sábado, 28 de fevereiro de 2015

IDADE MARAVILHOSA

Amigos rubronegros, finalmente teremos o primeiro clássico carioca do ano, já que o jogo contra o Vasco em Manaus foi apenas uma tentativa (frustrada) deles conquistarem mais um Vice. E o jogo já tem até provocação, com o atacante alvinegro desafiando o Cirino, e o técnico do Botafogo dizendo que o futebol anda “chato” (nesse ponto ele tem razão) e que o Botafogo conquistou “o título de ser o único a treinar no Maracanã”... É, ele disse isso! Primeiro o presidente viceíno diz que “ganhar do Flamengo é um título” e agora o ex-treinador da Jamaica mostra que não perdeu o hábito adquirido em sua experiência no exterior. Tá doidão, Renê?
O que vale mesmo é que na segunda espero ter bons motivos para gozar os amigos botafoguenses, mais conhecidos como a “turma do chororô”.  Tenho uma convicção de que jogar contra os antigos times grandes do Rio é mais fácil do que contra os novos pequenos. Impossível o time com alguma torcida ficar 90 minutos se defendendo. No que abrir para atacar, nossos jogadores, muito rápidos, chegam no gol. Mas para isso tem que ter armação de jogadas. O campo é o Maracanã e não o curto gramado de Bento Freitas, onde cometemos a heresia de jogar a maior parte do jogo sem meias. A bola precisa chegar aos atacantes. Ou, em outras palavras: “BOTA MEIAS, LUXA!”.
Meu time ideal não foge muito das escalações que vejo desenhadas na mídia social, mas já que o Jonas entrou em uma parada duríssima e não amarelou, eu daria continuidade ao Sarará, que parece ter o poder de marcação do Cáceres sem a mesma fúria faltosa que o paraguaio vem apresentando este ano. Meu time seria, portanto, Paulo Victor, Leo Moura, Samir, Wallace e Pará. Jonas, Canteiros e Artur Maia. Everton (ou Nixon, caso o Everton não possa jogar), Cirino e Eduardo da Silva (Alecsandro no segundo tempo). Mas nossos amigos conversantes não tem a mesma opinião. Vejam os times sugeridos.
O Juberto não abre mão do Luiz Antonio na lateral. O que eu pensava ser meio maluquice de quem sempre escala time muito ofensivos, até que foi bem quando foi escalado. Olhem o que ele diz: “-Amigos, nunca escondi que gosto de definir dentro do grupo os onze melhores e com sintonia pra disputar as competições. A partir dai, realmente faz-se necessário criar a dinâmica para as mudanças, pois existem contusões, queda no futebol do atleta, jogadores da reserva que crescem e merecem as oportunidades. Diante disso, o meu time pra jogar e ganhar fazendo cachorro quente é: PV, LA, Wallace, Samir e Thallison. Canteros, Cáceres, Everton e Arthur. Edu e Cirino!” Não deixa de ser um time interessante e como sempre, bem ofensivo. 
Já o Sérgio Accioly diz que "Meu time ideal HOJE seria PV, Pará, Wallace, Samir e Pico. Canteiros, Cáceres, Everton e Arthur. Alecsandro e Cirino. Explico o Alecsandro: entrando por ser um centroavente de origem e acho que o time carece de um jogador que jogue enfiado na área. Que adiante ter 2 jogadores velozes nas pontas se não tem quem conclua na área? Penso que é dispensável dizer que Cirino se revesaria de lado pelas pontas com Everton. Experiências PONTUAIS, não 4 ou 5 de uma vez, poderiam ser feitas com Pico/ Thallyson, Cáceres/ Jonas, Alecsandro/ Eduardo Silva, Pará/ LA (período final) e Everton/ Gabriel ou Nixon, em substituição, bem dito..
Quem também mandou uma sugestão de escalação foi o Rodrigo Ribeiro, que disse o seguinte: “-Minha escalação do time do Flamengo é exatamente a usada no início do trabalho, antes do Luxemburgo resolver começar a inventar.  Paulo Victor; Pará, Wallace, Samir, Anderson Pico (se não puder jogar, Thalison); Canteros, Márcio Araújo, Arthur Maia; Everton, Marcelo Cirino, Nixon”. Para justificar essa opinião, o nosso Cometa escreveu um comentário daqueles que valem por uma coluna, e que reproduzo boa parte abaixo, para alimentar nossas discussões. Com a palavra, o Rodrigo:
