É carnaval, e os
jogadores rubronegros, segundo a imprensa, fazem questão de entrar em campo
neste jogo contra o Nova Iguaçu!
Essa pequena frase
encerra vários significados, nem tão escondidos assim, mas sem dúvida
surpreendentes para a torcida flamenguista, acostumada durante anos ao descaso
de dirigentes e até de jogadores, incluindo alguns medalhões que tiveram o
privilégio de jogar no Mais Querido e não souberam honrar o Manto Sagrado.
O primeiro símbolo
que esta declaração traz é o da dedicação e respeito ao clube. O Elano, em uma
entrevista recente, teceu comentários elogiosos à torcida, ao clube, ao Zico,
fez uma autocrítica muito sincera (“Não sou e nem serei um craque”) e mostrou
uma admiração pelo Flamengo que ganhou de vez a Nação. Muito parecido com as
recentes declarações do Everton, do Gabriel e de outros jogadores que estão
lutando por uma vaga neste time. Os jogadores realmente vibram com os gols de
seus companheiros, mostrando que o time vai bem dentro e fora do campo, e não
temos mais o estrelismo de um só, superado pela força do conjunto. Estrelismo,
aliás, que pode ser identificado em outra entrevista, desta vez do goleirão
Felipe, que retratou claramente a divisão do elenco em 2012, quando o
sentimento reinante era de que “o cara ganha milhões e não corre, porque eu
irei correr?”. Tristes dias, que graças à nova administração, fazem parte do
passado.
Outro significado
importante é o valor que está sendo dado à conquista da Taça Guanabara e ao
Campeonato Carioca, ainda que o sonho de todo rubronegro seja mesmo a conquista
da Libertadores, que carimba o passaporte para o Marrocos no fim do ano. O Nova
Iguaçu vem em quinto lugar na competição, seco para desbancar o Vasco ou
Cabofriense do G4. Não são favas contadas, como se dizia antigamente. É preciso
entrar em campo e jogar futebol. E os jogadores “titulares”, é bem verdade que
ameaçados pelo excelente desempenho do Time “B de Bom”, estão conscientes de
que o jogo é sim importante, pois pode nos colocar com 5 pontos a frente do
segundo colocado, e isso faltando apenas 4 partidas, ou 12 pontos em jogo.
Como o Jayme já
disse que “acabou o vestibular”, vamos para a partida com o que temos de
melhor, e arrisco dizer que o Gabriel vai ter a sua chance de começar jogando.
Tirando qualquer lesão de última hora, ou gripe, ou amigdalite, o time deve ser
formado com Felipe no gol, Léo Moura e André Santos nas laterais, Samir e Wallace
na zaga, o meio campo com Muralha e Cáceres, Elano e Gabriel, Everton de “UM” e
Hernane na frente. Pena que não dá para escalar 12, porque o Alecsandro está
merecendo uma vaga nesse time. Quanto ao Mugni, entendo que o Jayme vem
tentando dar ritmo de jogo e fazer o argentino se adaptar ao estilo de jogo
brasileiro. Me parece um jogador muito técnico e tenho certeza de que ainda nos
dará muitas alegrias. Vamos ter paciência com ele que não nos decepcionaremos.
Mas acredito que o Jayme vá mesmo de Gabriel, além de manter o Amaral de fora,
por enquanto. Provavelmente, em jogos na casa do adversário, principalmente na
altitude, vamos precisar do Amaral de novo.
Portanto, amigos do
Conversa Flamenga, se preparem: Vem aí mais um Baile Vermelho e Preto no Maracanã.
Que o Mengão coloque o seu “bloco na rua”, fature mais estes três pontinhos e
parta com tudo para o jogo contra o Bonsuça na quarta feira de cinzas. Duas
vitórias seguidas, agora, nos permitem jogar contra o Botafogo sem pressão pelo
resultado, no que espero ser outro “baile” em campo, que vai nos render muita gozação
para cima dos chorões.
Vamos que vamos Mengão!
E Saudações Rubronegras!