Os fatos se sucedem com tanta rapidez que fica até difícil
escolher um tema para a coluna. Mas quem tem amigos que gostam de escrever
sempre tem coisa boa para ler (ou reler). A ideia é fazer um apanhado de
algumas considerações expostas no Conversa nestes últimos dias depois da
agressão sofrida pelo nosso digno presidente e do que parece ser uma “guerra”
contra o Flamengo neste início de campeonato. Como a coluna é uma surpresa até
para os autores do texto, conto com a generosidade deles para usar seus textos, assim como para a imagem do Maraca "roubartilhada"(by Elias) do Sildenir Alves Ribeiro.
O ideal seria poder falar deste empate dramático que trouxemos
da desprotegida “arena de Macaé”. Nem dá para dizer que os invasores não eram
torcedores do Flamengo, porque só tinha torcida mesmo de um único time lá. Mas
quem entra para roubar o vestiário não é torcedor, é bandido. E existem
bandidos torcendo para qualquer time. Os últimos anos foram pródigos em acontecimentos dignos da esfera policial, e mesmo neste recém iniciado 2015 já tivemos exemplos. O que espanta é a
facilidade promovida de encontrarem uma porta aberta que dava acesso aos
vestiários. Impossível não achar que houve má fé, ou no mínimo uma negligência
criminosa. E agora querem punir o time não mandante, coisa que agradaria muito
aos dirigentes das entidades que tem se comportado de maneira tão vil e
desprezível.
Deveríamos estar falando das coisas boas que esta diretoria vem
fazendo pelo Flamengo, mas como disse o Rodrigo Ribeiro, esse não é mais o
assunto principal no momento. Veja o seu texto: “Poderia falar das contratações
pontuais que o Flamengo vem fazendo, embora não sejam as tais e tão sempre
reivindicadas contratações de impacto (à exceção do Marcelo Cirino), mas de
qualquer forma, contratações que aposto que irão emplacar.
Poderia estar falando do trabalho correto, bom, tranquilo e
centrado do Rodrigo Caetano (uma bola dentro da Diretoria, finalmente, no que
se refere ao futebol!!), ao contrário do trabalho fraco e tumultuado de seus
antecessores.
Poderia estar falando do Luxemburgo, finalmente, somente se
preocupando com o futebol dentro de campo, e dando mostras de que tenta voltar
a ser aquele brilhante treinador de outrora, buscando emplacar um time
ofensivo, rápido e procurando tirar o melhor de seus comandados, até com
mudança de posição, tal como fazia como ninguém no passado (e eu como um feroz
crítico do Luxemburgo, fico feliz em tecer essas palavras, porque ele reciclado
e bem, não há igual no Brasil, e melhor pro Flamengo!).
Poderia estar falando do orgulho de ver o Flamengo sem aquelas
notícias de atraso disso, atraso daquilo, que era tão comuns até o passado
recente, mas que agora está longe da gente, e tão próximo de outros clubes tão
mais festejados pela mídia...
Mas não.
Vim para falar dessa Federação de futebol medíocre, tosca e
tacanha que é a do Rio, que encontrou voz naquela figura anacrônica e putrefata
do Eurico Miranda, que busca seus cinco minutos de glória a nível regional, já
que a nível nacional não existe mais, e sabe que o plantel medíocre que formou
tem alguma chance de destaque nesse estadual absurdamente fraco, já que no
segundo semestre a tendência é a sigla SR - Sofrer e Rezar.
Sempre fui contra preços de ingressos altos, e sempre deixei
isso claro aqui. Mas essa é uma tendência oriunda dos programas sócio torcedor.
Como, ao mesmo tempo, arrecadar e beneficiar aquele é sócio torcedor do clube,
dando-lhes vantagens, sem poder praticar um preço de ingresso maior? É uma
discussão grande e válida, mas que tem que ser a nível de clube. Ver uma
federação sem moral, podre, que se preocupa apenas com a perpetuação de poder e
beneficiar seus vassalos, que monta campeonatos estaduais inchados, longos,
ridículos, dizer que está preocupada com o esvaziamento dos estádios, seria
engraçado, não fosse trágico.
O que enche estádio é bom futebol jogado em estádios adequados
em um campeonato atrativo, e convenhamos, há muito tempo, principalmente com
essa mudança de fórmula, o Estadual do Rio não é. E não vai ser a prática de
preços irrisórios, contrários a (nefasta) lei da meia entrada e aos princípios
de ordem econômica e comercial, que irá mudar isso.
