domingo, 19 de abril de 2015

É preciso competência para vencer


Amigos conversantes e espiantes, estou subindo esta coluna para não deixar a ilustração sobre o Márcio Araújo como uma má profecia realizada. Não é um “pós jogo”. É um “pós campeonato” para nós. Hora de juntar os cacos e fazer algumas reflexões.

1.    Passamos a semana ouvindo vascaínos dizendo que o Flamengo era sempre beneficiado e que isso ia se repetir neste jogo. Embarcou nessa onda a imprensa, a torcida e o resultado está aí. O árbitro inverteu faltas, escanteios, marcou um pênalti inexistente, poderia ter marcado um no Pará, não deu cartão amarelo para o jogador que fez exatamente o que o Alecsandro fez outro dia (ir comemorar com a torcida) – seria o segundo e logicamente resultaria na expulsão do atacante vascaíno, e por ironia, também não expulsou o jogador que escalou as costas do Pico, levantando a perna da mesma forma que o Jonas, que foi o “motivo” do chororô vascaíno. Perdemos por conta da arbitragem? Não! Perdemos porque não tivemos competência para vencer o fraco time do Vasco, e porque não conseguimos superar a arbitragem viciada e amolecida por uma semana (ou um ano) de propaganda “preventiva”.

2.    Este espaço rubronegro tem muitas opiniões diferentes entre seus frequentadores e apenas uma unanimidade: Márcio Araújo. Cansamos de dizer que este jogador não tem condições de vestir a camisa rubronegra. Profeticamente, vários escreveram aqui sobre o perigo de contar com um jogador como ele em um jogo decisivo, capaz de fazer uma presepada como a de hoje, entregando uma bola de bandeja para iniciar o contrataque que gerou o ilegítimo gol cruzmaltino. E depois ainda tentou repetir a jogada, nas duas vezes criando uma situação onde a nossa defesa foi pega desprevenida, pois o time estava indo para a frente. Eu mesmo cheguei a pensar se estávamos exagerando. Quis o destino que comprovássemos, justamente em um jogo valendo a ida para a final, que estávamos certos. Cheguei a ler em outros espaços rubronegros que ele estava jogando bem e até que era “peça importante no esquema do Luxa”. Peça fundamental é o cacete! Jogador medíocre, que nunca teve espaços nos outros times por onde passou, e que só mesmo na cabeça obtusa do Luxemburgo poderia ter a titularidade do tipo “Caramujo e mais 10”. Que me desculpe o profissional Marcio Araújo, mas o jogador Maraújo é muito ruim. E provou isso neste jogo.

3.    O Vasco não mereceu a classificação. Mas o Flamengo também não. Entrar com Cirino e Everton para depois tirar os dois de uma vez foi o cúmulo do desespero. Ali terminamos de “não vencer o jogo”. Ali a genialidade do técnico foi comprovada como uma grande farsa. O Luxa começou bem o ano e mesmo com os desfalques podia ter inventado mesmo e parado com essa história de 3 volantes, de times sem meias e de inventar jogador em posições onde eles nunca jogaram. Time versátil é o cacete também! O ataque parou de funcionar e ficou assim por 3 jogos. Quem não faz gol não vence as partidas. Como dissemos em outra coluna, o medo de perder tira a vontade de vencer. O Luxemburgo jogou o time na retranca, e jogou contra os times grande com a mesma covardia que vimos em jogos contra pequenos.

4.    Não queria que o Luxemburgo fosse embora ... até o fim do jogo de hoje. Para armar o time desse jeito, bota o Jaime de Almeida mesmo. Pelo menos ele é humilde e não sai dando declarações na imprensa e arrumando ideia com a máfia da Federação. Claro que isso não quer dizer que sou a favor da mordaça. Mas uma coisa é verdade: Se o Flamengo assinou o regulamento, incluindo a limitação de inscrição de jogadores, ficar reclamando pela imprensa tem efeito zero. Depois de punido (injustamente, claro) ele ainda foi alimentar o mimimi sobre o assunto. Acabou suspenso dois jogos decisivos e naquele momento fez falta uma voz ao lado do campo. Tudo isso me parece motivado por uma vaidade imensa e não por uma defesa de um bom campeonato. Que aliás não é função dele. Que deixe para os dirigentes este tipo de crítica e se limite ao trabalho dentro do campo. Uma verdade se impôs: O orgulho do Luxa continua o mesmo, a soberba parecia estar presente quando o time se comportava como se o  gol fosse surgir a qualquer momento. Aqui em São Paulo estão dando como certa a contratação dele pela Bambilândia. No começo achei uma sacanagem. E é. Mas se for verdade, vai com Deus e vamos aproveitar que temos algum tempo até o início  do Brasileiro para recomeçar um trabalho que se anunciava como promissor, mas que não teve competência para vencer um campeonato de times fraquíssimos. A torcida fez a sua parte. Sou capaz de dizer que até a diretoria fez a sua parte. Não culpo os jogadores simplesmente, porque eles são o que temos para o momento e suas limitações são conhecidas. Dizem que errar é humano, mas encontrar um culpado é divino! Para mim o culpado foi o Luxa. E a continuarmos com este esquema medroso e sem meio campo, recheado de volantes e baseado em chutões para a frente, vamos passar sufoco até contra o Salgueiro de Pernambuco. E olhe que temos uma chave com pelo menos mais duas fases absolutamente fáceis nesta Copa do Brasil. Que pelo menos nessa Copa possamos manter as esperanças.

Finalizando, perder faz parte do jogo, não podemos ficar chorando erros de arbitragens, porque eles acontecem para os dois lados e mesmo que a arbitragem seja venal, como acredito que foi neste último jogo, precisamos ter a competência para vencer o adversário, a torcida contrária e até mesmo uma arbitragem safada. O que não faz parte do jogo é jogar pelo empate, é abdicar de fazer gols e de vencer uma partida.

Que o melhor para o Flamengo aconteça, porque nós estaremos aqui, na vitória ou na derrota, sempre apoiando o time, mas nos sentindo com direito de espinafrarmos qualquer vestígio de medo, omissão ou covardia.

Mengão, sempre estaremos contigo. Que as lições dos dois jogos contra o Vasco sejam aprendidas e gerem alguma reflexão sobre os erros cometidos. E que o time da Série B saia vitorioso, pois o campeonato inteiro foi de série B mesmo.

Saudações Rubronegras!

Prefácio do Jogo do Urubu contra o Carcará: Apenas uma coisa pode ser dita neste momento. Que o time do Flamengo honre a sua torcida que comparecerá ao campo, que compareceu para o treino, que o recebeu em Juazeiro, e que estará assistindo em todo o Brasil. E hontar a sua torcida é jogar pra frente, com alegria e disposição de fazer muitos gols. Isso é Flamengo!

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