sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Mora na filosofia...


Amigos rubronegros, se tem uma coisa que eu prezo e coloco até acima da qualidade técnica dos jogadores, como valor e princípio, é o jogo de equipe. Devia valer mais, na consideração da torcida, o mérito do jogador que estava em posição de bater para o gol e cedeu fazendo o passe para um companheiro comprovadamente mais bem colocado, que fez o gol.
Muitas vezes incentivamos que os jogadores testem os goleiros, chutando de longe. Mas tem que ter critério e discussão disso entre os jogadores. Não pode o Marcio Araújo ter chutado duas vezes pra fora, no mesmo jogo. Ele não tem esse direito. A menos que tenha o costume de acertar. O time do Flamengo perde a posse de bola seguidamente porque os jogadores não parecem combinar onde cada um vai estar, todos pensam em finalizar mesmo fora de condições.  Além disso, os jogadores se apoiam pouco, nem vou dizer que falta raça, falta mesmo é coordenação, visão e distribuição do jogo, jogadas combinadas, onde cada jogador sabe onde está o outro. Assisti ontem ao jogo do Chile. Não lembro de nenhum craque do time, mas percebi perfeitamente como o time se colocava em campo, espalhados por todas as pontas do campo, como um desenho tático em campo.
Nesses jogos que faltam e neste início de 2016 anômalo, com time jovem no Carioca e outro na Liga, seja lá quem sejam os jogadores, é primordial que a diretoria, a torcida, e principalmente os próprios jogadores,  se convençam que só um jogo solidário, pensado e treinado pode dar certo em um clube como o Flamengo. Sem negar a importância dos nomes dos jogadores para o sucesso da temporada, a filosofia perseguida também tem que ser combinada. O Flamengo pode combinar um futebol de lealdade e poucas faltas, muita verticalidade, e a qualidade técnica como definidor da titularidade. Quem se habilitar a jogar assim vira pesquisa e talvez contratação. Aí sim se escolhe o técnico que pensa assim, e os jogadores que se encaixam nesta proposta, entre os atuais e futuros.
Eu acho que foi o Jairzinho que disse que na seleção de 70 tinham cinco jogadores camisa 10. Como foi genial juntar Gerson, Jairzinho, Pelé, Rivelino, Tostão! O que eu defendo é que a camisa rubronegra seja vestida sempre por jogadores de altíssimo nível técnico, o mais craque possível. Antes de alguém dizer que não tem dinheiro para isso é importante perguntar se a filosofia é mesmo essa. Chega de jogador “tático” que não contribui em nada com o jogo de equipe, com a criação das jogadas. Bota um cara bom de bola e insiste com ele. Quanto ao dinheiro, jogador bom é investimento, não é despesa.
Quando vejo um planejamento que fala em renovar com o meu perseguido Marcio Araújo, eu desanimo em acreditar que essa filosofia de jogo é Flamenga o suficiente. Faz um bom negócio pra ele, procura um comprador, que tem. Ele vai deitar e rolar nas Arábias. Vai virar beduíno.
Do jogo contra o Orlando no Maracanã, não espero tanto futebol assim, mas imagino um jogo mais suave, menos pegado. O que vale é comemorar a data (que dizem que não é essa) do 120 anos de Mengão! Quando penso na enormidade de torcedores flamenguistas, vivos e mortos, eu vejo a importância planetária do Mais Querido. Sempre haverá um monte de flamenguistas neste planeta.
Sobre o debate, me permito reproduzir meu comentário feito logo após ter assistido o replay: “Na primeira pergunta o Bandeira deu uma hesitada e não pareceu muito a vontade. Daí em diante foi se firmando e pelo menos na minha opinião, deu um show. O Cacau é o populista, que quer "jogar pra torcida", mas incompatível com as novas exigências do futebol moderno e cidadão.
O Wallin parece sofrer de uma crise de identidade, porque até 4 meses atrás ele estava ali, então fica difícil arrumar o que criticar. Fez questão de falar que "nunca perdeu pro Vasco"... Mas se enrolou todo quando foi acusado de ter abandonado o barco com o time no Z4....
Se eu votasse, ontem teria só confirmado minha opção. Bandeira é muito mais presidente, muito mais sereno, inteligente, ponderado e demonstra uma educação e um comportamento cidadão que eu quero para o Flamengo.”
Minha posição de apoio ao EBM é pessoal, e nenhum dos frequentadores do Conversa necessariamente compartilha esta opinião, embora eu conheça alguns que pensam assim. Aqui sempre serão bem vindos conversantes de todos os naipes, unidos apenas pelo rubronegrismo comum.


FELIZ ANIVERSÁRIO, MENGÃO !


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