Amigos rubronegros,
depois das brilhantes sugestões de mudança nas regras do nosso Conversante
colunista mestre das arbitragens, voltamos a falar do time em campo. Até porque
vamos enfrentar o time da quarta maior torcida do mundo, e isso merece um texto
especial. Um texto que fale, por exemplo deste complexo de gambá que parece
tomar conta do time paulista quando enfrenta o Flamengo. A ponto de ser exigida
a não escalação dos dois atacantes recentemente contratados e que jogavam no
time de Itaquera. Se o jogo fosse em São Paulo, ainda seria admissível. A
torcida podia se revoltar, vaiar a decisão financeira de liberar os jogadores,
apupar a diretoria... Aliás, essa parece ter sido uma fórmula tentada pelos
Blues, mas ao que tudo indica, negada pelo alvinegros. Um pena para o
espetáculo, pois o futebol bem que está precisando de bons jogos, dada a
mesmice dos esquemas táticos e das apresentações patéticas dos principais
clubes do Brasil neste campeonato.
Durante a semana
tivemos o mimimi corintiano que menosprezou uma carreira vitoriosa do peruano,
como se ele tivesse ganho projeção após desembarcar em São Paulo. Dez anos no
excelente futebol alemão, em dois grandes clubes, mereciam mais respeito. As
manchetes do seu país no dia seguinte à vitória na sua estreia pelo Mengão
contrariaram essa tese e mostraram que até no exterior, o que dá notícia é o
Flamengo e não o “small team”, como os Gambis foram chamados recentemente pela
imprensa internacional. E na apresentação do Guerrero já tinha virado crise em
São Paulo a declaração de que o Flamengo “tem a maior torcida do mundo”.
Corintianos revoltados se rebelaram contra uma declaração simples, quase de
praxe para quem chega no Flamengo, feita sem nenhuma intenção de ofender seu
clube anterior, chegando a desconsiderar a pesquisa mais séria feita até hoje,
que pesquisou vários países do mundo, dizendo que a maior torcida de um clube
“deve ser a de algum time chinês”. KKKkkkkkkkk! Vamos rir um pouquinho desse
complexo de inferioridade, pois já estou meio cansado de só rir do time do
Furico...
A expectativa é de
um grande jogo para brindar a torcida que comparecer ao Maracanã, mesmo com o
Flamengo sem o seu ataque titular. Típico jogo para escalar o meio campo com
Jonas, Cáceres e Canteros. E principalmente sem Maraujo. Vejam que foi ele
entrar no time no último jogo e levamos um gol e quase sofremos o empate. Não é
perseguição ao jogador, que não tem culpa de ser desse jeito, é pura
constatação. Reparem que “a nova postura” em campo nos últimos jogos, tão
elogiada nas redes sociais, decorre da verticalização do passe, da vontade de
partir para cima do adversário, muito mais condizente com as tradições
flamengas do que aqueles toquinhos para o lado e para trás típicos do Maraujo.
Aliás, para mim o que vai definir a permanência ou não do Cristovão (nem todos
“odeiam o Cris”) no Flamengo vai ser a maneira dele escalar esse time. Ele
parece ter descoberto o óbvio, com o novo trio de volantes contra times mais
fortes ofensivamente, falta ver como ele vai escalar contra os times que se
fecham em retrancas de 8 jogadores atrás da linha da bola. Ainda estamos saindo
muito na base do chutão, mas pelo menos a pontaria parece estar melhorando e
temos ganho mais essa segunda bola do que antes. Outro ponto importante neste
jogo vai ser a escalação da lateral esquerda. Aos olhos da torcida, Jorge já é
titular absoluto, mesmo com uma cabeçada para cima que acabou sobrando para o jogador
do time gaúcho descontar no placar. O fato é o Jorge tem recursos especiais,
sabe dominar a bola, não se apavora e tem marcado tão bem quanto ido ao ataque.
Fico pensando até como ele jogaria se fosse escalado como meia... Quem falou
mal dele depois do jogo, por exemplo, esqueceu que o primeiro gol nasceu do seu
cruzamento. Mas torcedor é assim mesmo, o Cesar levou um gol em uma bola defensável
e o mundo caiu. Esqueceram de três excelentes defesas que ele fez no mesmo
jogo, embora em uma delas o juiz já tivesse parado o jogo, Mas o Cesinha está
amadurecendo, quem lembra do hoje excelente Paulo Victor nas primeiras chances
que teve, deve se recordar das suas falhas na saída do gol, que tantos sustos
nos pregou.
Independente do
resultado jogo, vale a pena reafirmar uma verdade absoluta. Só os Blues podem
levar o Flamengo ao futuro grandioso que ele merece. “Noblesse oblige”. Se o
acordo foi feito, que seja cumprido e que se dê crédito aos dirigentes que
empacotaram esse compromisso no negócio que parece ter trazido de volta a garra
e a determinação que queremos ver no time do Flamengo em campo.
Pra cima deles,
Mengão, que na arquibancada teremos hoje dois atores que ainda nos darão muitas
alegrias nessa arrancada que está começando!
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