sábado, 28 de fevereiro de 2015

IDADE MARAVILHOSA

Amigos rubronegros, finalmente teremos o primeiro clássico carioca do ano, já que o jogo contra o Vasco em Manaus foi apenas uma tentativa (frustrada) deles conquistarem mais um Vice. E o jogo já tem até provocação, com o atacante alvinegro desafiando o Cirino, e o técnico do Botafogo dizendo que o futebol anda “chato” (nesse ponto ele tem razão) e que o Botafogo conquistou “o título de ser o único a treinar no Maracanã”... É, ele disse isso! Primeiro o presidente viceíno diz que “ganhar do Flamengo é um título” e agora o ex-treinador da Jamaica mostra que não perdeu o hábito adquirido em sua experiência no exterior. Tá doidão, Renê?
O que vale mesmo é que na segunda espero ter bons motivos para gozar os amigos botafoguenses, mais conhecidos como a “turma do chororô”.  Tenho uma convicção de que jogar contra os antigos times grandes do Rio é mais fácil do que contra os novos pequenos. Impossível o time com alguma torcida ficar 90 minutos se defendendo. No que abrir para atacar, nossos jogadores, muito rápidos, chegam no gol. Mas para isso tem que ter armação de jogadas. O campo é o Maracanã e não o curto gramado de Bento Freitas, onde cometemos a heresia de jogar a maior parte do jogo sem meias. A bola precisa chegar aos atacantes. Ou, em outras palavras: “BOTA MEIAS, LUXA!”.
Meu time ideal não foge muito das escalações que vejo desenhadas na mídia social, mas já que o Jonas entrou em uma parada duríssima e não amarelou, eu daria continuidade ao Sarará, que parece ter o poder de marcação do Cáceres sem a mesma fúria faltosa que o paraguaio vem apresentando este ano. Meu time seria, portanto, Paulo Victor, Leo Moura, Samir, Wallace e Pará. Jonas, Canteiros e Artur Maia. Everton (ou Nixon, caso o Everton não possa jogar), Cirino e Eduardo da Silva (Alecsandro no segundo tempo). Mas nossos amigos conversantes não tem a mesma opinião. Vejam os times sugeridos.
O Juberto não abre mão do Luiz Antonio na lateral. O que eu pensava ser meio maluquice de quem sempre escala time muito ofensivos, até que foi bem quando foi escalado. Olhem o que ele diz: “-Amigos, nunca escondi que gosto de definir dentro do grupo os onze melhores e com sintonia pra disputar as competições. A partir dai, realmente faz-se necessário criar a dinâmica para as mudanças, pois existem contusões, queda no futebol do atleta, jogadores da reserva que crescem e merecem as oportunidades. Diante disso, o meu time pra jogar e ganhar fazendo cachorro quente é: PV, LA, Wallace, Samir e Thallison. Canteros, Cáceres, Everton e Arthur. Edu e Cirino!” Não deixa de ser um time interessante e como sempre, bem ofensivo. 
Já o Sérgio Accioly diz que "Meu time ideal HOJE seria PV, Pará, Wallace, Samir e Pico. Canteiros, Cáceres, Everton e Arthur. Alecsandro e Cirino. Explico o Alecsandro: entrando por ser um centroavente de origem e acho que o time carece de um jogador que jogue enfiado na área. Que adiante ter 2 jogadores velozes nas pontas se não tem quem conclua na área? Penso que é dispensável dizer que Cirino se revesaria de lado pelas pontas com Everton. Experiências PONTUAIS, não 4 ou 5 de uma vez, poderiam ser feitas com Pico/ Thallyson, Cáceres/ Jonas, Alecsandro/ Eduardo Silva, Pará/ LA (período final) e Everton/ Gabriel ou Nixon, em substituição, bem dito..
Quem também mandou uma sugestão de escalação foi o Rodrigo Ribeiro, que disse o seguinte: “-Minha escalação do time do Flamengo é exatamente a usada no início do trabalho, antes do Luxemburgo resolver começar a inventar.  Paulo Victor; Pará, Wallace, Samir, Anderson Pico (se não puder jogar, Thalison); Canteros, Márcio Araújo, Arthur Maia; Everton, Marcelo Cirino, Nixon”. Para justificar essa opinião, o nosso Cometa escreveu um comentário daqueles que valem por uma coluna, e que reproduzo boa parte abaixo, para alimentar nossas discussões. Com a palavra, o Rodrigo:
