Amigos rubro-negros, hoje era dia de fazer um texto sobre a
emoção de um Fla x Flu decisivo, e falar sobre a história do clássico que
antecedeu em 40 minutos o Nada, como diria o mais rubro-negro dos tricolores,
Nelson Rodrigues. Mas pouco se discutiu sobre futebol nesta semana. Se a
formação com Mancuello é a melhor, se existe a possibilidade (eu li...) da
volta do Marcio Araujo ao time titular, como estará o Diego neste jogo, se
vamos ou não vencer o terceiro clássico do ano...
Mas as autoridades brasileiras teimam em exercer o
protagonismo, mesmo que negativo. Estamos falando do mesmo Ministério Público
que aprendemos a admirar pelas posições firmes nas investigações que tentam
desnudar a corrupção no Brasil e quem sabe excluir os maus elementos da vida
pública nacional. Só que dessa vez buscavam a solução fácil de “tirar o sofá da
sala”, ao invés de combater o mal mirando nos malfeitores. Para quem não
conhece a piada, retirar o sofá da sala foi a solução encontrada pelo corno que
foi avisado de que seu melhor amigo todo dia visitava a sua esposa, e o traíam no sofá da
sala. Da mesma forma que na piada, alguém acredita que a torcida única
resolveria o problema da violência fora dos estádios? Porque no Rio não há
histórico de grandes conflitos dentro dos estádios. O que acontece é o
encontro, armado ou casual, de grupos de torcedores. Alguns vão para o campo de
jogo para brigar e arrumar confusões. Não são torcedores, são bandidos. Não
querem ver o jogo, querem ferir pessoas ou depredar instalações públicas e
privadas. Não merecem mais atenção que um criminoso comum. Precisam ser
identificados, localizados, presos e processados. E não devem faltar evidências
para colocar estas pessoas na cadeia. Peçam para o público filmar e mandar seus
vídeos para as autoridades. Peçam para mandar os vídeos que já existem.
Identifiquem, prendam e tomem medidas simples, como a obrigação de se
apresentarem em uma delegacia no dia do jogo. Se os hooligans ingleses foram
domados, porque isso não poderia acontecer no Brasil? É preciso bom senso e
acerto nas decisões. Estamos falando de 50 ou 100 cidadãos “do mal”. Porque
punir os milhões de torcedores apaixonados, mas ordeiros, que querem ir ao
estádio com sua família e curtirem a “guerra áudio visual” entre as torcidas?
Que o Ministério Público fuja das soluções inócuas e os juízes tenham suas
mentes iluminadas na hora de decidir. Como se já não bastasse o clássico contra
o Vasco ter sido realizado com cerca de 7 mil pessoas presentes, frustrando
milhares de torcedores que gostariam de ter assistido o jogo ao vivo, mas que
ficaram a semana toda antes do clássico sem saber se o jogo seria no Engenhão,
em Brasília, em Manaus ou em Volta Redonda.
De bom, vale registrar que a resistência da dupla Fla e Flu
conseguiu uma vitória que os quatro grandes de São Paulo, por exemplo, não
conseguiram. Neste sábado, Corinthians e Santos se enfrentaram com torcida única,
desfigurando a ess6encia do esporte, que é o confronto (saudável) não só entre
os times, mas também entre as torcidas. Se o que eu li é mesmo verdade, o
presidente do Fluminense se negou a vender ingressos para o jogo se fosse mesmo
de uma única torcida. Atitude corajosa e principalmente, DECENTE! Não importa
as séries B não pagas ou o zelo safado de seu departamento jurídico em outros carnavais,
dessa vez é preciso reconhecer que o Flu agiu corretamente e merece o aplauso
de todos os torcedores de bem do Brasil.
Porque a verdade é que a maioria não é bandido nem quer confusão. A torcida
quer ir ao campo com sua família,
retornar tranquilamente de volta para casa, para aí sim fazer do
resultado do jogo um fator de encarnação e zoação sobre os torcedores adversários.
Esse é o espírito do futebol. Um espetáculo lindo, e que só fica bonito nas
arquibancadas quando as cores se misturam e os cantos tentam se sobrepor à torcida
rival.
Quanto ao jogo, que vença o melhor time. Que deve ser mesmo
Flamengo. O tricolor reservou a desvirginação de sua equipe para o rubro-negro.
O time que não tomou nenhum gol contra a equipe que mais gols marcou nesta Taça
GB. Uma linda Taça que esperamos que vá enfeitar a nossa recheada sala de
troféus. O primeiro título do nosso técnico comandando a equipe. Uma esperança
de que este time resgate o papel vencedor do Flamengo em campo.
Algumas notícias dão conta de que o nosso treinador quer
fazer algumas experiências, adaptando alguns jogadores que não vinham sendo
titulares. Tomara mesmo, como pensam alguns, que sejam declarações para
despistar o antipático Abel Calcinha, o único que destoou do espírito de paz
que ambos os presidentes pregaram antes do jogo. Reparem que nem cito o
presidente do Clube que tentou por fogo na lenha, pois não merece mesmo ser
citado, reservado à mediocridade de suas declarações.
Que seja um clássico da Paz, mas que o Mengão vença a guerra
em campo e se sagre campeão, se tornando o time mais vezes campeão no palco do
Engenhão!
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