Meus amigos
rubronegros, não sei vocês, mas para mim ficar 10 dias sem Flamengo é uma prova
de fogo. O último jogo parece que foi no século passado e o próximo parece que
só milênio seguinte... Eu não sei exatamente em que momento isso começou a
acontecer, mas o fato é que o pouco interesse gerado pela Seleção Brasileira
parece que aprofundou este sentimento de que “nem sei mais se gosto de futebol,
eu gosto mesmo é do Flamengo”. Já discutimos aqui no Conversa a razão deste
arrefecimento do sentimento nacionalista de torcer pela Seleção. Mas acredito
que este desprezo pela seleção nasceu aos poucos, a cada convocação que trazia
nomes que nunca tínhamos visto jogar. Nomes que mais de 80% da torcida nunca
tinha sequer ouvido falar. Nem quero dizer que todos eram maus jogadores, e que
estavam ali só para serem expostos nesta vitrine de luxo que é a Seleção.
Alguns seriam titulares em grandes clubes brasileiros. Ou não seriam, porque
logo depois das convocações estes jogadores são vendidos por cifras
astronômicas, afastando de vez estes jogadores dos gramados brasileiros. Ao
longo do tempo, e principalmente depois da conquista de 2002, este fato foi não
só se repetindo muitas vezes como se tornando uma constante: Quem será o jogador
convocado sobre o qual não conhecemos absolutamente nada? O resultado esta aí.
A paixão pelo Clube continua enchendo os estádios e a audiência dos jogos da
seleção vem caindo a ponto da última partida contra os Estados Unidos ter dado
apenas 13 pontos de IBOPE, quase empatando com os 8 pontos de um programa de
culinária no mesmo horário. Mas nem precisamos consultar o IBOPE e nos
arriscarmos a ouvir algo sobre a “margem de erro”. Basta falar com o seu amigo,
com o povo nas ruas, com a galera que se juntava para assistir juntos os jogos
do Brasil. Deixou de ser um programa para se fazer em grupo. E assistir
sozinho, para falar a verdade, tem dado um sono...
Cada um tem uma
maneira própria de se precaver para este período de síndrome. Alguns tentam se
esquecer, evitam assistir aos programas esportivos ou ler sobre os treinamentos
do time. Outros ao contrário, passam a a consumir tudo que fala de Flamengo, desde
as “belas da torcida” até as fofocaiadas dos candidatos a presidente. Pode até
passar um tempo, mas não resolve. No meu caso, já programei uma viagem sem
computador, mas para o Rio de Janeiro, onde eu espero que algum patrocinador se
digne a comprar o jogo amistoso no espírito Santo e a TV resolva transmitir o
jogo. Além disso, vem aí também uma sessão nostalgia com os jogos do time de 81
que eu tenho gravados. Lá vou eu rever pela centésima vez a batalha contra o
Cobreloa e a humilhação do Liverpool depois de apenas 45 minutos de jogo na
final do Intercontinental de Clubes de 1981. Não sei se faz bem assistir a
esses craques jogando, porque depois, contra o Figueirense, temos que voltar a
realidade e ver Massaraujo no lugar que já foi do Andrade...
Talvez a melhor
maneira de vencer este período sem Mengão seja a de voltar os olhos para as
nossas promessas, como foi acompanhar o Sub 20 contra o Cruzeiro no jogo de ida
das oitavas da Copa do Brasil 2015. Ou lembrando da nossa grande revelação de
2015, o lateral Jorge. Sobre isso recebi um texto do amigo e historiador
rubronegro Elias Costa Silva que tomo a liberdade de publicar a seguir, pois
vale a pena curtir esse momento rubronegro:
CRAQUE, O FLAMENGO AINDA FAZ EM CASA !!!
Por Elias
da Costa Silva
Jorge Marco de Oliveira Moraes, mais
conhecido como Jorge, nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de março de 1996. Chegou
ao FLAMENGO em 2008, com apenas 11 anos de idade. Logo, começou a destacar-se
nas categorias de base do Clube, atuando tanto como lateral esquerdo quanto
como meia.
Em 2011, conquistou a Lion City Cup e em
2013, foi o grande destaque na equipe rubro-negra vice campeã da Copa do Brasil
Sub-17. Fez parte do grupo que disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior de
2014, tendo sido titular em um jogo. Estreou como profissional pelo Flamengo no
empate por 2 a 2 diante do Bangu em partida válida pela 14ª rodada da Taça
Guanabara do Campeonato Carioca de 2014.
No dia 15 de julho de 2015, Jorge fez
seu primeiro gol como profissional, em uma partida válida pela Copa do Brasil,
contra o Náutico na Arena Pernambuco, na qual o Rubro-Negro Carioca ganhou por
2 X 0.
Atualmente é titular absoluto da
lateral-esquerda do Fla, deixando o badalado Pablo Armero no banco de reservas
(Armero contundiu-se gravemente e não deve jogar mais na atual temporada).
O futebol desse menino é de "encher
os olhos" de qualquer torcedor ... Habilidoso, com dribles curtos, passes
certeiros e faz lembrar-me o exuberante futebol do nosso Júnior Capacete e do
Felipe, ambos LE, mas que acabaram indo jogar de meia, e acho que esse será o
caminho dele também, pelo futebol requintado que tem.
Depois de Renato Augusto, Jorge surge
como a grande promessa de craque rubro negro, e o menino que o substituiu no
sub-20 vai para o mesmo caminho (Marquinhos) e pelo que vi ontem, outros mais
virão. Podem acreditar nisso, pois ainda temos o Jajá, Trindade, Thiago Santos,
Cafu, mais a dupla de zaga (com Dumas). Baggio, Matheus Sávio ... acho que
dessa turminha, vingam uns 3 no mínimo.
E
VAMOS QUE VAMOS, MENGUINHOOOOOOOOOOOOO !!!
E
na longínqua quarta feira que vem, pra cima deles, Mengão!
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