segunda-feira, 16 de março de 2015

IWAPU (levantando a bola, em Xavante)

Amigos rubronegros, apesar deste segundo confronto contra o Brasil de Pelotas ser um jogo mais importante do que o clássico de domingo, já que vale “o caminho mais curto” para a Libertadores de 2016, é impossível não pensar no jogo do fim de semana, onde podemos fazer o  Vasco “perder mais um título” e quem sabe roubar liderança do Carioquinha, se nosso ataque funcionar e os demais times tropeçarem. Mas esse assunto fica para a próxima coluna.
Mas se esse pensamento passa pela nossa cabeça, nossos jogadores precisam estar com foco total na partida contra os rubronegros gaúchos, porque de surpresa ruim já estamos de saco cheio, incluindo as lesões que tantos jogadores sofreram neste começo de ano: Eduardo da Silva, Gabriel, Léo Moura, Pico, Samir, Everton, Nixon, Maia... Convenhamos que isso foi um fator importante na indefinição dos onze melhores  que nós tanto pedimos, de um time base em que o esquema esteja definido e as substituições sejam pontuais.
Dificilmente o Brasil de Pelotas vai começar imprimindo o ritmo alucinante que impôs ao Flamengo com o apoio de sua torcida. Peguei no Footstats alguns dados para analisar como foi o primeiro jogo desta fase da Copa do Brasil. Naquele jogo, a posse de bola do Flamengo foi ligeiramente superior, com 55%. Finalizamos 8 vezes, mas apenas 5 na direção certa do gol, incluindo os dois gols. O Brasil fez 12 finalizações, mas 8 para fora do gol. Trocamos 416 passes, com 91% de acerto, contra apenas 202 passes do Brasil. Fizemos 11 cruzamentos, mas apenas um certo, ou seja, apenas 9% de acerto neste fundamento. Fizemos 67 lançamentos, mas erramos 63% deles. Desarmamos 26 jogadas, e em apenas 3 oportunidades o desarme não teve sequencia com a nossa posse de bola. Me lebro que no dia seguinte eu escrevia que o time não driblava: Apenas 5 dribles feitos pelos nossos jogadores, dos quais 2 deram errado. Fizemos 7 viradas de jogo e 16 faltas, contra 10 faltas do Brasil. E levamos 3 cartões amarelos. Resumo da ópera: teria sido um belo jogo se não tivéssemos tomado o golzinho no apagar das luzes. Os números por si só não dão o retrato da partida para quem não viu, mas foi um jogo de paciência, de muita troca de passe, muitas tentativas frustradas de penetração, faltoso, sem o brilho dos dribles e com poucas oportunidades de gol. Das que tivemos, duas bolas entraram.
O fato é que precisamos nos livrar logo desse jogo e olhar para o Vasco, mas não podemos cair na armadilha de que, por ser no Maracanã, o jogo está ganho. O ideal seria realmente fazer de um gol logo no primeiro tempo e aproveitar o resto do jogo para ensaiar como vamos jogar contra o bacalhau. Mas qualquer um a zero está de bom tamanho, pois o que interessa é passar de fase, pois a fase seguinte não promete grande dificuldade, e usar a vitória como forma de “iwapu” , ou seja, de levantar a bola e a moral para o jogo de domingo.
Quanto ao time, deve ser Paulo Victor, Cirino, Márcio Araújo e mais 8. Eu imagino que os laterais devem ser mesmo Pará (que fez seu primeiro gol pelo seu time do coração no primeiro confronto em Pelotas) e Pico,  e a zaga deve vir com Bressan e Wallace. Mesmo não acertando tudo acredito que Canteros deva ocupar o seu lugar, provavelmente com Jonas ao seu lado. Gabriel e Maia talvez sejam os jogadores que completam o time. Mas com chances e entrar o Paulinho, o Luiz Antonio e o Cáceres durante o jogo. Mas tudo isso é mera especulação, não tenho realmente a informação da escalação até o momento.
Dizem que a dança dos xavantes é um belo espetáculo da nossa cultura indígena. Vou torcer muito para os xavantes dançarem e o Mengão seguir em frente.

Pra cima deles, Mengão!

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