por Douglas Galvão
Prefácio do Editor: Esse interessantíssimo texto do
nosso colunista “expert” em arbitragens chegou em uma hora muito boa, já que a
intenção de uma nova coluna era desancar de vez o nosso ex-treinador, que em
apenas 18 jogos conseguiu a façanha de perder duas vezes para o time “saco de
pancada” do Brasil hoje. O técnico se foi e o tema escolhido pelo Douglas cai
como uma luva nesse trégua que costuma ser concedida a todo novo treinador que
assume. Primeiro porque mesmo quem não costuma chorar em cima de arbitragem não
pode ter ficado imune à imensa raiva pelos DOIS pênaltis não marcados contra os
porcos no domingo passado. A ponto de eu ter perdido a ilusão de que se tratam
de “coincidências”. Com a degradação moral e desportiva que impera na CBF e
consequentemente na Comissão de Arbitragens, não tenho a menor dúvida de que
existe a má fé e ela é direcionada a favor de alguns e contra outros. Em
segundo lugar porque as opiniões do Galvão são polêmicas, mas são claras como a
regra não é. Pessoalmente sou a favor do Mata Mata e contra o fim do
impedimento. E você? Leia e opine!
Meus Amigos Rubronegros, os árbitros de futebol tem uma responsabilidade muito
grande nas suas decisões dentro de campo. Vários são os momentos de uma partida
em que a má interpretação, um erro de ângulo de visão (paralaxe) ou mesmo uma
"orientação" equivocada, pode ser determinante para que um dos times
seja beneficiado e saia vencedor de um jogo imerecidamente. Eu me limitei a
esses 3 aspectos mas, outros fatos irregulares podem ocorrer durante uma
partida de futebol.
A má interpretação
tem origem na má formação do árbitro na escola de arbitragem ou mesmo na falta
de prática, pois, uma pessoa que se escolhe essa profissão tem que se dedicar
ao máximo a ela, do mesmo modo que um médico e um engenheiro (por exemplo) se
dedicam para se aperfeiçoar cada vez mais e, isso faz com que se erre o menos
possível e permitido, para evitar verdadeiras catástrofes.
Assim como nas
outras profissões, o erro pode levar a mortes, na profissão de árbitro isso
também pode acontecer. O torcedor quando vê que o time adversário é superior tecnicamente
e merecedor da vitória, se conforma com a derrota do seu time mas, quando o seu
time é derrotado por erros cometidos pela arbitragem, se revolta e pode perder
o controle causando estragos no estádio e nas ruas da cidade. Muitas dessas
ocorrências violentas tem origem em erros de interpretação da arbitragem.
O que fazer para
diminuir ao máximo esses erros:
- Boa formação nas
escolas de arbitragem;
- Muita prática,
pois, a prática leva a perfeição;
- A
profissionalização dos árbitros, criação de sindicatos autônomos para prestar
serviços as federações. Isso daria uma segurança financeira e pessoal para o
profissional se dedicar mais ao trabalho e não precisar mais ter uma outra
profissão e ter a arbitragem como "bico", como é hoje no Brasil. Essa
providencia traria também a valorização do árbitro e uma procura maior pela
profissão; evitaria também que diretores corruptos da CBF pressionassem os
árbitros pra "fabricar resultados", o que está se repetindo todo ano
e contribuindo para o descrédito e queda do futebol brasileiro.
- E a simplificação
das regras de futebol. Como é possível?
Algumas das regras
do futebol levam o árbitro a ter muitas dificuldades para interpretar os
lances, além dos jogadores que gostam de simular agressões para se beneficiar
com marcações de árbitros que são enganados com esses gestos até teatrais de
jogadores de caráter duvidoso.
A regra que pune a
"mão na bola" e não pune a "bola na mão". Se toda bola que
tocasse o braço (antebraço e mão inclusive) de um jogador, fosse punida com um
tiro livre direto, independentemente de o toque ser voluntário ou não, acabaria
de vez com a interpretação do árbitro para esse lance que muitas vezes decide o
resultado de um jogo, visto os placares atualmente sejam, na maioria, de poucos
ou nenhum gol, dada a dificuldade hoje em dia cada vez maior de se fazer o gol.
