sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Intervalo de Luxo (ou do Luxa)


Amigos rubronegros, neste domingo temos um jogo que mais parece um intervalo do que um jogo que vale três importantíssimos pontos para “sair de vez da confusão”. Ao contrário do último compromisso no Brasileiro contra o desesperado Botafogo, onde mais uma vez exercitamos o nosso “Complexo de Lázaro”, ressuscitando o alvinegro de Marechal Hermes, dessa vez o Luxemburgo já avisou que não tem time misto, vamos com o que temos. Volta Wallace e estamos sem Everton, que em tão boa hora teve o seu brilhantismo substituído pela estrela em ascensão, o Gabriel. Portanto, teremos a zaga com Samir e Wallace, e muito provavelmente Cáceres e Canteros no meio. Mais do que suficiente para garantir a vitória em casa contra o time do “Chapéu com Esse”, como foi batizado o nosso adversário pela turma do Conversa. Vou tentar justificar porque acho que a vitória virá, baseada no que foi o jogo do turno.

Se os amigos lembram, no primeiro turno perdemos por 1 a zero, no segundo jogo do Luxa a frente do time. O jogo marcou a primeira partida de Canteros como titular, mas ele acabou substituído, por ...Negueba, aos 20’do segundo tempo. O time tinha ainda Mugni e Luis Antonio como titulares, Alecsandro no ataque  e Gabriel de titular. Gabriel foi muito mal e acabou sendo substituído por Eduardo da Silva, que ainda engatinhava na direção dos gols salvadores que viriam nas cinco vitórias nos jogos seguintes. A outra mexida do Luxa foi a saída do João Paulo para a entrada de Marcio Araújo, levando o Everton para a lateral esquerda. O time levou um gol maluco aos seis minutos de jogo, em uma bola parada que veio na direção do sol e que nos fez achar que o Paulo Victor ia ser outra decepção nos jogos seguintes. O Flamengo teve mais posse de bola o jogo inteiro, mas só finalizou 2 vezes no primeiro tempo, contra 8 finalizações da Chape. Ao final do jogo só tínhamos finalizado 6 vezes, contra 14 finalizações do adversário. Nossa tática era simplesmente levantar a bola na área  e rezar para o goleiro deles ficar cego também. Os laterais não subiam e o jogo ficou congestionado no meio campo, com o Flamengo errando um absurdo de passes curtos. E para terminar o Alecsandro estava em dia de “mão na bola”, perdendo as oportunidades que apareceram. O resultado é que voltamos para a lanterna do campeonato e o Chape subiu para a 13ª posição.

Agora, seja sincero. Parece com o time do Flamengo que entra em campo hoje em dia? O Luxemburgo acertou este time confuso e hoje o que se vê não é mais o mesmo time. Nossos laterais sobem bem e as jogadas pelo lado do campo se tornaram uma arma. O Canteros se acertou e até o Marcio Araújo virou uma peça importante neste esquema. O Duda 45 já provou que pode jogar nesse time, mesmo que por apenas 45 minutos. O Gabriel vem se tornando um jogador fundamental nestas saídas rápidas que o Flamengo usa. Negueba as vezes nem é relacionado e nunca mais virou salvação. Cáceres se firmou na frente da zaga e com Samir e Wallace temos grandes chances de não levar gols. Temos finalizado mais e até os chutões para  frente parecem estar sendo treinados, porque eles conseguem iniciar muito mais contrataques do antes. E até o João Paulo, que não é craque, vem fazendo o seu papel de lateral com alguma dignidade. Ou seja, é outro time, mais compacto, mais consciente em campo, com uma tática definida e conhecida pelos jogadores. Não é o melhor time do campeonato, mas é plenamente capaz de jogar e ganhar de qualquer adversário, inclusive dos mais bem pontuados, como provamos vencendo (ou empatando contra a ajuda do juiz, como contra o São Paulo) todos os demais times da ponta da tabela (Cruzeiro, Corinthians, Internacional, Atlético Mineiro). Só faltaram mesmo Grêmio e Fluminense.
O único perigo é justamente o espírito do intervalo. É o relaxamento de quem sabe que o jogo da vida é o de quarta feira. Depois deste jogo o Flamengo ainda tem mais seis jogos para conquistar os 6 pontos que os matemáticos dizem que que garantem o Mengão na série A. É dia do Flamengo jogar sério, sem arriscar contundir os seus jogadores, mas participando ativamente do jogo, dominando as ações e criando as oportunidades para o gol. Conto com os três pontos e pode ser de 1 a zero mesmo!