“O Flamengo iniciou a pré-temporada com um time surpreendente. Três jogadores de velocidade e mais um meia clássico. Futebol moderno e envolvente. Disputou aquele torneio do início do ano assim, e o venceu. Continuou a pré-temporada, e entrou no campeonato carioca com essa formação da qual utilizou na pré-temporada inteira.Teve dificuldades no primeiro jogo, mas depois deslanchou, fez boas apresentações sem correr riscos. Luxemburgo mudou Marcelo Cirino de posição, quase estuprando o modo do jogador de jogar. Sem querer, descobriu um jogador que poderia fazer a função de meia clássico, camisa 10, que todo mundo sempre reivindica, e que apareceu quase de graça pro Flamengo - o Arthur Maia. 
De repente, por conta do "portentoso" Brasil de Pelotas (que se alguém tivesse tido o cuidado de estudar veria que não faz frente ao Bonsucesso ou ao Resende), Luxemburgo resolve testar um time mais cascudo (seja lá o que signifique essa porr***) diante do Madureira. Sai o meia Arthur Maia, entra Cáceres, lento e faltoso demais esse ano, volta Márcio Araújo para errar tudo na ponta direita... Resultado: arrancamos um empate quando o profexor resolveu, já no final do jogo e por força do desespero, render-se ao esquema anterior que vinha dando certo.
Eis que contra o Brasil de Pelotas, o grau de genialidade do profexor aflora ainda mais. Não só o time rápido e de qualidade treinado no início do ano foi descartado, como foi enterrado com as entradas do Eduardo do Silva e do Alecsandro. Então, no momento em que o Arthur Maia, um raro achado, vinha em plena ascendente, o profexor o barra em prol, de novo, de um "time mais cascudo"; no momento em que Marcelo Cirino se adaptava à nova posição, repentinamente volta à posição de origem.
Mas meu QUESTIONAMENTO transcende à questionamentos táticos ou de escalação. Cada treinador pode fazer a cagada que lhe aprouver melhor, e os nossos são competentes demais nesse quesito. Meu QUESTIONAMENTO é que, se diante do Brasil de Pelotas, que seria, na minha concepção, rebaixado até na série B do Carioca, o esquema que o Luxemburgo treinou durante toda a pré-temporada não serve (e parece, nem diante do Botafogo), então não vai ser usado, via de lógica, no Campeonato Brasileiro, cujos times são obviamente muito mais fortes.
Então, tudo o que treinamos na pré-temporada vai pro lixo? Gastamos semanas treinando um time seguro, talentoso, rápido, que diante do primeiro adversário SUPOSTAMENTE mais duro, não serve? A pré-temporada então foi pra treinarmos o time pra jogar contra os times mais fracos do campeonato carioca? Pro Brasileiro e Copa do Brasil a gente pega o esquema do ano passado e vai enfiando os reforços no meio da competição e treinando assim?”
Pode-se concordar ou não, mas a questão é boa. Sempre disse que o Carioca é treino, mas essas mexidas abalaram minha convicção de que estávamos em busca de um futebol moderno e com menos volantes de marcação. Mas o fato é que o time ainda não perdeu esse ano, e os resultados ainda nos favorecem. Talvez adaptar o time a cada jogo não seja má ideia, e apesar do que o Rodrigo acha em relação ao Brasil, o jogo foi duro e difícil de ser vencido. Não tenho certeza de que um time mais leve teria suportado o ritmo que o Brasil imprimiu no início do jogo. Mas imagino que contra o Botafogo teremos uma amostra mais clara do que podemos esperar quando jogarmos contra times teoricamente mais fortes. O goleiro do Bota disse que jogar contra o Flamengo “é sempre gostoso”. Espero que ele saia ardido de tanta gostosura depois do jogo...
Um último ponto. Recebi pela internet uma simpática brincadeira sobre o que os paulistas gostam de fazer no Rio. No meio tinha essa foto maravilhosa, atribuída a André Joaquim,  a quem dou o devido crédito pela ilustração, tomando apenas o cuidado de fincar a bandeira rubronegra onde penso que fica o campo da Gávea, já que não consigo imaginar o Rio sem o Flamengo. A foto, belíssima, é uma forma de homenagear esta cidade maravilhosa, sempre de braços abertos a todas as raças e credos, a todos os estrangeiros e migrantes, que nesse domingo completa 450 anos. Nem os piores administradores conseguirão tirar do Rio de Janeiro esse caráter universal e acolhedor, e essa beleza sem par. Parabéns a todos os cariocas, tanto os da gema como os que adotaram a cidade, alguns até sem nunca a terem visitado.

