domingo, 5 de março de 2017

Tudo antes dos 90 minutos




Amigos rubro-negros, hoje era dia de fazer um texto sobre a emoção de um Fla x Flu decisivo, e falar sobre a história do clássico que antecedeu em 40 minutos o Nada, como diria o mais rubro-negro dos tricolores, Nelson Rodrigues. Mas pouco se discutiu sobre futebol nesta semana. Se a formação com Mancuello é a melhor, se existe a possibilidade (eu li...) da volta do Marcio Araujo ao time titular, como estará o Diego neste jogo, se vamos ou não vencer o terceiro clássico do ano...
Mas as autoridades brasileiras teimam em exercer o protagonismo, mesmo que negativo. Estamos falando do mesmo Ministério Público que aprendemos a admirar pelas posições firmes nas investigações que tentam desnudar a corrupção no Brasil e quem sabe excluir os maus elementos da vida pública nacional. Só que dessa vez buscavam a solução fácil de “tirar o sofá da sala”, ao invés de combater o mal mirando nos malfeitores. Para quem não conhece a piada, retirar o sofá da sala foi a solução encontrada pelo corno que foi avisado de que seu melhor amigo todo dia  visitava a sua esposa, e o traíam no sofá da sala. Da mesma forma que na piada, alguém acredita que a torcida única resolveria o problema da violência fora dos estádios? Porque no Rio não há histórico de grandes conflitos dentro dos estádios. O que acontece é o encontro, armado ou casual, de grupos de torcedores. Alguns vão para o campo de jogo para brigar e arrumar confusões. Não são torcedores, são bandidos. Não querem ver o jogo, querem ferir pessoas ou depredar instalações públicas e privadas. Não merecem mais atenção que um criminoso comum. Precisam ser identificados, localizados, presos e processados. E não devem faltar evidências para colocar estas pessoas na cadeia. Peçam para o público filmar e mandar seus vídeos para as autoridades. Peçam para mandar os vídeos que já existem. Identifiquem, prendam e tomem medidas simples, como a obrigação de se apresentarem em uma delegacia no dia do jogo. Se os hooligans ingleses foram domados, porque isso não poderia acontecer no Brasil? É preciso bom senso e acerto nas decisões. Estamos falando de 50 ou 100 cidadãos “do mal”. Porque punir os milhões de torcedores apaixonados, mas ordeiros, que querem ir ao estádio com sua família e curtirem a “guerra áudio visual” entre as torcidas? Que o Ministério Público fuja das soluções inócuas e os juízes tenham suas mentes iluminadas na hora de decidir. Como se já não bastasse o clássico contra o Vasco ter sido realizado com cerca de 7 mil pessoas presentes, frustrando milhares de torcedores que gostariam de ter assistido o jogo ao vivo, mas que ficaram a semana toda antes do clássico sem saber se o jogo seria no Engenhão, em Brasília, em Manaus ou em Volta Redonda.

De bom, vale registrar que a resistência da dupla Fla e Flu conseguiu uma vitória que os quatro grandes de São Paulo, por exemplo, não conseguiram. Neste sábado, Corinthians e Santos se enfrentaram com torcida única, desfigurando a ess6encia do esporte, que é o confronto (saudável) não só entre os times, mas também entre as torcidas. Se o que eu li é mesmo verdade, o presidente do Fluminense se negou a vender ingressos para o jogo se fosse mesmo de uma única torcida. Atitude corajosa e principalmente, DECENTE! Não importa as séries B não pagas ou o zelo safado de seu departamento jurídico em outros carnavais, dessa vez é preciso reconhecer que o Flu agiu corretamente e merece o aplauso de todos os torcedores de bem do  Brasil. Porque a verdade é que a maioria não é bandido nem quer confusão. A torcida quer ir ao campo com sua família,  retornar tranquilamente de volta para casa, para aí sim fazer do resultado do jogo um fator de encarnação e zoação sobre os torcedores adversários. Esse é o espírito do futebol. Um espetáculo lindo, e que só fica bonito nas arquibancadas quando as cores se misturam e os cantos tentam se sobrepor à torcida rival.
Quanto ao jogo, que vença o melhor time. Que deve ser mesmo Flamengo. O tricolor reservou a desvirginação de sua equipe para o rubro-negro. O time que não tomou nenhum gol contra a equipe que mais gols marcou nesta Taça GB. Uma linda Taça que esperamos que vá enfeitar a nossa recheada sala de troféus. O primeiro título do nosso técnico comandando a equipe. Uma esperança de que este time resgate o papel vencedor do Flamengo em campo.
Algumas notícias dão conta de que o nosso treinador quer fazer algumas experiências, adaptando alguns jogadores que não vinham sendo titulares. Tomara mesmo, como pensam alguns, que sejam declarações para despistar o antipático Abel Calcinha, o único que destoou do espírito de paz que ambos os presidentes pregaram antes do jogo. Reparem que nem cito o presidente do Clube que tentou por fogo na lenha, pois não merece mesmo ser citado, reservado à mediocridade de suas declarações.

Que seja um clássico da Paz, mas que o Mengão vença a guerra em campo e se sagre campeão, se tornando o time mais vezes campeão no palco do Engenhão!


Pra cima deles, Mengão!


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