quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Síndrome de Abstinência de Mengão


Meus amigos rubronegros, não sei vocês, mas para mim ficar 10 dias sem Flamengo é uma prova de fogo. O último jogo parece que foi no século passado e o próximo parece que só milênio seguinte... Eu não sei exatamente em que momento isso começou a acontecer, mas o fato é que o pouco interesse gerado pela Seleção Brasileira parece que aprofundou este sentimento de que “nem sei mais se gosto de futebol, eu gosto mesmo é do Flamengo”. Já discutimos aqui no Conversa a razão deste arrefecimento do sentimento nacionalista de torcer pela Seleção. Mas acredito que este desprezo pela seleção nasceu aos poucos, a cada convocação que trazia nomes que nunca tínhamos visto jogar. Nomes que mais de 80% da torcida nunca tinha sequer ouvido falar. Nem quero dizer que todos eram maus jogadores, e que estavam ali só para serem expostos nesta vitrine de luxo que é a Seleção. Alguns seriam titulares em grandes clubes brasileiros. Ou não seriam, porque logo depois das convocações estes jogadores são vendidos por cifras astronômicas, afastando de vez estes jogadores dos gramados brasileiros. Ao longo do tempo, e principalmente depois da conquista de 2002, este fato foi não só se repetindo muitas vezes como se tornando uma constante: Quem será o jogador convocado sobre o qual não conhecemos absolutamente nada? O resultado esta aí. A paixão pelo Clube continua enchendo os estádios e a audiência dos jogos da seleção vem caindo a ponto da última partida contra os Estados Unidos ter dado apenas 13 pontos de IBOPE, quase empatando com os 8 pontos de um programa de culinária no mesmo horário. Mas nem precisamos consultar o IBOPE e nos arriscarmos a ouvir algo sobre a “margem de erro”. Basta falar com o seu amigo, com o povo nas ruas, com a galera que se juntava para assistir juntos os jogos do Brasil. Deixou de ser um programa para se fazer em grupo. E assistir sozinho, para falar a verdade, tem dado um sono...
Cada um tem uma maneira própria de se precaver para este período de síndrome. Alguns tentam se esquecer, evitam assistir aos programas esportivos ou ler sobre os treinamentos do time. Outros ao contrário, passam a a consumir tudo que fala de Flamengo, desde as “belas da torcida” até as fofocaiadas dos candidatos a presidente. Pode até passar um tempo, mas não resolve. No meu caso, já programei uma viagem sem computador, mas para o Rio de Janeiro, onde eu espero que algum patrocinador se digne a comprar o jogo amistoso no espírito Santo e a TV resolva transmitir o jogo. Além disso, vem aí também uma sessão nostalgia com os jogos do time de 81 que eu tenho gravados. Lá vou eu rever pela centésima vez a batalha contra o Cobreloa e a humilhação do Liverpool depois de apenas 45 minutos de jogo na final do Intercontinental de Clubes de 1981. Não sei se faz bem assistir a esses craques jogando, porque depois, contra o Figueirense, temos que voltar a realidade e ver Massaraujo no lugar que já foi do Andrade...
Talvez a melhor maneira de vencer este período sem Mengão seja a de voltar os olhos para as nossas promessas, como foi acompanhar o Sub 20 contra o Cruzeiro no jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil 2015. Ou lembrando da nossa grande revelação de 2015, o lateral Jorge. Sobre isso recebi um texto do amigo e historiador rubronegro Elias Costa Silva que tomo a liberdade de publicar a seguir, pois vale a pena curtir esse momento rubronegro:


CRAQUE, O FLAMENGO AINDA FAZ EM CASA !!!
Por Elias da Costa Silva

Jorge Marco de Oliveira Moraes, mais conhecido como Jorge, nasceu no Rio de Janeiro, em 28 de março de 1996. Chegou ao FLAMENGO em 2008, com apenas 11 anos de idade. Logo, começou a destacar-se nas categorias de base do Clube, atuando tanto como lateral esquerdo quanto como meia.

Em 2011, conquistou a Lion City Cup e em 2013, foi o grande destaque na equipe rubro-negra vice campeã da Copa do Brasil Sub-17. Fez parte do grupo que disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2014, tendo sido titular em um jogo. Estreou como profissional pelo Flamengo no empate por 2 a 2 diante do Bangu em partida válida pela 14ª rodada da Taça Guanabara do Campeonato Carioca de 2014.

No dia 15 de julho de 2015, Jorge fez seu primeiro gol como profissional, em uma partida válida pela Copa do Brasil, contra o Náutico na Arena Pernambuco, na qual o Rubro-Negro Carioca ganhou por 2 X 0.

Atualmente é titular absoluto da lateral-esquerda do Fla, deixando o badalado Pablo Armero no banco de reservas (Armero contundiu-se gravemente e não deve jogar mais na atual temporada).

O futebol desse menino é de "encher os olhos" de qualquer torcedor ... Habilidoso, com dribles curtos, passes certeiros e faz lembrar-me o exuberante futebol do nosso Júnior Capacete e do Felipe, ambos LE, mas que acabaram indo jogar de meia, e acho que esse será o caminho dele também, pelo futebol requintado que tem. 

Depois de Renato Augusto, Jorge surge como a grande promessa de craque rubro negro, e o menino que o substituiu no sub-20 vai para o mesmo caminho (Marquinhos) e pelo que vi ontem, outros mais virão. Podem acreditar nisso, pois ainda temos o Jajá, Trindade, Thiago Santos, Cafu, mais a dupla de zaga (com Dumas). Baggio, Matheus Sávio ... acho que dessa turminha, vingam uns 3 no mínimo.

E VAMOS QUE VAMOS, MENGUINHOOOOOOOOOOOOO !!!



E na longínqua quarta feira que vem, pra cima deles, Mengão!

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