Prefácio do Editor: Mais uma vez Douglas Galvão me
dá a alegria de compartilhar uma coluna conosco, em mais uma dobradinha que eu
espero que agrade aos nossos leitores desta Conversa Flamenga. E novamente o
nosso colunista das arbitragens discorre sobre esse assunto que ele domina como
ninguém. Dessa vez, faz a radiografia dos 150 jogos dessas primeiras 15 rodadas
de Brasileirão, comprovando que o bom árbitro de futebol é justamente aquele
que não aparece durante os jogos.
É preciso diminuir a influência dos
árbitros nos resultados dos jogos!
por Douglas Galvão
Meus Amigos
Rubronegros
Porque eu insisto nesse tema? - Porque
vejo que "a cada ano a média de gols por partida está diminuindo, e
os gols que acontecem, na maioria, são oriundos de "bolas paradas",
sendo originados de marcações de pênaltis e faltas próximas a área. Isso quando
não são marcações duvidosas da arbitragem, quer dizer, cada vez menos gols em
jogadas criadas pelos jogadores, e cada vez mais gols em lances em que há o
"erro de interpretação" do árbitro, que interfere cada vez mais no
resultado final de uma partida.
Vejam por exemplo, os placares e os gols
acontecidos nas 15 primeiras rodadas(150 jogos) do brasileiro 2015 :
Media de gols
por jogo - 2,19
Media de gols
por time - 1,095(por partida)
Se compararmos com outros esportes:
- O gol com pontos do voleibol,
acontecem uma média de 150 pontos por jogo e no mínimo 75 pontos pro time
vencedor, cada um deles fazendo a torcida vibrar e, ou gritar de emoção.
- O gol com cestas no basquete,
acontecem uma média de 85 cestas por jogo,cada uma delas fazendo a torcida
vibrar e, ou gritar de emoção.
Aí é que vemos que o futebol está
ficando cada vez mais monótono de se assistir!
A interferência dos árbitros no
resultado de uma partida é diretamente proporcional a quantidade de gols que
acontecem nos jogos. Quanto menos gols houver num jogo de futebol mais
tem a probabilidade de interferência dos árbitros no placar final, quer dizer,
fica mais "fácil" de se fazer uma "fabricação de
resultados"!
Como aumentar
a quantidade de gols e diminuir a interferência da atuação dos árbitros no resultado de
uma partida de futebol?
- Inúmeras são as medidas que podem ser
tomadas para que possamos ter partidas mais emocionantes, com mais gols
marcados mas, todas elas passam por modificações nas Regras do futebol para
deixá-lo mais dinâmico. Podemos sugerir algumas que deveriam ser adotadas após
testes em torneios regionais e outras que podem ser feitas sem precisar de
testes, como as que eu defendo a sua aplicação imediata, tais como:
1) Aumentar o tamanho da meta de
2,44mx7,32m para 2,50mx7,50m;
2) Proibir que a bola que já esteja no
campo de ataque seja recuada para o campo de defesa, originando uma falta(tiro
livre indireto) a ser cobrada no local onde ela parar ou ser tocada pelo
defensor. Como é feito no basquete;
3) Repor a bola que sai pela lateral do
campo com os pés, acabando de vez com o arremesso com as mãos e diminuindo que
os jogadores usem desse recurso para paralisar e enfeiar o jogo.
4) O escanteio ser cobrado num quarto de
círculo na interseção da linha da grande área com a linha de fundo.
Outras medidas poderão ser sugeridas
para modificar as Regras do futebol com o intuito de melhorar o esporte,
deixando-o mais dinâmico e com mais gols durante os jogos, diminuindo ao máximo
a interferência dos árbitros no resultado dos jogos, os jogadores colocar a
bola pra fora a todo instante, como tambem fazer com que os treinadores acabem
com essa mania de "jogar no erro do adversário", indo a frente só em
contra-ataques ou aproveitar a "bola parada" pra fazer 1 gol e se
retrancar ao extremo para garantir o resultado de 1x0, pra "garantir o
emprego" como o faz o TITE e outros treinadores brasileiros, considerados
exemplo de treinadores bem sucedidos.
Isso tambem está fazendo com que o
futebol brasileiro se torne monótono e perca a sua criatividade tão admirada em
todo o mundo!
