Fla x Flu vira Show do Intervalo

E quem diria, amigos, que um jogo importante como um Fla x Flu virou uma espécie de “preliminar no meio do jogo” ou seja, uma espécie de distração até que chegue a quarta feira e possamos sacramentar nossa ida à final da Copa do Brasil. Não é que o Fluminense não mereça uma raquetada para selar de vez a cova do enterrrador de times Luxemburgo. Mas o fato é que estamos a oito pontos da zona de rebaixamento e podemos arriscar jogar com o time misto. Uma derrota ainda nos daria tempo de recuperação sem entrar na zona da degola. Por outro lado, se o Fluminense perder e a Ponte Preta ganhar, o que é plenamente possível porque a Ponte joga contra o Vice Lanterna (não é o Vasco), o Criciúma, coloca o Flu na Z4, pois teria uma vitória a mais que os tricolores. Portanto, a motivação tem que vir da expectativa de zoar os tricolores o resto da semana. De brinde, complicaremos ainda mais a vida do empresário travestido de treinador, que parece pagar em vida o que achava que só ia prestar contas no Inferno...

Tem sido uma boa discussão essa decisão de poupar jogadores. Mas é notória a queda de rendimento de nosso time no segundo tempo dos jogos. E não é só pelo fato de jogar duas vezes por semana. A rotina de viagens, hotéis, vôos e quase nenhum treinamento de campo, a meu ver, é desumana. O Léo Moura, por exemplo, que vem jogando em alto nível de novo, não tem mais condições de jogar sem descansar. O Elias vem jogando menos e parte do seu desempenho pode ser atribuído ao problema de saúde de seu filho. O Chicão é outro que vem se acertando em campo e compondo uma defesa segura ao lado do Wallace, o “renascido”. Mas é evidente que não tem mais o preparo físico e a velocidade de seus melhores dias. André Santos, que na lateral tem feito boas partidas por conta de seu entendimento com o Paulinho, é outro que cansa visivelmente no meio do jogo. E o Paulinho, com a correria que o caracteriza, só de imaginar que entrará 100% contra o Goiás, merece este descanso. Assim, sou totalmente  favorável à atitude do Jaime de preservar estes jogadores para as partidas mais importantes. É uma discussão sem fim, mas deu certo da última vez.

Com cinco vagas na equipe, é hora de pensar em quem vai substituí-los. Preocupa bastante as duas laterais. Digão é um jovem voluntarioso e grosso, e o João Paulo de bonito só tem o nome do Papa, porque seu futebol é bem ruinzinho. Menos mal que o Jaime os colocou nesta sexta para treinar cruzamentos. Samir ainda não será relacionado, mas já vem treinando com bola e deveremos tê-lo de novo em campo ainda nesse Brasileirão. Eu entraria com Frauches na lateral esquerda, o que já foi feito e deu certo. Na direita, só espero que o Jaime não desloque o Luiz Antonio para a posição, onde ele não pode desenvolver o seu melhor futebol. Há chances de entrarmos com Nixon ou com Marcelo Moreno. Apesar de ver o Moreno disputando vaga com o Hernane (o artilheiro do Maracanã e portanto candidatíssimo a batizar a rede tricolor neste domingo), entendo que seria uma boa oportunidade do boliviano começar a sua recuperação e provar que pode ser útil ao time ainda. E só falei de escalação porque são muitas vagas para serem preenchidas e nem o Jaime pode fazer milagres nesta questão, porque de um modo geral eu não tenho mais discutido a formação do time, melhor "deixar o homem trabalhar".

O fato é que o nosso técnico, mansamente, sem piti nem estrelismo, vem dando a esta equipe uma consciência tática inimaginável para quem o achava “um técnico menor”. Além disso, é notório o entendimento dos nossos jogadores, tanto nas tabelas e cruzamentos, como na discussão sobre os próximos passos em campo. Você vê pela TV o time discutindo as alternativas, um gritando com o outro, orientando o posicionamento, ou seja, isso é um time e não um bando. Tenho um amigo que dizia que não basta ter um grupo com o mesmo objetivo. Uma fila de ônibus é isso e não é uma equipe. Mas esse time, com sua aplicação, foco e comprometimento, tem dado prazer para nós de vê-lo em campo. Todas as homenagens ao Jaime por esta conquista, que até agora vem repetindo o sucesso de técnicos oriundos do campo e da Gávea, como Carpegianni, Carlinhos e Andrade.

Que os entrantes tenham esta mesma consciência e determinação, que a torcida compareça em bom número, mesmo com o jogo importante do meio da semana e que o a preliminar do jogo contra o Goiás seja mais uma alegria para esta imensa Nação Rubronegra.

SRN !

do Editor de Bobagens: Como surgiu o "Pó de Arroz" ? A hipocrisia vem do próprio site tricolor....

“Pó-de-Arroz” surgiu após a transferência do jogador Carlos Alberto, do América para o Fluminense. Por ser mulato e a camisa branca do Fluminense produzir maior contraste em relação a sua pele, do que a sua antiga camisa do América, o jogador antes de entrar em campo, no dia 13 de maio de 1914, tentou disfarçar sua cor colocando um pouco de pó-de-arroz no rosto, pois estava preocupado com os aristocráticos torcedores tricolores da época. Na ocasião, o Flu enfrentou justamente a equipe rubra e empatou em 1 x 1 nas Laranjeiras, gol de Welfare.

Ao iniciar a partida, seu suor começou a escorrer pelo rosto e levava consigo o pó anteriormente aplicado. Assim que os torcedores adversários viram a cena, pois já conheciam o jogador, notaram que estava com a tonalidade da pele diferente – malhada -, começaram então da arquibancada a gritar “pó-de-arroz”, “pó-de-arroz”, surgindo desta maneira o novo apelido que também foi incorporado ao clube.