o Mengão  foi campeão mais uma vez. Recordar é viver...

Para não parar destes dois jogos, lembro ainda que em 2009 o Flamengo não ganhava do Santos há 15 anos na Vila Belmiro e o Andrade tinha acabado de assumir. A vitória era considerada quase como impossível, na época. Pois foi naquela vitória que o Flamengo iniciou sua arrancada fulminante em direção ao nosso último título do Brasileiro. 
Ou seja, o futebol é o único esporte em que times sem favoritismo podem reverter as expectativas e alegrar e surpreender o seu torcedor. Pode ser até que alguém veja o Flamengo como favorito, em função dos desfalques do Peixe. O último jogo mostrou o que sempre dissemos aqui, que contra o Flamengo todos os times se superam e o jogo sempre é difícil. Se me lembro bem, as semifinais contra o time cabofriense foi a última “moleza” que pegamos.
Minha esperança é que o time se encontre e jogue um futebol suficiente para ganhar dos garotos do Santos, o time que melhor tem revelado talentos para o futebol mundial nos últimos 15 anos. Estaremos mais uma vez na torcida de que os exemplos do passado iluminem nossos jogadores e façam o nosso técnico ver de uma vez por todas os defeitos crônicos que se repetem a cada jogo, independente do técnico, pois todos insistem na mesma escalação e no mesmo tipo de jogo: laterais cansados, muitos volantes e pouca criação, e ligações diretas do goleiro para o ataque.

E antes que me esqueça: Contamos contigo, São Judas Tadeu!       Saudações RubroNegras!


