terça-feira, 1 de setembro de 2015

O rugir do gatinho xexelento...


Amigos do Conversa, nos últimos tempos fomos obrigados a exercitar a nossa humildade e a aceitar alguns acontecimentos cármicos como se fosse uma constante ou como se este destino fosse inevitável, e o fato é que não é. O Flamengo é muito maior que tudo isso. Não é normal perder 3 seguidas pro Vasquim, nem perder pontos para Sport ou Avaí, ainda que eles se intitulem “Leões”. O “Leão do Norte” (Sport) já foi pro beleléu no domingo, e o próximo é o “Leão da Ilha” (Avaí). A verdade é que tem muito gatinho (xexelento, como diz o Juberto) tirando onda de Leão. São times fracos e que em tese não deviam crescer tanto contra o Flamengo. No primeiro turno, para quem não lembra, esse foi o jogo em que a bola saiu meio metro, e na sequencia o Avaí fez o segundo gol. Não quer dizer que o Flamengo mereceu ganhar, mas também não merecia perder com gol roubado... Ainda lembrando do jogo, esse foi mais um jogo em que o Flamengo do finado Luxa entrou com três volantes e três atacantes, sem meias. E depois colocou o Maia no lugar de Canteros sem que isso mudasse o panorama do jogo. Mas ainda teve duas boas defesas do goleiro azul em chutes de Paulinho e Luiz Antonio, que podiam pelo menos ter nos rendido mais um pontinho. E antes que os defensores do Massaraujo apareçam, ele também esteve em campo nessa derrota, que fez o Flamengo ter mais derrotas (3) do que vitórias (2) contra o time do gatinho azul de Floripa pelo Campeonato Brasileiro.

Pode ser que seja “a maldição das duas vitórias seguidas”, que costuma nos fazer gritar "Rumo a Tóquio" ou a imaginar que temos time para tirar a diferença de 17 pontos para o líder do campeonato, mas a expectativa é boa para este jogo e para a sequencia que nos aguarda. Já publicaram inclusive que em 2009 (ano em que fomos campeões e também perdemos para o Avaí) também estávamos em 10º lugar na 21ª rodada, com os mesmos 29 pontos. Mas quem se preocupar em ir checar a tabela da época verá que o líder Palmeiras estava 11 pontos a frente, com 40 pontos, e não a 17 pontos de distância como hoje. Continuo achando que o G4, depois de mais de 130 rodadas sem a nossa presença, continua sendo possível. Difícil, mas realizável. Para isso é preciso que o Oswaldo não invente e o Flamengo jogue o feijão com arroz com o time que temos. Já vamos bem mexidos para este jogo, com mudanças nas duas laterais, provável mudança na zaga (deve voltar o Wallace) e a ausência dos dois reforços mais badalados, Ederson e Guerrero. Pelo menos vamos com Alan Patrick no meio, esperando que a sua presença continue a melhorar o jogo do Canteros e a fazer a bola passar pelo meio. Aliás, descobriram quem era o “amigo imaginário” do Canteros: era o Pará. No último jogo ele finalmente encontrou o amigo Pará na posição certa  e desse cruzamento saiu o gol do Everton que nos deu a vitória. Ainda não é um futebol exuberante, mas com o que temos dá para ganhar do gatinho com mania de grandeza e avançar na tabela, se Santos e Sport tropeçarem na rodada.  O ambiente vai ser favorável, com a torcida toda a favor e o time precisa dar um presente para o povo que vai lotar o estádio de Natal.
Falando em torcida, vi que na recepção da torcida rubronegra no aeroporto se dizia que “G4 é obrigação”. Sempre defendo o direito do torcedor falar o que quiser, porque cada um sabe os sacrifícios que faz para conseguir torcer e acompanhar o Flamengo jogando. Mas pessoalmente eu acho que obrigação era ganhar do Vasco. G4 é uma meta e um objetivo importantíssimo para 2016. Mas até outro dia eu estava fazendo conta para chegar nos 45 pontos, não consegui entrar ainda na euforia do “G4 obrigatório”. Prefiro que o time vá galgando posições, sem alarde, aos pouquinhos, mas sendo armado para cada jogo, driblando os desfalques e conseguindo produzir o máximo com os jogadores que estão disponíveis.

Vale fazer uma nota de apoio para o Kayke, que mesmo perdendo um gol por meio dedo, parece ter entrado bem no time e que demonstrou que pode mesmo ser útil nesse momento sem Guerrero, com Paulinho ensaiando uma volta aos seus melhores momentos e com Cirino ainda Girino. Na minha escalação Jonas não esquentaria jamais o banco para Marcio Araujo, mas como o time vem de 6 pontos conquistados, vou deixar em paz os amigos que elogiam o Caramujo e que veem nele mais bola que o Canteros, que vinha mal mas se recuperou na última partida. Para mim, um típico caso de má companhia. Não pela vida de baladas, mas dentro do campo mesmo. Canteros é um jogador importante e espero que ele melhore a cada jogo, diminuindo o risco das bolas aéreas chegarem na nossa área. Com a saída do Cáceres, acredito piamente que a dupla de volantes que vai ser titular será mesmo Jonas e Canteros. Só é preciso fazer um trabalho psicológico com o Jonasteiger, para que ele seja mais malandro e não faça faltas tão acintosas, principalmente se estiver ao lado do árbitro. Quem viu jogar diz que o Pelé batia igual gente grande, mas ninguém lembra disso, só das grandes jogadas. Porque ele sabia como  fazer falta, quando era preciso. É o que “falta” ao Jonas.


Pra cima deles, Mengão, e vamos fazer o Leão miar e usar o couro dele para fazer tamborim na festa da vitória!


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