Outra modificação
importante seria a abolição do impedimento. Essa medida sendo tomada, evitaria
de uma vez por todas os erros de marcação dos assistentes, muitas vezes traídos
pelo fenômeno da "paralaxe" ou pela velocidade dos atacantes, daria
uma nova visão de como posicionar o seu time em campo, mudaria o modo de se ver
o futebol e, o que é melhor, teríamos mais possibilidades de haver mais gols
numa partida de futebol.
Outras modificações
poderiam ser feitas para melhorar a arbitragem diminuindo a interferência do
árbitro nos lances que acontecem em campo, como: revogar a
"orientação" de "deixar o jogo correr", pois, como eu já
falei inúmeras vezes e não vou deixar de repetir, isso só "incentiva a
pancadaria" e inibe o jogador técnico e habilidoso de mostrar a sua arte,
com receio de se machucar e enfeia o futebol, além de evitar que aconteçam mais
jogadas trabalhadas em função do gol, que é o objetivo do esporte e não
"apenas um detalhe", como mal o disse o Carlos Alberto Parreira!
Outra medida para
que haja mais respeito entre o jogador e o árbitro, era determinar que os
clubes promovessem palestras de árbitros e, ou, professores das escolas de
arbitragem com o intuito de dar conhecimento aos jogadores sobre as regras do
futebol, e isso poderia ser feito várias vezes ao ano, principalmente antes da
disputa de um torneio, copa ou campeonato.
Corrupção nos pontos
corridos
Há muitos anos que a
"corrupção" no futebol vem se repetindo no mundo todo e
principalmente nos campeonatos europeus, devido a campeonatos regidos sobre as
facilidades que existem nos famigerados "PONTOS CORRIDOS" que dá
margem a todo o tipo de "armações". Desde a simples recompensas (as
famosas MALAS de todas as cores) oferecidas
por dirigentes inescrupulosos à jogadores e diretores de outros clubes para
"facilitar" ou "endurecer" uma partida; a
"compra" dos serviços de arbitragem para "fabricar
resultados" a fim de se auferir "lucros" em casas de apostas ou
loterias.
Há suspeitas de que
os times mais ricos usam um "expediente" parecido para que erros de
interpretação da arbitragem sempre os favoreçam em partidas que não chamem
muito a atenção e se necessário for, também nessas!
Não podemos afirmar
que um campeonato com disputas finais em playoffs (como no basquete americano -
NBA), ou mesmo os com octogonais em mata-mata estão isentos de "fabricação
de resultados" mas, vai diminuir essa prática a quase zero.
Acredito que nenhum
time disputando finais para ser campeão, vai se vender ou entregar uma decisão
por dinheiro. Os pontos corridos só devem ser usados para se classificar os
finalistas. Daí por diante, ganha quem for melhor que o outro.
E o CAMPEÃO será o
melhor de todos nos jogos finais. É o jeito brasileiro de fazer futebol e que sempre
deu muito certo! Porque continuar a imitar os europeus?
O CAMPEÃO SERÁ
SEMPRE O MELHOR ENTRE OS MELHORES - É MUITO MAIS EMOCIONANTE !!!!!!
Pósfácio do Editor:
Para não dizer que não falamos do jogo deste domingo, vamos enfrentar mais um
daqueles jogos que no papel parecem ser mais fáceis do que acabam sendo. O time
da bambilândia vem destroçado por uma derrota em casa contra o Ceará, que além
de ser lanterna da Serie B veio com 13
(vou escrever: treze) desfalques! Antes disso, levou de 3 a zero, em casa, do
Goiás, time que está zona de rebaixamento. Rogério Ceni e Luis Fabiano não
jogam, e como Alan Kardec está fora também, o São Paulo deve jogar sem um
centroavante de ofício. Moleza? Nem pensar! Como sempre dizemos, o Flamengo,
além da sobrenatural capacidade de ressuscitar defuntos, tem a incrível
capacidade de nos surpreender, para o bem e para o mal. Espero que o Oswaldo
invente pouco, arrume o time de uma forma simples, com especialistas em suas
posições, e consiga uma vitória, mesmo magra, que nos faça entrar com tudo
contra o Vasco no “jogo do ano” desta quarta no Maracanã. Pra cima deles, Mengão!
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