Amigos rubronegros
do Conversa Flamenga, depois dos últimos dias discutindo aqui o elenco atual, e
a se confirmar que vamos estrear neste domingo sem nenhuma contratação de peso,
imaginar o desempenho do Flamengo neste Brasileirão é tarefa ingrata e quase
impossível de ser prevista. Bom, se me perguntarem direi que o Flamengo será
campeão, claro. Quero ser o primeiro a dizer isso, em um momento de dúvidas e
incertezas. Mas o fato é que nenhum analista ou torcedor, por mais bem
informado que esteja, por mais que entenda os meandros do “nobre esporte
bretão” pode afirmar hoje que o Flamengo alcançará o seu objetivo mínimo, que
imagino que seja uma vaga na Libertadores para 2016. E digo objetivo mínimo
porque o nosso torcedor vem sendo catequisado para acreditar que cada ano será
melhor que o anterior, que a cada ano as receitas crescentes e o escalonamento
e a diminuição das dívidas permitirá voos cada vez mais ousados em termos de
elenco e de títulos. Portanto, para 2016, a disputa da Libertadores é condição
fundamental para que este planejamento aconteça de verdade. Não faz sentido ir
formando um timaço para disputar o carioquinha do ano que vem e ficar fora das
competições internacionais. A bem da verdade, confesso que nem espero um timaço
para 2016. Para o próximo ano meu sonho mesmo é o início da construção do
Urubuzão, nosso estádio jogos de até 30 ou 40 mil pessoas. Mas isso é assunto
para outra coluna...
Mas seguindo as
coordenadas traçadas por esta diretoria, no máximo em 2017 realmente teremos
condições de formar um timaço, com estrelas e jogadores consagrados sendo
contratados para se unirem às joias que conseguirmos coletar até lá. Não tenho a menor dúvida de que este caminho
da austeridade e da responsabilidade trará frutos e é o único meio de dar este
salto, que nos tirará da mediocridade dos últimos anos, cujos resquícios ainda estão
no elenco atual. Mas o problema é nosso
coração resistir até lá, a essa “fadiga de viagem”...
Neste loooongo
intervalo entre o fim do Carioca e o início do Brasileiro, as redes sociais
testemunharam de tudo, em se tratando de Flamengo. Desde especulações absurdas
à notícias plantadas por empresários ou grupos de interesse. Falaram de Pato,
de Robinho, de Alex do Inter, de Mancuello e outros. Disseram que Cirino, Jonas, Samir e
Alecsandro estavam com o pé fora da Gavea. Se é verdade o que li, será que
teria valido a pena trazer Robinho por um milhão, Alex por 600 mil ou Pato por
800 mil reais de salário? Vejam bem, não estamos falando do Iniesta, do Messi
ou do Suarez, que ao lado de bons parceiros definem um jogo, como faziam nossos
craques da década de 80. São todos bons jogadores e eu também gostaria de ve-los
em campo com o Manto, mas não a esse preço. Preferia gastar um dinheirão desse
trazendo um craque para o meio, como o Diego Ribas, mas também acho que ele não
viria por menos de 800 mil/ mês. Resumindo, se não contratamos ainda é porque
os valores não permitiram. Não adianta dizer que temos “10 milhões” para
investir, porque nesse mundo isso é dinheiro de pinga. A menos que virássemos
nosso “periscópio espacial” para outras regiões, como a América latina. Aqui
mesmo no Conversa as sugestões foram muitas, inclusive na última coluna. Quem
não leu, vale a pena conferir.
Pessoalmente
acredito que temos um time, do jeito que está, suficiente para não passar
sustos como o do ano passado. Mas é um elenco enxuto, e que já neste semestre
sofreu muito com lesões. Por isso, é difícil dizer como estaremos lá pelo meio
do campeonato, na virada dos turnos. Li em algum lugar que as contusões dos
nossos jogadores aconteceram em jogos, e que isso absolvia a nossa comissão
técnica (médicos e preparadores físicos) de eventuais erros. Pois logo depois
de ler isso começamos a ter contusões “fora do jogo”, como a do Canteros, a do
Maia e até a do Paulinho, que foi justificada como sendo um evento de
descompensação muscular (parece nome de acidente de viagens interestelares
mesmo...), o que soa a alguma coisa que podia ser verificada antes de
acontecer... Não sei, não tenho dados para afirmar nada, mas juntando isso com
a constatação de que o Armero veio com um “probleminha” no púbis, já fiquei
cabreiro com esta comissão... E o efeito dessa longa lista de jogadores
afastados é que o time não tem um padrão tático definido. Vamos para o quinto
mês do ano com o time jogando mal. Jogamos mal contra o Nova Iguaçu, contra o
Vasco duas vezes e contra o inacreditável Icasa, se bem que pelo menos neste
jogo o Flamengo tentou sair jogando com a bola no pé ao invés de “sair à bangu”
como vinha fazendo. Não fosse a contusão (fora do campo) do Canteros e teríamos
ido a campo sem Márcio Araújo. Na semana anterior ao jogo, inclusive, o Luxa
deu declarações dando a entender que Maraujo era um mal necessário, e não uma
opção teimosa dele como titular. A esperança não durou muito, mas pelo menos
começamos a ve-lo ser substituído, o que não acontecia até então. Resumindo, o
Luxa parece concordar que falta meia nesse time. E parece estar travando uma
guerra cordial com a direção para contratar jogadores. Vamos ver o que acontece.
Como disse, é impossível fazer um prognóstico com algum grau de certeza para o
desempenho do nosso time neste campeonato. Por ora, com a bambilândia espremida
entre duas partidas decisivas da Libertadores, imagino que o time titular do São
Paulo não vá a campo contra nós, o que pode até ser complicado, pois os
reservas são bons jogadores e devem querer aproveitar a chance em frente a sua
torcida no Morumbi. Por isso vou ser modesto:
Vai ser 3 a zero Mengão jogando
fora, que é para mostrar que o Flamengo vai surpreender os times e as torcidas adversárias
este ano! Pra cima deles,
Mengão!
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