quarta-feira, 20 de maio de 2015

A culpa é da base! De 2011...


Amigos rubronegros, esse negócio de escrever sobre Flamengo, como gostam de dizer nos filmes americanos... É complicado!
Depois de mais uma exibição horrorosa durante 75 minutos, justamente contra o clube que pensa que foi campeão brasileiro sem ter jogado contra a elite dos clubestuam  da época, a vontade que deu foi de fazer uma coluna na hora, esculhambando o técnico, os jogadores e de lambuja até a diretoria, que não contrata ninguém. Mas o tempo vai passando e as notícias que chegam não falam bem quase de nenhum time, mesmo dos que estão no atual G4. O Corinthians está dispensando o Sheik, desistindo do Guerrero, precificando o Petros, vendendo a jovem promessa Cassini por míseros 3 milhões de reais, e ainda se fala de outras defecções, como Fábio Santos e qualquer um que interesse a algum clube que tiver dinheiro para comprar. A verdade é que o time paulista tem um estádio bacana, mas caminha a passos largos para a bancarrota. O Santos deve meses de compromissos com jogadores, incluindo o Robinho, e é outro que está contando moedas para manter o time atual. Dos clubes mineiros, que pouco se fala na mídia, tinham uma situação financeira difícil no início do ano e não devem ter melhorado muito. O São Paulo, cheio de estrelas no elenco e em uma crise sem fim, também com problemas para pagar compromissos. E eu poderia continuar esta lista até a segunda página, mostrando a situação ruim que ronda os principais clubes brasileiros. Neste país, só as Federações e a CBF vão bem, ainda que por expedientes cada vez mais escusos e condenáveis. As denúncias jorram e nada acontece, como aliás vem ocorrendo no cenário político nacional. É o país da impunidade!
Todo esse cenário arrefeceu meu ânimo de criticar o Flamengo. Não, eu não estou satisfeito nem conformado com o desempenho da equipe este ano. E reparem, não é das duas partidas no Brasileiro que estou falando. Desde aquele fatídico jogo contra o Madureira que o nosso time só parece piorar, ou no mínimo estagnar em um ponto abaixo da crítica. Estamos há 5 jogos sem ganhar. Não apresentamos jogadas ensaiadas, não nos destacamos pelo preparo físico, e nosso time não tem um armador de jogadas. Continuamos saindo na base do chutão pra frente, seja do goleiro seja dos “lançadores” zagueiros. O time, com exceção dos minutos finais contra o Sport, não parece ter a “alma flamenga”, a vontade de ganhar a qualquer custo. Nesse ponto faço uma exceção para o Pico. Podem dizer o que quiserem desse jogador, chamar de gordo ou de Avenida, mas se tem alguém que me lembra o Flamengo vencedor é esse lateral. Talvez porque saiba que a sua chance de recuperação é essa e agora ainda tem a concorrência do Armero. Mas o fato é que este time não entusiasma mesmo e quem reclama está coberto de razão. Daí vem a tentativa de explicar isso.
Dizem que errar é humano, mas arrumar um culpado é divino! Para alguns, até aqui no Conversa, a culpa é do Luxa. Me vem a lembrança de 2011, quando ficamos, se não estou enganado, 10 jogos sem ganhar com o Luxa, e a troca de técnico se tornou inevitável. Antes disso, tínhamos ficado um monte de jogos sem perder. Mas isso é o futebol. Se não ganhar, a pressão se torna insuportável. Eu, pessoalmente, não estou satisfeito com o Luxemburgo. Mas NESSE MOMENTO, acho que a saída dele só faria mal ao time, e não vejo ninguém que pudesse assumir e ter sucesso. O melhor nome, entre os disponíveis, é o do Cristovão Borges, que já andou por Vasco e Flumimense e não teve tanto sucesso assim. Abelão, Mano Fujão Menezes, Scolari, Celso Roth e