E vamos pra cima deles, Mengão! 


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Invasão Xavante

Amigos rubronegros, a Copa do Brasil traz a oportunidade de conhecermos clubes dos quais nada ou pouco ouvimos falar, embora regionalmente possam ser importantes e possuírem uma longa história. No caso do centenário Brasil de Pelotas, por exemplo, ficamos sabendo que eles se intitulam “Xavantes”, e quebrei um pouco a cabeça para imaginar como é que isso foi acontecer, já que os Xavantes nunca estiveram no Rio Grande do Sul, ocupando a região hoje chamada de Mato Grosso. Pois vou contar para vocês a história. O clássico de Pelotas é o  “BRA-PEL”, quando jogam o time do Pelotas e o Brasil. Em 1946, um Bra-Pel estava sendo disputado quando um jogador do Brasil foi expulso e o Brasil, que estava perdendo de 3 a 1, ameaçou tirar o time de campo depois da expulsão de um jogador do seu time, no que foi dissuadido pela “turma do deixa disso”, e pela torcida apaixonada que não arredava pé do estádio. O jogo seguiu e o Brasil, mesmo inferiorizado, virou o jogo e ganhou de 5 a 3. Ao fim do jogo, a torcida invadiu o campo para comemorar, e os jornais do dia seguinte chamaram a manifestação de “Invasão Xavante”, referindo-se ao filme que estava em cartaz no cinema da cidade na época. Longe de se incomodarem, os torcedores do Brasil adotaram o termo, e dizem até que em Pelotas, de cada dez pessoas, oito são “xavantes”. Eu já tinha ouvido falar de outro perfil sócio demográfico de Pelotas, mas isso não vem ao caso agora...
Quanto às cores, alguns dizem que o rubronegro foi adotado de uma agremiação carnavalesca da época, Os Diamantinos, enquanto os mais poéticos insistem que Pelotas é a cidade mais negra do Rio Grande, e que as cores são “o sangue e a raça” da sua paixão. Seja qual for a verdade,  essa semelhança rubronegra deve ser a única coisa simpática que vamos ter pela frente. Esse mesmo Brasil de Pelotas nos venceu no Brasileirão de 1985 por 2 a zero (em Pelotas) em um time que tinha Zico, Adilio, Leandro, Mozer... Para completar, o time vem bem no Gauchão 2015, campeonato aliás do qual ele é o primeiro campeão (1919 - até hoje o seu único título significativo), e já faturou o Grêmio dentro da Arena deles. Dizem até que a paixão xavantina não é superada nem pelo amor das torcidas Gre-Nal... Enfim, a parada vai ser dura, o ambiente vai ser hostil e para ganhar lá vamos ter que  “suar um quilo certo”.
Umas das características que mais falam bem deste time gaúcho é a marcação. E o fato é que o Flamengo não vem se saindo bem contra times que marcam em cima. Foi assim contra o Resende, contra o Madureira e arrisco dizer, vai ser outra pedreira contra o Gremio Esportivo Brasil. Eu tenho uma tese simples, e gostaria de coloca-la em discussão. Na minha época de pelada de praia, sempre tinha um “fominha” no time, o cara que queria resolver tudo sozinho e não importava se tinha um companheiro mais bem colocado, o negócio dele ela driblar, driblar e se possível fazer o gol. Como os placares das nossas partidas na praia eram sempre elásticos (11 a 8, 9 a 7...) para alguns o importante nem era o gol, a curtição era o drible, a jogada de efeito. Cresci achando que craque era isso, o cara que acabava com o jogo sozinho. Com o tempo fui percebendo as virtudes do futebol solidário e de certa forma o jogador individualista foi sendo preterido em função do atleta que jogava para o time, mesmo que fosse um futebolista medíocre. Hoje o que vemos é uma ausência dos dribladores, com pouquíssimos exemplares do tipo Uri Geller e Garrincha. Podem reparar, a bola vai de pé em pé, quando muito um passe mais vertical ou um lançamento  mais preciso, até que o gol finalmente sai. Tudo bem, eu ainda aprovo o futebol coletivo, as jogadas ensaiadas, a boa cobrança de bolas paradas e os bons “marcadores”, figura essencial em qualquer time de sucesso. Mas é preciso ter também bons dribladores em um time! Contra o Madureira, reparei que o Flamengo não tentava o drible nunca! A exceção do Cirino, que parte para cima, quase nenhuma tentativa de ataque do time era na base do drible. Talvez por isso eu tenha simpatizado com o Thallysson, quando depois do jogo percebi que muitos diziam que ele tinha jogado mal. Mas em duas ou três vezes ele tentou o drible (e conseguiu). Vai daí a minha simpatia. A tese é essa: Em jogo de marcação cerrada, onde para cada jogador temos sempre um marcando, e  as vezes dois ou três, a única saída para o jogador conseguir espaço é se livrando do adversário! Sem contar que a torcida gosta mesmo é dessas jogadas que deixam o jogador do outro time igual a cachorro que caiu do caminhão de mudança, procurando o rumo. Me lembro dos bons momentos do Paulinho em 2013, do Everton em 2014 e das tentativas do Maia neste começo de ano. Se jogarmos o feijão com arroz neste jogo, ainda mais com três volantes, arrisca complicarmos um jogo que em tese não deveria ser tão difícil assim. Pelo menos temos demonstrado um bom preparo físico, e essa oportunidade que o Luxa teve de revezar jogadores deve ter servido para entrar com o time na ponta dos cascos nesta estreia.
Nem precisamos dizer, mas vale ressaltar. De novo temos o jogo mais importante do ano até agora. Uma vitória simples, que seja de um a zero, já será uma grande vitória. Vou ficar torcendo para tenhamos mais dribles e que o jogo seja com cara de Flamengo. Partindo para cima sem descuidar da marcação, mas buscando o gol o tempo todo, mesmo se fizermos o primeiro!