Falando do espírito do intervalo, quero só justificar a ilustração. Sempre que a palavra intervalo me vem a cabeça imagino uma cena assim, como essa que retrata Cartola, Ismael Silva e Mano Décio em uma mesa de bar, em volta de uma cerveja. Para quem conhece a história sabe que aí estão três mágicos e mestres da música e do samba. Cartola foi um dos sete fundadores da Mangueira, estação primeira porque era a primeira estação da linha de trem onde tinha samba, Mano Décio foi fundador do Império Serrano e Ismael Silva criou a Deixa Falar, a primeira escola de samba de que se tem notícia, em 1928, no Estácio, e que só desfilou três anos. Minha homenagem a estes três sambistas que imortalizaram tantos clássicos do verdadeiro samba do Brasil.


E vamos pra cima deles, Mengão!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Entra em cartaz “A Fuga das Galinhas”


Amigos do Conversa Flamenga, passada a emoção das eleições, começa mais um capítulo dos destinos da Nação RubroNegra neste ano de 2014. E o filme é conhecido, já vimos antes. Um Flamengo sem grandes craques, mas com o apoio de sua torcida, lutando para conseguir uma vantagem que torne o jogo de volta em Minas, mais um espetáculo digno das tradições flamengas.

Em um jogo como esse, valendo o carimbo do passaporte para a final, não existem favoritos. Mesmo com o tão decantado elenco poderoso, a galinha mineira joga contra o Flamengo com a lembrança dos “molhos pardos” que já fizeram a nossa festa. Muito provavelmente o técnico adversário vai “cozinhar o galo” e tentar sair rápido por uma bola, por uma jogada de gol. E aí, a meu ver, reside o grande perigo. O Flamengo, ciente de suas limitações, vem jogando fechadinho, tomando conta da casinha e tentando sair rápido no contrataque. Contra o Atlético essa tática não vai funcionar, porque o time precisa fazer uma vantagem que seja defensável no jogo de volta. É nessa necessidade do Flamengo que o Galo vai apostar. Quanto mais demorar para sair o gol, mais tranquilo estarão os jogadores do clube mineiro, e mais pressionados estarão os nossos. O Luxa vai ter que ser malandro para não deixar o time entrar em desespero. Ainda mais com uma torcida enorme empurrando o time. O ideal seria fazer um gol nos primeiros 15 minutos  e ver como o Atlético reage. Se vierem para cima, podemos ampliar. Se não, mesmo uma vantagem mínima no final deste primeiro jogo faz essas condições serem exatamente ao contrário no Mineirão, ou seja, o tempo contando a nosso favor e desta vez os galináceos é que teriam a pressão da torcida contra a sua tranquilidade psicológica.

Por outro lado, nossa zaga não pode dar mole como aconteceu no jogo contra o alvinegro da zona da confusão. Tenho esperança de que Wallace volte e componha a zaga com Samir. Que o Leo Moura esteja em um grande dia, porque já deu para ver que o Leo SUS, na melhor das hipóteses, é um João Paulo que joga pela direita. Como já vamos ter o JP pela esquerda, dois seriam demais. E vale um registro, aqui me rendo ao talento do Anderson Pico. Se esse jogador perder mais uns oito quilos, ganha vaga não só na lateral como até no lugar do nosso bravo Messi Araújo no meio de campo. Joga muito o cidadão. Domínio de bola, bom passe, lança bem (com o pé e com a mão), tem boa visão de jogo, sabe escolher o mais bem colocado para passar, enfim, belíssimo jogador, que virou o xodó da torcida de Manaus, frustrada por uma atuação muito abaixo da paixão que o número de torcedores presentes merecia.

Do meio para a frente, devemos ir com que temos de melhor fora da enfermaria: Cáceres e Canteros (descansados), Gabriel, Everton, Eduardo da Silva e mais um. Imagino que seja o Nixon o escolhido, justamente pela sua velocidade e pela necessidade de ser mais agressivo que o normal. Tudo pronto para um grande jogo, mais um grande espetáculo da torcida e se São Judas Tadeu estiver vigilante, mais uma grande vitória.

É hora de jogar mais um “jogo da vida”! Não espero menos dos jogadores e de toda a comissão técnica! Ir para a final significa muito para os 40 milhões de torcedores! Prá cima deles, Mengão, correr atrás de galinhas pode cansar, mas costuma dar resultado, senão não tinha tanto frango assado nas mesas brasileiras!

Saudações RubroNegras!

