Amigos
rubronegros, uma das boas lembranças da infância é a brincadeira com o ioiô,
que me permitiu algumas alegrias pela habilidade demonstrada, contrastando com
a falta de técnica que me caracterizava, por exemplo, jogando bola na praia.
Mas se isso era alegria no passado, ver esse desempenho do Flamengo sob a
batuta do Cristóvão, com essa irritante “regularidade na oscilação” é
simplesmente terrível, pois nunca sabemos se o time vai estar no dia bom ou no
dia ruim. E isso faz com que os adversários nos respeitem cada vez menos, a
ponto do Maracanã estar virando o playground dos nossos adversários.
Olhando
o desempenho rubronegro nos últimos meses, me lembro que a última grande
alegria foi a vitória contra o Flu no início de abril por 3 x 0. Depois daquele
jogo começamos uma sequencia terrível, passando do favoritismo ao título da
Taça Guanabara a uma despedida melancólica da esperança de ser campeão
estadual. Dali para frente o time do
Luxemburgo só venceu o jogo contra o Salgueiro, colecionando outros três
empates e três derrotas, sequencia que nos acompanhou no início do Brasileiro,
com a derrota para o Avaí, Fluminense (já com o Cristóvão) e para o Cruzeiro. A partir daí os jogos
estão retratados no gráfico da ilustração da coluna. Vitórias magras contra
Chapecoense e Coritiba, derrotas para Atlético MG e Vasco, vitória contra
Joinvile (de novo 1 a zero), Derrota para Figueirense (de novo 2 a 1), vitória
contra o Inter, derrota contra o Corinthians e finalmente uma vitória por dois
gols contra o Naútico.
Se
fosse seguir a lógica, o prognóstico contra o Grêmio seria sombrio. Somos um
dos piores mandantes neste Campeonato e acabamos de conquistar um vitória. O
fato é que o time do Cristóvão é o mesmo time do Luxemburgo, com o acréscimo
das novas opções oferecidas pela Diretoria (Airton, Alan Patrick, Sheik e
Guerrero). E nem mesmo as duas boas contratações para o ataque nos
tranquilizam, porque se a bola não chegar nestes atacantes (e continua não
chegando em boas condições) não há milagre que nos faça vencer. Somos um time
que finaliza pouco, que quase não dribla, que insiste na ligação direta entre
defesa a ataque, e com a defesa mais fácil de ser vencida entre os grandes
times do Brasil. E nada adianta entrar com um caminhão de volantes (não é a toa
que São Cristóvão é o padroeiro dos motoristas, vai gostar de volante assim no
inferno...) porque isso não tem impedido os nossos adversários (mesmo os que
são considerados “fracos”) de fazerem a festa na nossa área.
Mas
aí entra em cena uma coisa que poucos times do mundo tem. O Flamengo quando
entra em campo coloca tantas mentes em aflição, são tantas pessoas no mundo
inteiro pensando na vitória e “empurrando mentalmente” o time para a frente,
que parece que a torcida presente é muito maior, que a emoção toma conta de
jogadores, e que a força de quem está longe se faz presente no grito de quem
está no estádio. Essa força da natureza é particularmente acentuada quando a
torcida comparece e lota o Maracanã. E na sexta feira já haviam sido vendidos 32
mil ingressos, ou seja, a torcida vai lotar o Maraca para ver a estreia do
Guerrero no Rio! Minha esperança reside nesta força que vem da arquibancada, e
no juízo que eu espero que o Cristóvão
tenha, não colocando o Maraujo como titular. Coloque o Armero de volante se for o caso, mas não me venha com jogadores
que nitidamente fazem o time jogar com um a menos. Ou coloque o Jorge de meia,
porque este me parece que efetivamente é a grande revelação da base neste ano.
Ou treine com o Jajá na distribuição de jogadas. Ou coloque o Matheus Sávio
para aproximar o meio campo desse bom ataque que vamos colocar em campo. Enfim,
que o Flamengo hoje honre a sua tradição e respeite a sua torcida, jogando pra
frente, finalizando e me fazendo lembrar daquela vitória épica de 2009, quando
saímos atrás no placar e fomos buscar o título com o gol do Magro de Aço,
Angelim, que será justamente homenageado nesta partida.
Pra
cima deles, Mengão!
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