Para cima deles, Mengão! E Saudações RubroNegras!

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Carnaval em Madureira


Amigos rubronegros “conversantes” e “espiantes”, dizem que em 1924, a artista Tarsila do Amaral, que morava em Paris, veio ao Rio de Janeiro passar o carnaval, e teria deixado a obra que reproduzo na ilustração acima como lembrança desta viagem. Não é certo que ela tenha realmente ido a Madureira, mas a tela parecia adivinhar que o simpático bairro seria de fato o berço de grandes escolas de samba e de tantos sambistas que eternizaram o nome do bairro na cultura popular carioca e brasileira. Alguém interpretou depois que a Torre Eiffel colocada no meio da colorida Madureira era na verdade a própria Tarsila, estranha e perdida entre seus compatriotas brasileiros.
Pois o que não queremos neste domingo é justamente um “estranhamento” do time rubronegro frente ao Madureira.  O tricolor do subúrbio tem 10 pontos, com 3 vitórias e um empate em cinco jogos, a apenas 3 pontos do Flamengo. Desempenho bem melhor, por exemplo, do que o Resende, que tantas dificuldades nos criou com sua marcação eficiente. E os recentes tropeços de Flu e Vasco diante do Volta Redonda e do fraquíssimo Barra Mansa parecem nos ensinar a lição de que time grande tem que entrar contra time pequeno jogando como time grande. Estabelecer o domínio territorial, cortar qualquer tentativa de reação e transformar a supremacia em gols. Não espero nada menos que 3 gols de diferença para este jogo, que a rigor é um treino de Luxa, digo, de luxo, para a importante partida que teremos na quarta feira que vem contra o Brasil de Pelotas. Que, diga-se de passagem, vem bem no Campeonato Gaúcho, dividindo a liderança do campeonato com onze pontos em 6 jogos, dos quais três foram vitórias, uma delas contra o Grêmio decadente do Felipão.
O fato é que a nossa defesa não foi testada de fato nesse Carioca, e nossos três gols sofridos foram mais fruto do azar e da sorte do que de falhas dos nossos defensores ou mérito dos atacantes adversários. E justamente neste treino de domingo vamos ter mudança na zaga, resultado do terceiro cartão amarelo de Wallace. Acredito que deve entrar o Bressan, o que teria a vantagem de poder observa-lo melhor, já que suas participações no time até agora foram insuficientes para avaliar a contratação do zagueiro. Nas laterais, com a ausência do Pico, devem permanecer Pará e o técnico tem as opções de Thallyson na esquerda ou a ida do Pará para o outro lado e a volta de Leo Se Despedindo Moura na direita. Pessoalmente prefiro que o negócio com o time americano se confirme e o velho capitão faça apenas o seu último jogo contra o Botafogo no primeiro dia de março. O jogo de volta contra o Brasil de Pelotas só acontecerá mesmo em 18 de março, quando o passaporte do moicano já estiver carimbado, ou seja, precisamos treinar as opções que temos para continuar o ano. Aliás, nessa crise de laterais (dizem que o Thallysson não é um lateral de ofício) vale sugerir a subida do Jorge, de apenas 19 anos, mas que vem fazendo um bom trabalho nos juniores, incluindo o feito de fazer três gols contra o Boavista na vitória de NOVE a zero imposta pelo Menguinho no último jogo do carioquinha juvenil. O Jorge já tinha chamado a atenção mesmo antes da última Taça SP de Futebol Junior e na minha opinião é o jogador mais “pronto” do atual time de juniores do Flamengo. Sei que alguns amigos apostam em Douglas Baggio e no Jajá, mas eu acredito que o melhor que o Flamengo vai conseguir com estes dois jogadores vai ser um bom dinheiro. Já o Jorge pode mesmo vir a ser titular do Flamengo: Conhece os fundamentos, joga sério e não parece que vá se deslumbrar facilmente com a subida para o grupo profissional.