“O Flamengo iniciou a pré-temporada com um time surpreendente. Três jogadores de velocidade e mais um meia clássico. Futebol moderno e envolvente. Disputou aquele torneio do início do ano assim, e o venceu. Continuou a pré-temporada, e entrou no campeonato carioca com essa formação da qual utilizou na pré-temporada inteira.Teve dificuldades no primeiro jogo, mas depois deslanchou, fez boas apresentações sem correr riscos. Luxemburgo mudou Marcelo Cirino de posição, quase estuprando o modo do jogador de jogar. Sem querer, descobriu um jogador que poderia fazer a função de meia clássico, camisa 10, que todo mundo sempre reivindica, e que apareceu quase de graça pro Flamengo - o Arthur Maia. 
De repente, por conta do "portentoso" Brasil de Pelotas (que se alguém tivesse tido o cuidado de estudar veria que não faz frente ao Bonsucesso ou ao Resende), Luxemburgo resolve testar um time mais cascudo (seja lá o que signifique essa porr***) diante do Madureira. Sai o meia Arthur Maia, entra Cáceres, lento e faltoso demais esse ano, volta Márcio Araújo para errar tudo na ponta direita... Resultado: arrancamos um empate quando o profexor resolveu, já no final do jogo e por força do desespero, render-se ao esquema anterior que vinha dando certo.
Eis que contra o Brasil de Pelotas, o grau de genialidade do profexor aflora ainda mais. Não só o time rápido e de qualidade treinado no início do ano foi descartado, como foi enterrado com as entradas do Eduardo do Silva e do Alecsandro. Então, no momento em que o Arthur Maia, um raro achado, vinha em plena ascendente, o profexor o barra em prol, de novo, de um "time mais cascudo"; no momento em que Marcelo Cirino se adaptava à nova posição, repentinamente volta à posição de origem.
Mas meu QUESTIONAMENTO transcende à questionamentos táticos ou de escalação. Cada treinador pode fazer a cagada que lhe aprouver melhor, e os nossos são competentes demais nesse quesito. Meu QUESTIONAMENTO é que, se diante do Brasil de Pelotas, que seria, na minha concepção, rebaixado até na série B do Carioca, o esquema que o Luxemburgo treinou durante toda a pré-temporada não serve (e parece, nem diante do Botafogo), então não vai ser usado, via de lógica, no Campeonato Brasileiro, cujos times são obviamente muito mais fortes.
Então, tudo o que treinamos na pré-temporada vai pro lixo? Gastamos semanas treinando um time seguro, talentoso, rápido, que diante do primeiro adversário SUPOSTAMENTE mais duro, não serve? A pré-temporada então foi pra treinarmos o time pra jogar contra os times mais fracos do campeonato carioca? Pro Brasileiro e Copa do Brasil a gente pega o esquema do ano passado e vai enfiando os reforços no meio da competição e treinando assim?”
Pode-se concordar ou não, mas a questão é boa. Sempre disse que o Carioca é treino, mas essas mexidas abalaram minha convicção de que estávamos em busca de um futebol moderno e com menos volantes de marcação. Mas o fato é que o time ainda não perdeu esse ano, e os resultados ainda nos favorecem. Talvez adaptar o time a cada jogo não seja má ideia, e apesar do que o Rodrigo acha em relação ao Brasil, o jogo foi duro e difícil de ser vencido. Não tenho certeza de que um time mais leve teria suportado o ritmo que o Brasil imprimiu no início do jogo. Mas imagino que contra o Botafogo teremos uma amostra mais clara do que podemos esperar quando jogarmos contra times teoricamente mais fortes. O goleiro do Bota disse que jogar contra o Flamengo “é sempre gostoso”. Espero que ele saia ardido de tanta gostosura depois do jogo...
Um último ponto. Recebi pela internet uma simpática brincadeira sobre o que os paulistas gostam de fazer no Rio. No meio tinha essa foto maravilhosa, atribuída a André Joaquim,  a quem dou o devido crédito pela ilustração, tomando apenas o cuidado de fincar a bandeira rubronegra onde penso que fica o campo da Gávea, já que não consigo imaginar o Rio sem o Flamengo. A foto, belíssima, é uma forma de homenagear esta cidade maravilhosa, sempre de braços abertos a todas as raças e credos, a todos os estrangeiros e migrantes, que nesse domingo completa 450 anos. Nem os piores administradores conseguirão tirar do Rio de Janeiro esse caráter universal e acolhedor, e essa beleza sem par. Parabéns a todos os cariocas, tanto os da gema como os que adotaram a cidade, alguns até sem nunca a terem visitado.

E vamos pra cima deles, Mengão! 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.