quarta-feira, 21 de maio de 2014

Com futebol meia boca, até meio a zero serve


Me peguei com saudade do tempo em que nós pedíamos goleada contra os adversários. Pois bem, fiquei mais modesto perante este time e este futebolzinho que estamos jogando. Quero só os 3 pontos. Pode ser de 1 a zero, meio a zero, com gol contra, de qualquer jeito, mas precisamos de uma vitória. O adversário é o Bahia, o que quer dizer....nada.
Não quer dizer nada! O time do Bahia, segundo dizem, tem 9 desfalques para este jogo. Poderíamos até achar que por vir do futebol baiano, nosso técnico teria um conhecimento melhor sobre o time atual do Bahia. Mas pelo visto, assim como o conhecimento sobre o São Paulo em nada nos ajudou na última partida, não existem indicações de que Ney Franco tenha alguma informação “de cocheira” sobre o time soteropolitano.
Aliás, de “cocheira” pode até ser que tenha sim... Quando precisávamos nos defender bem, por enfrentar um time bem armado e com bons valores individuais, fomos para campo com 2 atacantes. Agora que o Bahia vem desfalcado e joga fora de casa, era de se esperar que pensássemos em atacar. Mas vamos com 3 volantes e um discurso de “primeiro defender e depois atacar”. Para mim isso é burrice. Filosofia “de cocheira” mesmo.
É claro que é cedo para julgar o trabalho do novo técnico, mas ao que tudo indica, não vamos mudar nada nesta sequencia de futebol ruim que estamos apresentando. A derrota para o São Paulo foi a única em que perdemos para um time realmente mais arrumado e com mais talentos que o nosso. Mas os jogos contra Goiás, Corinthians e FluminemB foram contra times que jogaram um futebol medíocre. Em alguns deles talvez até tenhamos merecido melhor sorte, já que igualamos o nível de perebice no segundo tempo. Contra o Palmeiras não conta. Conseguimos jogar com um time ainda pior que o nosso, mas que mesmo assim conseguiu fazer dois gols na nossa defesa... e levar quatro! Assim, não adianta trocar o técnico se ninguém olhar o jogo e ver que estamos entrando em campo com menos um ou dois a cada jogo.
Domingo, o Muricy, que não é bobo, fez o mais simples e óbvio no futebol. Escolheu como pontos fracos os nossos dois laterais, sabidamente jogadores que não conseguem se recompor rapidamente, e meteu dois jogadores hábeis e rápidos nas costas dos nossos laterais. Oswaldo em cima do Léo e Pato em cima do André Santos. Com o time tendo que reagir às seguidas bolas ganhas contra os laterais, o Ganso teve espaço para deitar e rolar, acabando por fazer dois gols e ainda perdendo um que pelo  menos teria a vantagem de provocar uma barração do Felipe.
Porque não podem existir jogadores insubstituíveis! O Felipe vem mal, coloca o Paulo Victor, ou o Cesar e faz o Felipe treinar mais, até superar essa fase maldita. O André Santos faz cara de cansado (muito cansado) com 15 minutos de jogo. Só nós que vemos isso ? O Léo Moura não vai à linha de fundo desde 1800. Pega a bola, engana que vai para a ponta, corta para o meio e devolve para um zagueiro ou manda a bola no fogo para alguém mais no meio ainda... O Márcio Araújo não jogaria no meu time de pelada, imagine no time titular do Flamengo. Virou um novo Renato Abreu ? Ele salvou um gol no último jogo, mas isso é o suficiente para justificar a sua presença em campo? Se é para manter os dois laterais velhos de guerra em campo, que pelo menos se prepare um esquema de jogo em que eles sejam verdadeiramente Alas, e não tenham tanta preocupações defensivas. Coloca três zagueiros e pelo menos um xerife na frente da zaga, ou dois volantes que se revezem para cobrir o avanço dos alas.
Por fim, não existe time de sucesso que jogue “descalço”, ou seja sem meias. Everton e Paulinho são jogadores razoáveis e dão uma boa mobilidade ao time. Mas não são armadores! Nas últimas partidas o que vemos é o Alecsandro saindo da área para “armar” o jogo, o Paulinho frequentando o meio campo e o Everton correndo de um lado para o outro, sem ninguém para uma troca de passes e penetração.
Já disse aqui que nosso time não é o 16º pior do campeonato. Ainda não entrei no desespero de achar que vamos brigar para nos livrar do rebaixamento. Mas é preciso coragem, tanto na forma de armar o time como na decisão de barrar os medalhões que não vão bem. Essas declarações de apoio ao modo de jogar de “time pequeno” evidenciam a mesma filosofia que combatíamos no Jayme, um cara que tinha muito mais simpatia da torcida do que o rei do pão de queijo tem hoje. Não posso acreditar que mudamos de técnico, passamos a vergonha de ter deixado o antigo técnico saber de sua demissão pela imprensa para continuar com a mesma filosofia de jogo que nos levou a pedir a saída do Jayme. Em todos os jogos em que o Flamengo foi bem marcado nos demos mal. Pagar 400 pilas para um técnico pressupõe que ele pelo menos sabe armar o time que tem, aproveitando as características dos seus jogadores, e armando o time de acordo com o seu adversário.
Confesso que está meio chato de escrever e comentar sobre o Flamengo tendo que meter o pau em todas as oportunidades. Não se trata de cornetar o técnico ou os jogadores. Vou aplaudir se o meio a zero vier, principalmente pelos 3 pontos, mas não esqueçam que este time é o Flamengo, a maior torcida do mundo, capaz de vitórias inesquecíveis e com uma história de glórias e títulos capar de encher seus torcedores de orgulho. Não apequenem o nosso time.

Rumo a vitória e  Saudações RubroNegras!

sábado, 17 de maio de 2014

Do Caos ao Mar de Tranquilidade


Amigos do Conversa Flamenga, parece que se passou uma eternidade entre o último post e este. A imprensa repercutiu a semana inteira o fato, lamentável sem dúvida, do Jayme ter ficado sabendo de sua demissão por um vazamento e não no cara a cara com seu chefe. Pouco ou nada se escreveu sobre o time do Flamengo, seus “reforços” e como pretende jogar. Esperei até o último momento para subir esta coluna, na esperança que pudesse falar de futebol e não de imprensa ou de fofocas. Pois bem. Vamos declarar encerrado o capítulo Jayme. Que fique registrado o nosso agradecimento pelos títulos, o reconhecimento pelo rubronegrismo a toda a prova, e vamos em frente.

O fato é que eu acredito que a maioria da torcida do Flamengo queria mesmo a saída do técnico anterior. O time, mesmo considerando os desfalques, não vinha jogando nada e parecia piorar o entrosamento, a disposição tática e se apresentava sempre como um time covarde, que se retrancava e esperava o time adversário dentro do seu próprio campo. Isto NÃO é Flamengo! A torcida perdoa uma derrota como a da primeira partida contra o Leon, onde mesmo inferiorizados em campo lutamos até o fim. Mas não perdoa um time que faz um campeonato carioca sobrando na tabela e nas duas partidas finais entra em campo nitidamente para conseguir um empate. Que só veio com a ajuda da cegueira do juiz e do seu auxiliar, talvez cegos por alguma providencia divina que entendeu que seria muita injustiça o fraquíssimo time da cruz de malta sair vencedor do certame. O Jayme perdeu o seu lugar quando o time perdeu a cara de Flamengo. Não dava mesmo para esperar as cinco partidas que faltam para “as férias da Copa” com o time beirando a zona de rebaixamento e cada vez pior em campo.

