sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Sem Mi Mi Mi, cadê o Cocó?


Amigos rubronegros do Conversa Flamenga, normalmente eu costumo dar um tempo depois de um jogo do Flamengo antes de escrever o próximo texto, até porque o calor da tensão custa a passar e mesmo no dia seguinte a cabeça ainda está nas emoções do jogo, principalmente se o resultado tiver sido uma derrota.  Depois dessa quinta, no entanto, a mão coçou e a indignação chegou à ponta dos meus dedos, de maneira que não consegui me conter a saí escrevendo. Me perdoem se me exceder.

O negócio é o seguinte: Chega de Mi Mi Mi! As redes sociais estão povoadas de torcedores que resolveram dizer que a torcida de Brasília é a responsável pela derrota, porque não apoiou o time. Que mais uma vez o Bandeira colocou o dinheiro na frente e que se o jogo fosse no Maracanã teríamos sido vitoriosos.

Parem com isso! Absurdo tem limite e  não é hora de incentivar a hipocrisia!

O time foi mal! Simples assim!  O Coritiba com seu time  meia boca e o Nei fraco de técnico conseguiu dois gols “achados” e mesmo sendo assediado o resto do jogo inteiro, resistiu e o Flamengo não teve competência e talento para fazer os gols que precisávamos para vira o jogo. Não foi a torcida que perdeu o jogo. Não foi o Bandeira que queria tirar o jogo do Maracanã. O Flamengo precisa de dinheiro para pagar as boas contratações que fez (Guerrero, Sheik, Alan Patrick, Kayke, etc) e para fechar as suas despesas de futebol em 2015. A decisão de levar o jogo para Brasília foi justificável do ponto de vista financeiro e eu diria que até  o pênalti aos 8 minutos de jogos só tinha gente elogiando a Grande Nação Rubronegra, capaz de lotar estádio em qualquer lugar do Brasil, o novo recorde de público do Mané Garrincha, o novo recorde de público do Brasileirão. E aí, o que mudou? Porque o time perdeu tudo isso deixou de existir, de uma hora para outra?

Tudo bem que o comportamento da torcida não foi bacana mesmo. Acho inadmissível cantar olé para a posse de bola do adversário. Mas já li depoimento de quem estava lá de que não foi todo mundo que vaiou, foi só uma parte da torcida e que o resto da torcida vaiou esse comportamento. Acho uma idiotice permitir que um garoto invada o campo, possibilitando pesadas punições posteriores ao clube. Mais idiota ainda foi quem jogou um objeto em campo, e que por sorte não foi registrado na súmula porque deram um sumiço no tal objeto. De fato, o silêncio da torcida não ajudou em nada um time que estava precisando se superar para furar a retranca da coxa cruzada. E, finalmente, vaiar um jogador do seu time a partir do 20 minutos do primeiro tempo, só ajuda o time adversário. Outros erros do Cesar Martins aconteceram, depois, por conta dessa perseguição implacável das vaias quando ele tocava na bola. E, a menos que eu tenha esquecido alguma coisa, a única finalização perigosa (e que foi no gol) foi justamente do nosso bravo zagueiro. Que errou sim, mas que não merecia as vaias que recebeu da torcida. NEM POR ISSO entendo que os torcedores de Brasília são menos rubronegros do que os que estavam torcendo em casa ou dos que torcem no Maracanã. O “complexo de manada” faz com que alguns sigam uma tendência que na hora parece ser a maioria, e eventualmente se torne mesmo a maioria. Uma lástima. Mas isso não justifica os ataques nas redes sociais, a divisão entre a “torcida do Rio” e as torcidas dos outros Estados. O Flamengo não é imbatível no Rio nem no Maracanã. Pior do que o comportamento da torcida ontem é o comportamento dessas pessoas que estimulam a guerra fratricida entre irmãos rubronegros da mesma Nação. A torcida não mandou bem ontem não. Algum estudioso um dia vai justificar e explicar esta maneira de ser e as razões profundas e o significado dessas vaias. Afinal, tudo na vida é uma questão de expectativa e o que o povo queria era o Flamengo vencedor de 6 partidas seguintes, não o time que com vinte minutos de jogo já estava perdendo de 2 a zero. Então, amigos, é hora de parar o Mimimi e perguntar: Cadê o Cocó?

Porque o jogo contra o Coritiba, para quem não lembra, fazia parte da sequencia fácil: Coritiba, Vasco, Joinville e Figueirense, só a turma que estava beirando o Z4. No meio de todos estes jogos “fáceis” e antes da parada de 10 dias por conta das eliminatórias da Copa, um jogo parecia ser o mais difícil de todos. E é justamente o próximo, contra o Galo (Cocó) mineiro. (E desta vez, sem torcida para atrapalhar, hem?) Estão falando de time desmotivado... Como assim, desmotivado? Acabou de perder uma e de sair do G4, a hora é de entrar em campo mais motivado do que nunca. Juntem os cacos, usem bem o Guerrero que volta, aproveitem a ausência do Cesar Martins, suspenso pelo terceiro cartão, redescubram o futebol  esquecido do Kayke, do Everton, do Paulinho, do Cirino, do Alan Patrick e entrem para vencer o Atlético. Se esse objetivo for conquistado, essa equipe desembarca no Aeroporto do Rio como herói de novo, e o próximo jogo no Maracanã volta a encher o estádio. Grande chance de ensinar, didaticamente, como é que uma torcida deve fazer para apoiar o time nos 90 minutos.
Continuo apostando e confiando. O jogo vai ser duro, mas temos agora ainda mais razões para lutar pela vitória! 

Pra cima deles, Mengão!



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