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

A Ordem é o Progresso

Por do sol ou Alvorecer na Amazônia?
Amigos do Conversa, tanto os que pensam como eu como os que pensam de forma diametralmente oposta, tem uma hora na vida que é preciso assumir posições. Assim, esta coluna desta vez fala de política e não só de futebol. Tentei manter este blog o mais longe possível da discussão política, tanto partidária como da política do Flamengo. Acabei não resistindo e na eleição dos “blues” a minha posição era claramente favorável à mudança e ao resgate da dignidade do Flamengo. Como na época da FAF, ventos novos sopraram e o que se vê hoje em dia prova que todos que votaram na chapa azul estavam certos. Não tem sido um tempo fácil, e muitos erros, principalmente no futebol, foram cometidos. As críticas vieram, e eu fiz coro a elas. Alguns sucessos aconteceram e eu bati palmas. Contratações erradas foram feitas, assim como apostas que não deram em nada e só nos enfureceram na arquibancada. Mas de novo outras apostas se revelaram gratas surpresas e no saldo final acredito que estamos no bom caminho, e que esta diretoria mereceu o voto dos que os elegeram. Na vida real, não existe mocinho nem bandido, todos são capazes de boas ações ou de iniciativas deploráveis. Se faço este paralelo com a política do clube antes, é porque acredito que o Flamengo e o futebol (o mais importante entre os assuntos não importantes) é uma amostra, um microcosmo do que vivemos no mundo maior, especialmente no Brasil.
Nunca tive nenhum apreço especial ao líder Aécio Neves. Não me importo muito se a família dele é bacana, se ele é neto do Tancredo, ou se nunca mais vai se negar a fazer o teste do bafômetro. Me importa que ele seja um candidato preparado para ser o presidente do país em que eu e minha família vivemos. Me importa se ele é capaz de mudar a situação atual da nação e que resgate o meu orgulho de ser brasileiro. Muito parecido mesmo com o sentimento que eu tinha no meu microcosmo rubronegro, tanto em 77 com a FAF – Frente Ampla pelo Flamengo, como nessa última eleição. Eu queria ver um clube cidadão, que pagasse seus impostos, que formasse um belo time, mas com jogadores que recebem em dia e que tenham salários combinados que possam ser honrados. Não queria bravatas nem menosprezo pela lei fiscal e trabalhista. Queria um Flamengo que eu pudesse me orgulhar, dentro e fora do campo.
Para o Brasil eu quero algo muito parecido. Quero uma política que não lembre o tempo da “bica dágua”, quando o político ganhava votos porque colocava uma fonte de água (água já era um problema, de certa forma até maior) na vizinhança das comunidades. Quero que o país não seja um anão diplomático e sim que fale com autoridade de parceiro e nação soberana junto com os grandes países do mundo e não alinhado com o que existe de pior no respeito à liberdade e aos direitos humanos. Quero um governante que seja responsável por qualquer coisa errada que seja feita no seu governo e que nunca diga que não sabe ou não viu. Quero um governo que tenha preocupação social sim, mas que estimule as empresas e as pessoas a investirem, a abrirem novos empregos e que não viva de estatísticas duvidosas. Que não manipule estas estatísticas. Que não minta. Que não confunda Governo com Estado. Que não se aproprie do bem público como se privado ele fosse. Que respeite o direito de TODOS os brasileiros, e não do seu grupo político e de grupos ou movimentos sociais que o apoiem. Mas principalmente, que não estimule o ódio entre brasileiros. Que não divida o país entre nós e eles. Entre negros e brancos, entre partidários e inimigos.
Esta coluna deve ficar no ar até que a eleição esteja decidida e se for verdade o que sinto nas ruas, nas conversas e na internet, os principais institutos de pesquisa sairão desmoralizados mais uma vez. Pode ser que eu seja apenas um observador via internet e que não tenha contato diário com a realidade das regiões em que o voto pela Dilma seja majoritário. Mas o fato é que nenhuma benesse social justifica a perda da liberdade. Foi assim que nasceram (e morreram) os piores regimes instalados no mundo moderno. Todos se diziam defensores dos menos favorecidos. Todos tentaram (e muitos conseguiram) manietar a imprensa e comprar a opinião pública. Não é possível que todas as irregularidades sejam constatadas, provadas e o poder permaneça, pelo voto limpo e legítimo, na mão do mesmo grupo. Assim, se você é eleitor da continuidade, dê uma chance à mudança. Se não for bom, mudamos de novo daqui a quatro anos. Mas não compactue com a inversão de valores que está ocorrendo na nossa sociedade. Não é normal ter caixa dois. Não é admissível ser corrupto. Não tem futuro uma nação que se cala com o alastramento dessas práticas. Não é verdade que “todo mundo é corrupto”. Portanto, neste domingo, ao votar, lembre que você não estará escolhendo apenas um nome e um partido. Estará escolhendo entre mudar ou permanecer como está. Se nem os bons efeitos do fim da inflação são atribuídos aos seus verdadeiros autores, se toda a má gestão patente é “culpa da crise mundial”, esse governo não pode ser o das ideias novas. É apenas a continuidade de um projeto de poder de um grupo que devia estar preso ou respondendo às acusações que não param de brotar nas investigações policiais e nos depoimentos  de personagens que se confessaram culpados. Pense muito. E decida o que é melhor para o país!