Aí vem o Ney Franco. Não consegui encontrar um único rubronegro que tivesse idealizado esse nome como substituto. Eu mesmo confesso que queria uma “técnico tampão”, como o Renight, por exemplo, até que a Copa acabasse e o Sampaoli pudesse ser contratado. Mas o Sampaoli andou dando declarações de que ficaria na seleção do Chile mesmo depois da Copa e até onde eu sei, os Blues não fizeram nenhum contato com ele. O fato é que não haviam muitas boas opções no mercado. Dos desempregados, Luxemburgo era o nome mais famoso, mesmo tendo deixado de ser técnico para ser “general manager”, que é um cargo que ele mesmo criou para cuidar de todos os assuntos do futebol de um clube, em detrimento do que se espera de um técnico, que é treinar o time. Ainda bem que não veio e acredito que nem tenha sido cogitado. O próprio Renato Gaúcho, que eu sugeri como “interino” não costuma apresentar resultados de longo prazo. É mais malandro, pode dar certo por um tempo, mas acaba desandando. Um nome de peso, e que pelo que ouvi (infelizmente), era o sonho de consumo da diretoria, seria o de Tite. Quem acompanhou o futebol do time corintiano nos últimos anos, sabe a quantidade de empates por zero a zero e de vitórias magras por 1 a zero. Não se iludam com a conquista invicta da Libertadores e do Campeonato Mundial Interclubes. O futebol era horroroso e a torcida sofreu muito, antes e depois destas conquistas. Um time treinado pelo Tite, a menos que conte com onze craques em campo, jamais terá a “cara de Flamengo”. Portanto, a meu ver, a troca podia ter sido pior se viesse mais um gaúcho para o comando técnico. Tiramos um campeão carioca e da Copa do Brasil e colocamos outro com os mesmos títulos pelo Flamengo.
Vamos torcer para que o Ney tenha realmente aprendido com o tempo e com seus fracassos, e que sua nova passagem seja digna e leve o Flamengo às posições de cima da tabela deste campeonato. Não dá para se entusiasmar, mas talvez a sua passagem pelas seleções de base e seu trabalho no São Paulo possa nos beneficiar de alguma forma, principalmente neste momento em que buscamos encontrar alguma tranquilidade para repensar o elenco e a forma de jogar. Se o período de descanso for bem aproveitado, podemos terminar o ano beliscando uma vaga na Libertadores 2015, retomando o caminho que deixamos escapar pifiamente este ano.

Quanto ao time que vai em campo contra a bambizada, se eu sei interpretar bem o sentimento da torcida, esperava-se a barração de Andre Santos e Márcio Araújo, e não a do Cáceres. Para jogar contra times grandes, que contam com estrelas como Pato e Ganso, eu entraria com uma dupla de volantes forte, como Amaral e Cáceres. Abrir mão do Mugni, a meu ver, é renunciar aos lampejos de criatividade que com certeza farão falta em um time sempre bem armado como os times do Muricy. Mas, pelo menos, temos a novidade de juntar Hernane e Alecsandro no ataque. Pode dar certo, desde que a bola chegue neles, que vai ser a função do Luiz Antonio, Everton e Paulinho. Vejo, no entanto, um time com pouco poder de marcação, contra um time que aparentemente tem valores melhores, ou em melhor forma técnica que o nosso.

Mas como ser Flamengo é para os fortes, vamos para cima deles, para recuperamos a esperança, a alegria de ver o time entrar em campo, e a posição na tabela que o Flamengo precisa para honrar suas tradições. A aparente inferioridade não nos assusta. Que o Ney Franco continue priorizando o treino ao “rachão” e que os jogadores “fechem” com o novo treinador, e suem em campo para que não choremos fora dele.

Vamos lá Mengão! É hora de navegar para o Mar de Tranquilidade!

Saudações RubroNegras!