Muito se tem discutido nas redes sociais sobre o futuro do Cáceres, nosso volante xerifão, que a bem da verdade, estava acabando o jogo bem cansado nos primeiro jogos. Já li que ele está sendo injustiçado, já li que o tal Jonas vai barrar ele de vez... O fato é que tem jogado na posição o Márcio Araújo e “acho que entendo” o que o Luxa quis fazer, que é melhorar a fluidez do passe contra times em que a defesa precise menos de proteção, como tem sido nestes jogos do Estadual. Contra equipes mais fortes, com certeza vamos precisar alguém com o estilo mais marcador que o Cáceres imprime ao time. Seria uma boa oportunidade para ver o Jonas em campo. Quem sabe não descobrimos nele um jogador que além de marcar saiba sair jogando ?
No ataque, estamos descobrindo que o que o Luxa quer do Cirino não é ele de centroavante, fixo entre os zagueiros. O que ele tem sido é uma espécie de “atacante livre”, continuando a usar as pontas quando o espaço se abre, mas também se aventurando pelo meio. Tem dado certo, e se não fosse  o edema na coxa do Alecsandro, teríamos mais testes de mudança na maneira de jogar, o que acontece quando ele entra. O fato é que este é um time com pelo mesmo três atacantes e isso deve ser louvado no meio da mediocridade que assola o futebol brasileiro nos últimos anos. Vamos torcer para que o esquema do Luxa dê certo e seja uma inovação vitoriosa, para obter resultados não só no carioca como na Copa do Brasil e no Brasileirão. Se o Nixon estiver bem, acho que entraremos com ele, Cirino e Everton. Com direito a entrada de Duda (ainda 45) e Gabriel durante o jogo. Quanto ao Artur Maia, acredito que a despeito da sua última atuação, que não foi boa, deve continuar no time. Cabe a ele aprender a cada jogo e ter uma atuação de gala que convença seus críticos. Com apenas 22 anos e uma técnica indiscutível, ele pode nos dar muitas alegrias ainda. Pelo menos eu acredito nisso...

E vamos pro jogo, sem menosprezar o Madureira, mas já pensando no primeiro grande passo para a Libertadores 2016! É Carnaval em Madureira!

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Atacando em bloco, mesmo depois do Carnaval

Amigos rubronegros, passada a ressaca do Carnaval, vamos a campo de novo para consolidar este time que tem tudo para nos dar grandes alegrias este ano. O assunto das contratações já passou e ao que tudo indica só teremos novidades no final desse Carioca. O assunto dos ingressos continua rendendo, mas os números de arrecadação, mesmo com a tentativa de maquiagem feita pela FERJ, já deu razão aos dirigentes do Flamengo e provou a má administração da Federação, a única que realmente sai no lucro com a extorsiva taxa cobrada e o péssimo exemplo dado com as imagens tristes de um Maracanã vazio. Melhor nem falar nisso aqui, pois o que sobra para debater é mesmo a escalação do time e o trabalho do Luxa a frente deste elenco, que não é o melhor do Brasil mas vem sendo preparado e treinando para nos dar as opções que precisamos para todas as competições que vamos disputar esse ano.