Ah, e o futebol? O melhor do jogo vai ser observar os jogadores que tem tido poucas chances. E o Fogão? Que exploda logo e mostre que a realidade do futebol carioca, a exceção do Mengão, não difere em nada da realidade desta administração federal.


Saudações RubroNegras e que vença O melhor!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dando uma caneta no Saci...



Amigos rubronegros, a tarefa do time do Flamengo nesta quarta é do “arco da velha”, como se dizia antigamente. O adversário é o Internacional, um time que ainda disputa, com alguma boa vontade, até o campeonato. Mas que caminha em direção a uma vaga na Libertadores. Vem alternando vitórias e derrotas, mas chega na 30ª rodada com 15 vitórias e apenas a dois pontos do vice líder, o São Paulo. Não é uma tarefa fácil, ainda mais que mesmo perdendo mantivemos nossos sete pontos em relação ao 30 pontos do último rebaixado provisório, o Botafogo, e com certeza a cabeça do Luxa deve estar mesmo focada é na possibilidade de ganhar a Copa do Brasil e salvar o ano ( e um generoso contrato para 2015). Claro que o discurso não vai ser esse, todo mundo vai dizer que o “professor já avisou que temos que focar no próximo adversário para sair da confusão” e que “antes do jogo contra o Galo ainda temos o Botafogo”... Mas o fato é que o ano vai ser definido como de sucesso ou não com a vitória contra o Galo e depois com a conquista da Copa do Brasil. Mesmo com 27 pontos em disputa, é quase um sonho pensar em conquistar a vaga na Libertadores 2015 através da conquista de pontos no Brasileirão. Precisaríamos ganhar 4 ou 5 jogos e torcer para todos os que estão a nossa frente perdessem os seus, o que é difícil, até porque existem confrontos diretos entre eles. Portanto, a torcida agora quer mesmo é o título da Copa do Brasil.

Mas o time do Saci, com uma ajudinha da arbitragem, embora ninguém lembre mais disso, nos enfiou uma sonora goleada no primeiro turno. É hora de devolvermos, pelo menos, a derrota. Que o nosso treinador quebre a cabeça e arrume uma maneira de enfiar uma bola entre as pernas do Saci. Eu nunca imaginei que ia escrever isso, mas temos o reforço de Márcio Araújo, o que pressupõe a volta ao banco do Luiz Antonio. Gabriel voltou a jogar bola depois do reforço que tirou ele do “Peso Polvilho”. Canteros dificilmente errará tanto como no último jogo, pois sua média de atuações é boa. O problema é o ataque. Luxa diz que Elton está  sem ritmo, e pelo visto só vai conseguir este “ritmo” em 2015. O Nixon corre bastante, mas ainda briga com a bola a maior parte do tempo. O Cáceres foi preservado (?) e imagino que entre em campo neste jogo, dificultando a tarefa do Inter de fazer gols. E aí vem a pior parte. Nossa zaga oscila muito, e a impressão é que o Luxa realmente acha que Chicão merece ser titular. Reconheço que ele não foi o único responsável por nossas derrotas, mas toda vez que ele forma a zaga com alguém o time vai mal, a zaga fica insegura e acabamos levando gol. É claro que opinião cada um tem a sua. Mas eu iria de Wallace e Samir. Ou mesmo de Wallace  e Marcelo. Mas quem manda é o Luxa e mesmo como PJ, vem ganhando o seu dinheirinho para fazer isso. Vamos apoiar, ainda que essa irregularidade toda nos faça torcer pelo mesmo é pelo fim desse campeonato.

Uma nota triste
Nesse fim de semana morreu o 13º torcedor  do ano vítima de violência por causa do futebol. Desses, 4 foram em São Paulo. Não importa se ele é palmeirense ou por qual time torcia. Dizem que a emboscada de palmeirenses contra santistas na estrada é uma retaliação por outra tocaia feita por santistas contra palmeirenses no primeiro turno. Não importa. Não se pode fazer do futebol uma guerra. Futebol é esporte, é arte, e deve ser exemplo de respeito pela opinião contrária, exemplo de competição limpa e de imparcialidade, onde o melhor do momento consegue a vitória e a alegria para seus torcedores. Infelizmente, estamos em um momento do Brasil em que o que impera é a divisão e o ódio. O exemplo vem da política, onde são “eles contra nós”, “brancos contra negros”, “pobres contra ricos”, “norte contra o sul”. É preciso mudar isso. O futebol é apenas uma faceta dessa nossa sociedade que está com seus valores desagregados, com os erros de juízes, as artimanhas jurídicas, e a validação do “jeitinho” como sendo um recurso válido. Mas eu sou rubronegro e brasileiro, e não desisto nunca.


Pra cima deles, Mengão! E saudações RubroNegras!