Amigos rubronegros, não tem como começar uma nova coluna sem
falar do último jogo. Agora que a raiva já passou, me permito saudar a
cachorrada e cumprimenta-los pela conquista da charmosa Taça Guanabara.
Ganharam merecidamente o título, e para um time que acabou 2014 despedaçado,
rebaixado, com contas e salários atrasados, e trocou o time todo, foi mesmo uma
vitória muito saboreada. Parabéns ao alvinegro, que conseguiu chegar no fim dos
15 jogos rigorosamente empatado em tudo com o Mengão: Pontos Ganhos, Saldo de
Gols, Gols Marcados e Número de Vitórias. Foi vencedor o Botafogo por conta
daquele gol marcado justamente contra o Flamengo, que levou nosso time à única
derrota do campeonato e do ano. É claro que nenhum rubronegro ficou feliz, mas
não dá para chorar em cima do leite derramado. Temos um time formado, que lutou
contra desfalques praticamente o campeonato inteiro, e mesmo com a limitação de
números de jogadores, entrou em campo nas quinze rodadas para vencer o adversário.
Tivemos um acidente de trabalho (Alecsandro no gol) no empate contra o Macaé,
outro empate contra o Madureira que provou ser um time complicado de vencer, e
que quase foi finalista e... o tal último jogo. A verdade é que demos um azar
infernal. A bola rondou a linha do gol pelo menos 15 vezes e não entrou! Talvez
resida nisso a beleza do futebol, preconizada pelo personagem “Sobrenatural de
Almeida” de Nelson Rodrigues. Vamos em frente, sem chororô, que aqui é
Flamengo.
Para o jogo do domingo, me lembrei de uma expressão que eu
aprendi nestes vinte anos de capital paulista. Quando alguma coisa aqui se
torna comum, repetitiva e costumeira, diz-se que “virou carne de vaca”, por ser
esta a proteína animal mais consumida do Brasil (quem achar que era a de frango
está enganado, pesquisei para ter certeza, rsrsrsrs). Assim, ainda no campo do
consumo animal, comer o bacalhau cruzmaltino “virou carne de vaca”. Nem vou
repetir aqui os anos, as partidas e os gols da vantagem rubronegra, já fiz isso
na coluna que antecedeu a nossa vitória do turno. Se não fosse pelo sabor extra
de comer o bacaiau véio do Furico, nem tinha mais graça... Mas como o
campeonato parece ter sido feito sob medida para o Vasco ser beneficiado, ver o
plano maquiavélico dar “com os burros nágua” é especialmente delicioso. Pena
que serão dois jogos. Por mim a semifinal devia ser em jogo único, sem vantagem
para ninguém, com prorrogação e disputa de pênaltis, se necessário. Imagino que
a necessidade de arrecadar para encher o cofre da Federação fale mais alto. Mas
já que é assim, espero duas vitórias contra o time de São Januário. Uma pena
também que somos obrigados a cruzar com o Vasco agora, impedindo a Cruz de Malta de ser Vice de novo. Mas quem sabe não tenhamos um Fla Flu na final, justamente
os dois únicos times que tiveram a hombridade de se levantarem contra a
poderosa e caquética federação que dirige o futebol do Rio? Seria a glória!
Quanto ao time, temos alguns retornos importantes, mas nada
me tira da cabeça que deixaram o julgamento do Paulinho e do Pico mais para a
frente justamente para nos ferrarem na outra semi, ou mesmo nas finais. Pode
ser mera Teoria da Conspiração, mas depois dessa suspeitíssima suspensão do
nosso treinador, não duvido de mais nada. Acredito que vamos de Paulo Victor,
Pará, Bressan e Wallace, Pico, Jonas, Canteros e Marcio Araujo, Cirino, Everton
e Alecsandro. Com possibilidade de entrarem Maia e Gabriel. Mas não importa
muito tanto assim a escalação. O que importa é que o ataque funcione e marque
gols. Em número maior do que o Vasco possa fazer. Simples assim. E sem o azar
do último jogo. Aliás, li muito sobre falta de raça, de sangue e de empenho.
Revi o jogo, respeito as opiniões diferentes, mas acho que simplesmente não
tivemos competência para superar a má sorte. Que isso tenha acabado e que
consigamos uma grande vitória neste primeiro jogo!
Pra cima deles, Mengão!
Vamos ser campeões, vamos Flamengo! ♬ ♫ ♪ ♩
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