VAMOS CONVERSAR? VAMOS DISCUTIR ESSE
ASSUNTO??
Pescaria
no Maraca
por Victor Esteves
Depois deste palpitante preâmbulo do
amigo DG, volto nosso foco para o jogo deste fim de semana contra o Santos. O
Flamengo está voltando a fazer o seu dever de casa, que é ganhar os jogos
contra os times mais fracos. E o Santos, que me perdoem as viúvas do Pelé, não
é um time para meter medo, muito menos no Maracanã lotado que esperamos ver. O
Peixe vem mal no Campeonato, com duas vitórias a menos que o Flamengo, embora
estejam apenas 3 pontos atrás. Como em qualquer jogo, o Flamengo precisa tomar
cuidado, pois se o Santos já levou 22 gols, o Mengão segue perto com 19
tomados. E o ataque santista já fez 19 gols e o rubronegro apenas 14.
Resumindo, seria uma partida difícil e equilibrada se o Mengão não estivesse com
seu ataque revitalizado. Falem o que quiser, mas Guerrero e Sheik dão outra
vida ao time. A impressão é que eles acabam fazendo o time inteiro correr mais.
E mesmo sem entrar com meias titulares, estamos fazendo nossos golzinhos,
sempre com a participação do peruano.
Fico imaginando o dia em que tivermos meias de verdade desde o início da
partida, e estes meias tiverem mais qualidade do que Alan Patrick e Cia. Grande
chances de embalar, pelo menos até que as eliminatórias da Copa nos deixem na
mão de novo.
E já
que falamos das dificuldades, vamos levantar a bola da maior dificuldade que eu
vejo, você vê, mas o nosso técnico não vê: Falta meia nesse time! A previsão é
que já contra a Ponte Preta o Ederson estreie, mas até lá precisamos de mais
jogadores criativos e menos de volantes. Até porque este excesso de volantes
não está de fato protegendo a nossa defesa nem evitando os gols. Devem voltar
Samir e como Wallace está recuperado da lombalgia, provavelmente o Cristóvão
virá com os dois, colocando no banco o Marcelo e o Cesar Martins, cujos
primeiros 90 minutos não permitiram uma avaliação completa. O Martins
demonstrou em alguns lances uma boa técnica e capacidade de sair jogando do
jeito europeu, mas em alguns momentos me lembrou muito o Junior Baiano, que garantia
fortes emoções em todos os jogos. Sobre a dupla de volantes, com Jonas fora,
imagino que ele volte com Cáceres e Canteros. Na minha opinião, jogando de
Segundo volante o canteros é bom. Mas quando entra o Márcio Araújo, que nao
cria nada, o Canteros tenta jogar Armando e nisso ele fica devendo. Nem vou
falar mais do Márcio Araújo, porque este é outro erro que o mundo inteiro
aponta, mas todos os técnicos parecem não ver. Poderíamos descrever aqui os
inúmeros lances perdidos, o retardamento do jogo provocado pelos seus passes
para o lado e para trás, mas nada parece afetar a sua titularidade. Toda vez
que este jogador entra em campo começo a pedir a cabeça do Cristóvão, mas como
também não acho que o Jaime faria diferente, e na ausência de nomes para assumir
o lugar do padroeiro dos volantes, desisti de pedir a sua saída. Imagino que
esta mania seja como uma gripe do vírus Influenza, que as vezes dura
mais do que desejamos, mas que acaba indo embora, vencido pela resistência desse
corpo massivo, que é a Nação Rubronegra. Rezo para que em algum momento ele
caia em si e que, com a entrada do Ederson, o caramujo saia de vez do time.
Volto a repetir, mesmo que em vão: estamos jogando com 10 jogadores! Cada
vitória é um sufoco e o time ainda não está jogando bem. Um ataque fabuloso sem
jogadores que façam a bola chegar nele. A esperança é que o Mengão, incentivado
por sua torcida maravilhosa, que espero que bata o recorde de público, se
supere e consiga mais três pontos, vencendo o time da baleia. E quem sabe desta
vez o treinador se irrite menos com as perguntas dos jornalistas sobre os três
volantes e resolva entrar com pelo menos um meia de ofício?
Pra
cima deles, Mengão!