Cabe aqui apenas lamentar a contusão do nosso lateral esquerdo. Pelas suas participações nos jogos anteriores, quase sempre sendo o jogador com mais tempo de bola nos pés (apesar de não ser um “prendedor de bola”), Pico já era titular absoluto na opinião da maioria da torcida. E isso antes de perder os 2 kgs que o Luxa ainda exigia. Uma pena mesmo, vamos torcer para que a sua recuperação seja tão boa como parece ter sido a operação, já que ele já se reapresentou e fará um trabalho especial até poder retornar ao time. Com sua ausência, abre-se a disputa pela posição da lateral e isso pode até mexer com a outra lateral. Com Léo Moura recuperado, podemos ter Pará na lateral esquerda e Léo na direita, poderemos ter o Thalysson escalado na esquerda e a manutenção do Pará, ou a volta do Léo, ou ainda termos a opção mais remota de ter Pará na esquerda e Luiz Antonio na direita. Talvez tudo se resuma ao aproveitamento ou não do Thallysson, que depois de alguns treinos com direito a gol e assistências, pelo que dizem não manteve o padrão e sua deficiência na marcação parece ter pesado contra ele. Minha impressão pessoal é que o Pará é o único garantido na lateral. Se o Thallysson jogar o Luxa deve manter o Pará na direita e se não entrar com um lateral esquerdo de ofício o Pará permanece como titular, talvez com a entrada de Leo Moura durante o jogo.

No meio campo, se o andamento do jogo permitir, talvez tenhamos a estreia do jovem Jonas, que dizem ter futebol para barrar tanto o Araújo como o Cáceres. Pessoalmente eu até prefiro o Cáceres ao Marcio Araújo, mas acredito que o Luxa está apenas dando mais fluidez a este time, que está jogando contra times teoricamente mais fracos, e que não precisam de um volante tão marcador. Tenho certeza de que na hora do “aperto”, jogando contra times mais fortes, teremos o Cara de Cavalo de volta. E o Cáceres já jogou tanto nessa posição, com um time muito parecido com este, que acredito que não teremos que readapta-lo à posição. Andei lendo em outros espaços rubronegros algumas críticas ao Canteros, mas confesso que simplesmente não entendi. Para mim é titular indiscutível e um privilégio ter um jogador como ele jogando como volante, e abrindo vaga para um meia ainda mais criativo e habilidoso. Chega de jogar com três volantes “raçudos”! Aliás, essa também é a razão para minha defesa da insistência com Artur Maia. Sei que a opinião ainda não é unânime, mas acredito muito no potencial desse alagoano de 22 anos. Ele ainda não sabe a posição de todos em campo, de vez em quando erra passes e propicia um contrataque adversário. Mas só o chapéu e o drible  da vaca no último jogo (sem contar os dois escanteios de “rosca”) já o credencia a estar no time para nos dar não só a alegria da vitória mas também a felicidade de ver uma jogada brilhante. Pelo menos na minha opinião, Flamengo é isso. Tem que jogar contra os pequenos como time grande mesmo, buscar a goleada e as jogadas de efeito. Não acredito que este time venha a jogar de sapato alto por conta deste tipo de jogada, basta o Luxa treinar os jogadores para fazer isso sempre quando é necessário, na direção do gol e não por mera exibição.
Já no ataque, temos o típico “problema bom”, com várias alternativas deixando o técnico com dificuldade de escalar a melhor formação. Como escrever a coluna nos dá o direito de dar “o primeiro pitaco”, eu entraria com Everton, Nixon e Cirino. Fica sempre a opção de deslocar o Cirino para a ponta e entrar com o Alecsandro, ou o Eduardo, ou o Gabriel e logo, logo, o Paulinho. Pelo que li o Nixon ainda sente uma contusão e sua saída do time, além de propiciar ao Gabriel ganhar ritmo, também tem esta função de recuperar o jogador. Acredito que o Gabriel, neste próximo jogo, deve ser escalado como titular. 

Como escrevo ainda na terça feira, pode ser que o time mude, mas acredito que o Flamengo entrará em campo com Paulo Victor, Leo Moura, Wallace, Samir e Pará, Marcio Araujo, Canteros e Artur Maia, Gabriel, Cirino e Everton.

Espero um time jogando pra frente, um bom futebol e as observações finais para o principal compromisso deste início de ano. Dia 25, ou seja, daqui a uma semana, teremos o confronto contra o Brasil de Pelotas, nossa primeira partida na caminhada mais curta em direção à Libertadores 2016.


Pra cima deles, Mengão! E Saudações RubroNegras!