ÁGUAS PASSADAS NÃO MOVEM O MOINHO

Amigos do Conversa Flamenga, já dissemos muitas vezes que nada é fácil para o Mengão. Não é do nosso feitio ficar lamentando o que passou, até porque ninguém questiona mais a vitória do time mexicano. Jogaram melhor e mereceram ganhar. Ponto final nessa campanha ruim que o Flamengo teve nesta competição completamente diferente que é a Libertadores, e como mostra a ilustração, esta Taça já foi. Tudo que havia para ser dito sobre o elenco, os jogos e o técnico já foi dito e nada vai mudar isso. Vida nova, hora de encher os pulmões, respirar fundo e partir para a próxima. E nada melhor para isso do que outro jogo decisivo.

Quando dizemos que “águas passadas não movem moinhos”, queremos na verdade dizer duas coisas. A primeira, como disse acima, que não adianta olhar o passado recente para lamentar o que já passou. Mas também queremos dizer que nem mesmo a excelente campanha do Flamengo neste campeonato carioca nos garante o sucesso na decisão. Parte das vitórias, inclusive, conquistada com jogadores que não estarão em campo. É outro jogo, é outro estado de espírito e condição atlética dos jogadores. A vantagem do empate só é boa quando o jogo termina empatado e nós temos esta vantagem. Um simples golzinho do Bacalhau joga essa vantagem “por água abaixo”, para manter o clima aquático. Temos que jogar de forma séria, sem toquinhos de trivela nem de calcanhar, sem pensar que somos imbatíveis, porque já provamos que não somos.

Mas o passado traz lições importantes. A primeira, óbvia, é que o Vasco é nosso freguês de carteirinha. Quem tem que entrar em campo preocupado são eles. Quem não ganha a dez anos são eles. Quem precisa DESESPERADAMENTE de uma conquista é o Vasco. Que isso pese bastante na cabeça dos jogadores cruzmaltinos e nos ajude a conquistar a vitória.  Por outro lado, o time do Flamengo precisa ter feito nestes dias entre a última partida e o jogo final, uma verdadeira higiene mental. A torcida do Flamengo sabe que perder é do jogo. Os jogadores também, porque cansaram de dizer isso depois do último jogo. Portanto, minha gente, é hora de mais uma vez sacudir a poeira e dar a volta por cima. O adversário vem descansado e tem capacidade de nos atacar também. Os jogadores precisam entrar para lutar pelo seu prato de comida do dia. Os salários estão em dia, a eliminação da Liberta nos custou 10 milhões de receitas não realizadas e o clube precisa (também) dos 3,5 milhões da premiação. Não é hora de fraquejar e a torcida merece uma alegria maior depois de tanto sofrimento. Sejam Flamengos e joguem como as nossas tradições pregam: para cima deles, Mengão!

Ainda como lição do passado, mesmo com tantas contusões e desfalques, espero que o Jayme só escale quem esteja, fisicamente, na ponta dos cascos. Se o Léo Moura estiver “mais ou menos”, que entre o Digão, ou que se desloque alguém para a lateral. Se o André Santos ainda está recolhendo a língua para fora, deixem ele no banco para se necessário colocar ele nos 20 minutos finais, que é o que ele parece conseguir jogar. Uma decisão sempre será uma decisão, e não vamos ganhar por causa da tradição (que efetivamente é a nosso favor), nem porque a nossa camisa vai jogar sozinha. É preciso preparo físico para um jogo desses, e depois do fim do campeonato será necessário realmente reavaliar se estamos mesmo com a melhor equipe neste quesito. As contusões eu entendo, mas o cansaço de jogadores ainda no primeiro tempo, não.

O time, ao que tudo indica, será mesmo Felipe, Leo Moura, Wallace, Samir, Andre Santos, Amaral, Márcio Araujo, Luis Antonio, Everton, Paulinho e Alecsandro. Mais do que suficiente para ganhar a partida. De novo preferia o Mugni no lugar do Márcio Araújo, mas continuo achando que não foi feito um trabalho para aproveitar a evidente capacidade técnica do argentino. Ele tem um lugar nesse time, mas o Jayme não parece ter descoberto. Ou então estão boicotando o gringo, mas isso é papo para depois do jogo. Agora o momento é de incentivar, ainda que dificilmente o público presente neste domingo seja compatível com uma partida final.

Que São Judas Tadeu volte de suas férias, que os jogadores honrem o Manto, e que a Nação tenha enfim um período de alegria e zoação em cima do bacalhau!

Saudações RubroNegras!