Na verdade, diante da profissionalização do Flamengo, seus
patrocínios e visibilidades absurdas, principalmente se comparados aos coirmãos
cariocas, passou da hora do Flamengo buscar outros caminhos e deixar esse
campeonato deficitário e ultrapassado pra trás, a não ser que mudanças
profundas sejam feitas. O Estadual, a Federação e os demais times precisam
muito mais do Flamengo do que o Flamengo deles. E esse é o pavor do dirigente
requentado do Vasco, e ele sabe disso.
Por fim, lamento ver o Botafogo, que se encontra a caminho do
fim, juntar-se a esta corja. Pensei que seus novos dirigentes pudessem ser
diferentes, mas nota-se que eles se unem a qualquer um por qualquer sopro de
sobrevivência e favorecimento. Lamentável.” Ou como disse o Sérgio Accioly, praticamente emendando o texto
do nosso Cometa RR: “Lamentável, lamentável mesmo é ver o Botafogo unido a
corja, definitivamente está a caminho da extinção, um clube com tantas glórias
sendo maculado desde modo."
Sábias e verdadeiras palavras, que por si só já valiam uma
coluna, ou como eu mesmo disse após a ler a nota da FERJ "em repúdio" a nota de Fla e Flu,
assinado por todos os demais clubes. “Me recuso a transcreve-la aqui por
absoluta incompatibilidade do espírito que reina neste blog. Uma pena que o Flamengo
seja obrigado a disputar o campeonato por força das regras vigentes. Que no ano
que vem, caso uma nova Liga não seja fundada e organize o Campeonato, o
Flamengo simplesmente se negue a participar deste arranjo maléfico e que vá
disputar amistosos nos Estados e nos países que o receberão com a pompa e a
honra que merece. Vai faturar muito mais e, se fizer bons acordos com as TVs,
pode continuar a dar alegria aos seus torcedores. Que já se comece a pensar
nisto desde já, e que os eventos de hoje sirvam como um "Basta" para
a hipocrisia e a politicagem de baixo nível que se instalou no futebol carioca.
O que será do Carioca sem o Flamengo ? O que é o futebol carioca sem o único
time que nunca deixou de pertencer à elite do futebol brasileiro? É muito triste ter que
recomendar e torcer para a ausência do Mengão no Campeonato em que é o maior
campeão e motivo de ida ao estádio de tantas pessoas. Mas nesse momento parece
ser a única alternativa. É preciso acabar com estas organizações esportivas
espúrias, como a FERJ e a CBF, dominadas por súcias de pessoas que não visam o
bem do esporte e sim o seu favorecimento pessoal.
O Flamengo é maior que tudo. Essas pessoas um dia serão banidas do mundo esportivo. E o Flamengo continuará a ser a grande Nação Rubronegra.”
O Flamengo é maior que tudo. Essas pessoas um dia serão banidas do mundo esportivo. E o Flamengo continuará a ser a grande Nação Rubronegra.”
Ou, nas palavras do
amigo Sérgio: “A FERJ desde os tempos de Caixa D'Água deixou a esfera esportiva
para entrar na esfera policial. O Ministério Público deveria investigar aquele
ninho de mafiosos. CADEIA NELES!."
Para completar a
semana infame, ainda tivemos a notícia de que a “herança maldita” da
administração anterior não acabou, pois agora é o Adriano Imperador que resolveu
acionar o Flamengo na Justiça, pelo que entendi motivado pelo período de 76 dias em que
ficou treinando no clube, tentando voltar a alguma forma que não fosse a
esférica. Isso até levou nosso amigo Juberto Pereira a se expressar com raiva:
“Puto com a FERJ;
Puto com o Eurico VIçano;
Puto com o Adriano;
E com todos que 'frescarem' com o FLA!
Vamos pra guerra!”
Puto com o Eurico VIçano;
Puto com o Adriano;
E com todos que 'frescarem' com o FLA!
Vamos pra guerra!”
Parece que ele estava
adivinhando que a guerra já estava declarada mesmo, como se viu em Macaé. Nem
vale muito a pena se estender comentando o jogo, que para alguns foi um bom
resultado diante das circunstâncias, mas que eu entendo como a simples perda de
2 pontos. O jogo parecia difícil antes de começar, pareceu fácil depois que
começou e ficou dramático com a ida de AlecCésar para o gol. Competência de
nosso sistema defensivo que não permitiu nenhum arremate do Macaé para o gol
nos quase 20 minutos que jogamos assim.
Vamos para o jogo
contra o Barra Mansa, que parece ser um dos dois clubes destinados a ao rebaixamento
neste Carioca, pela fragilidade demonstrada no primeiro jogo. Que ele sirva
para o Flamengo fazer finalmente os gols que a torcida quer ver como resultado
dessa filosofia de “Intensidade, Velocidade e mudança de direção. Por enquanto
estamos devendo...
Saudações RubroNegras!
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