Amigos do Conversa Flamenga, a rigor três partidas nos
separam do título estadual de 2014. E apesar de serem 9 pontos em jogo, basta
conquistar três destes nove pontos, desde que em cada jogo conquistemos pelo
menos um ponto, ou seja, três empates nos bastam para levantar a taça dourada,
já que a prateada repousa merecidamente no lugar onde deveriam estar todas as
taças e troféus criados para a disputa futebolísticas em que o Flamengo tome
parte, a Gávea. E nesse “sprint” final, temos as duas partidas mais importantes
do ano até agora, onde apenas a conquista de 6 pontos (não ouçam quem disser
coisa diferente, pois não condiz com a mística rubronegra) nos garantem passar
para a fase seguinte da Libertadores. Fosse a matemática tão simples assim, e
não seria necessário que as turmas escolares do passado (sim, porque pergunte a
um jovem de hoje se ele aprendeu a tirar “os noves fora” no currículo das
escolas atuais- duvido!) tivessem a chatíssima missão de fazer “a prova dos
noves”, que varia de acordo com a operação, sendo diferente para a soma, a
subtração, a multiplicação e a divisão. Para quem estiver com saudade ou quiser
relembrar, segue um link para refrescar a memória: http://www.slideshare.net/Jonasblog/prova-dos-noves Bom divertimento!
Tão chata como a prova dos nove, é a sequencia de jogos
contra o “brioso time da Cabofriense”! Quase como uma prova da burrice que foi
a elaboração do Carioca 2014, o fato é que a cachorrada largou o osso, e além
de jogarmos na última rodada contra o time da Região dos Lagos, somos obrigados
a fazer dois jogos de semifinal contra este timeco sem vergonha, que iludiu a
plebe arquibalda durante a competição, com comentaristas esportivos louvando “o
bom futebol apresentado pela Cabofrieense”, tendo a realidade dos fatos enfiado
oito gols nos coitados nas duas primeiras partidas. Saudades de uma semifinal
contra um time de verdade. No último jogo, então, nem o remedinho de pressão
foi necessário para acompanhar o jogo... Que fique claro que não é desprezo
pelo adversário. A Cabofriense chegou na semifinal por seus méritos e alguma
ajuda do Buátafogo. Mas a semifinal podia ter sido realizada em um jogo só,
pois os quatro jogos serão realizados no mesmo estádio, ou seja, o “mando de
campo” se resume a troca do primeiro nome do clube quando se anuncia o jogo. E
nós bem que poderíamos ser poupados deste espetáculo cuja maior emoção é torcer
para ninguém se machucar para o jogo seguinte em Guayaquil.
Uma tática que alguns defendem seria a de escalar um time
reserva, que nesse campeonato andou ganhando até mais que o time titular,
preservando os titulares para a difícil missão de saírem vencedores no Equador.
A favor dessa corrente de pensamento, a lotação do nosso departamento médico,
onde estão os dois Léos, o Cáceres, o André Santos e até a última partida, o
Elano. Mas justamente por conta dessas ausências, entendo que o Jayme precise
entrosar os jogadores que vão a campo, porque com essa sequencia de jogos sem
descanso, o treino acontece em jogos oficiais, e para isso a Cabofriense parece
ser mesmo o “sparing” ideal. Por força dessa decisão do Jayme, devem ficar de
fora Márcio Araújo e Digão. O Márcio parece destinado a ser “a bola da vez” das
discussões nos blogs e comentários que fazem abaixo das notícias do Flamengo no
noticiário esportivo. Alguns estão surpresos positivamente pela sua
regularidade e contribuição, e outros simplesmente não o acham digno de vestir
o Manto. Não quero encerrar a polêmica, até porque é ela que alimenta as
paixões dos dias em que não acontecem jogos do Mengão, mas acho que o Jayme vem
usando o Márcio com sabedoria. Com todos em forma o Márcio não seria nem banco
no meu time, mas reconheço que ele ajudou mais do que atrapalhou, ainda que
muitos não consigam enxergar os erros dele. Aquela defesa “protegida” pelo
Mário Araújo levou 3 gols da Cabofriense! Revendo o jogo, vi a falha também do
Digão, que tenho elogiado aqui pela disposição física e por se apresentar
sempre como opção de jogada, tendo feito uma assistência digna ade Léo Moura
para um dos nossos gols. Resumindo, não acredito que Digão e Márcio Araujo
sejam ausência a serem lamentadas. O
jogo de hoje, a menos que aconteça uma catástrofe que seria perder por 3 (iria
para pênaltis) ou 4 gols de diferença, é jogo para assistir com calma e
imaginar como esse time vai se comportar na quarta feira, e que erros até a
Cabofriense conseguiu localizar e explorar.
Já que o título da coluna é “prova dos nove”, vale fechar com a última
polêmica, que é quem deve ser o nosso camisa NOVE. Pelo que vem jogando,
Alecsandro seria meu candidato natural, assim como de 51% (vi uma pesquisa com
este número) da torcida. Mas se não fez gol, não dá para dizer que o Hernane
foi inútil do último jogo. Participou dos dois primeiros gols e se movimentou
bastante. Caneladas fazem parte do seu repertório e já veio com o pacote. Já sabíamos
disso antes e a torcida perdoa o caneludo que se doa em campo. Sempre foi assim,
o Jayme sabe disso, e talvez insista com
ele porque confia que se o mantiver jogando, em algum momentos desses dois
importantes jogos da Libertadores ele desencantará novamente e fará a diferença
empurrando a bola para o gol em um toque único.
Hoje tem pelada, pode ter gelada e vamos para cima deles,
Mengão!