sábado, 15 de agosto de 2015

Não pode deixar queimar o torresmo...

Amigos rubronegros, ao contrário da crença geral de que carne de porco é gordurosa e faz mal, sou partidário da tese de que os suínos, além de deliciosos, são muito saudáveis. Pelo menos não tem tantos hormônios de crescimento como os que se atribuem aos frangos de granja. E entre esses saudáveis acepipes oriundos de um porquinho, está o incomparável torresmo, tão indicado para quem tem problemas de baixo colesterol. Mas para se fazer um bom torresmo, é preciso calcular o ponto exato de fritura, sob pena de ele endurecer e ficar amargo, se passar do ponto. Pronto. Dei uma volta enorme e cheguei onde queria. No ponto certo.
Nosso time continua nos surpreendendo. Perde ou empata jogos que seriam em tese mais fáceis, como Santos e Ponte, e vence os que julgávamos “carne de pescoço” como o Atlético PR, Grêmio e Internacional. Nesta patriótica manhã de 16 de agosto, vamos enfrentar o time que até 4 rodadas atrás era “a sensação do campeonato”, um time bem armado pelo técnico que vinha sendo chamado de o  melhor do Brasil. E que tem mesmo seus méritos, já que é o campeão brasileiro dos últimos dois anos, e conta com um diretor de futebol que também veio do bicampeão Cruzeiro, fazendo mais de 20 contratações com o farto dinheiro particular de seu presidente milionário. Mas, verdade seja dita, com um apoio fora de série de sua torcida, que vem lotando o novo e belo Palestra Itália, e disparando na adesão ao Programa Sócio Torcedor.

O Palmeiras vem mordido, já que após uma sequencia de sete jogos sem perder,  que o levou a um passeio pelo G4, encarou três derrotas seguidas e caiu para a oitava posição, a ponto de que uma vitória rubronegra neste domingo dos deixaria a apenas 2 pontos do alviverde. E não tenham dúvida de que a ausência do revelado (e escorraçado) cria da Gávea, Egídio, não será um grande problema para o Marcelo Oliveira, que já anunciou o longevo Zé Roberto em seu lugar, depois de descansar por um número enorme de rodadas... Além disso, o Palmeiras tem jogadores de sobra para qualquer posição e arrisca enfrentarmos nosso ex-atacante Alecsandro ou o recém contratado Barrios pela frente.
O que isso quer dizer? É que não podemos perder o ponto do torresmo. De uma formação com 3 volantes mudamos para uma formação de apenas um volante (Canteros), já que o Araújo se posicionou à direita do campo e Alan Patrick nunca vai deixar de ser um meia, mesmo que jogue mais recuado. Apesar de querer sempre o nosso time no ataque, ofensivo e vibrante, reconheço no técnico adversário uma experiência maior e um elenco mais diversificado, e não quero sair desse jogo com o saldo de gols, que já é negativo, aumentado. Entendo que o Palmeiras também vai ter que tomar cuidado com Guerrero e Sheik e se soubermos aproveitar as nossas chances, podemos sim sair com uma vitória de dento da casa palmeirense. Para nossa alegria, a estreia de Ederson foi promissora, e não vemos a hora de ve-lo armando, em sua verdadeira posição, para a finalização do Guerrero. A esperança é que cada vez a bola “passe pelo meio campo” e não “sobre o meio campo”, chutada pelo goleiro ou pelos beques. Não que isso não seja uma jogada válida, a de fazer um lançamento preciso para um atacante dominar e virar pra direção do gol. O que não pode é ser a Única jogada e a única maneira de iniciar um contra-ataque.

Como o Flamengo vem sendo um time de surpresas, minha esperança é que tenhamos uma grata surpresa nesta manhã de domingo, inspirando a nação para um dia que promete muito em emoções “nacionais”. Que o técnico aproveite o “respiro” da última vitória, arme este time de acordo com o adversário, e não deixe passar o ponto do torresmo.


Pra cima deles, Mengão!

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