outros menos cotados eu nem consigo imaginar no Flamengo. Sampaoli, que seria o meu primeiro nome, não foi conseguido nem pelo São Paulo, que estava disposto a abrir os cofres para traze-lo, mas é difícil tirar alguém da seleção de seu país às vésperas da Copa América e das Eliminatórias da próxima Copa do Mundo. Assim, sobraria a solução caseira, Jaime de Almeida, ou uma solução inventiva, como trazer o Pet, que não tem experiência nenhuma, mas manja muito de futebol. Dá para garantir que estaríamos melhor do que com o Luxemburgo? A meu ver não. Vou esperar pelo menos 5 jogos. Mas respeito quem pensa o contrário e acha que o Luxemburgo “já deu”.
Mas digamos que o técnico não seja o único responsável pelo que estamos passando. Há, é claro, uma boa parcela de culpa dos próprios jogadores. Outro dia alguém fez um comentário de que podíamos trazer o Guardiola que com esse time não faria milagre. Pode ser, mas pode ser também que o Luxa não esteja escolhendo os 11 melhores. Mas confesso que nem eu mesmo sei quem são estes onze. Depender de Eduardo Silva e Alecsandro para fazer gol é apostar no escuro. Achar que o Canteros vai ser volante e meia ao mesmo tempo é uma insanidade. Insistir com Marcio Araújo no time é ser condescendente com a mediocridade. Assim, minha tese para a ruindade dos jogadores atuais é meio maluca: A culpa é do time que ganhou a Copinha de 2011. Neste ano de 2015 deveríamos estar colhendo os frutos daquela geração. Tirando o César, que todos achamos um bom goleiro, e o Frauches, que nunca joga, toda aquela geração foi perdida. Muralha, Negueba, Tomás, Adryan, Lorran, Rafinha, Lucas e Vitor Hugo deveriam hoje ser as peças principais de mais um “Flamengo-Craque a Gente Faz em Casa”. E eu pergunto: Alguém aqui preferia ter um time formado com estes jogadores? É só ver o destino destes jogadores. E eu, que estive no Pacaembu naquele 25 de janeiro de 2011, com mais de 25 mil pessoas torcendo fervorosamente pelo Menguinho, me confesso iludido e descrente. Cansei de fazer coluna para pedir chances para os “moleques”. E eles tiveram estas chances. Mas nenhum daqueles garotos deu caldo. E com isso nós precisamos ir “às compras”, com um cofre combalido e com as dificuldades de gerar caixa no futebol brasileiro. Por isso temos Almir, Maia, Thalysson e Cia. Por isso arriscamos com Cadu, André Santos e Elano. Pode não ser uma verdade absoluta, mas se aquela geração tivesse correspondido como imaginávamos, hoje estaríamos exportando os craques  e investindo só em jogadores para serem titulares e não para “compor elenco”.  Como esperança, nessa semana contratamos mais uma jovem promessa. Se não perdi a conta, é o terceiro jogador de 19 anos que vem para a base do Flamengo, e que se for bem trabalhado já no próximo ano poderá estar no time principal. E temos o sub 15 (ou já é sub 16, não sei) que tem uma geração que promete e vem ganhando tudo que disputa. É dali, da base, que poderá vir o time que nós queremos, complementados com contratações pontuais. Precisamos nos conformar que não virão Messi nem Neymar nos próximos anos. Mas que pelo menos a base dessa vez seja tratada como o futuro do Flamengo, e não dos  empresários. Confio que este é o caminho.

Quanto ao jogo contra o time do Guga, vai ser mais uma pedreira, onde de novo temos obrigação de vencer, até porque na sequencia virão os jogos da Copa do Brasil, FluminenB e Cruzeiro. Ou seja, moleza mesmo só mordendo a bunda do Rei Momo. Mas espero que a volta do Paulinho ajude, e que São Judas Tadeu volte das férias.


Pra cima deles, Mengão!

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